Senadora se ausenta de atividades pré-campanha, indicando que pode abrir mão de disputa por prefeitura de SP em favor de Haddad
Marta e Haddad disputam candidatura à prefeitura de São Paulo pelo PTA senadora Marta Suplicy (PT-SP) faltou neste sábado à terceira atividade consecutiva da pré-campanha, aumentando as especulações sobre uma possível desistência de sua candidatura à prefeitura de São Paulo.
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Os boatos sobre a possível saída de Marta da disputa começaram na quinta-feira, quando o namorado da senadora, Márcio Toledo, disse a um integrante do partido que ela estaria propensa a renunciar à pré-candidatura em favor do ministro da Educação, Fernando Haddad.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a senadora disse que continua na disputa. O presidente do diretório municipal do PT, vereador Donato, também negou que Marta tenha abandonado a disputa. “Ela continua pré-candidata”, disse.
Marta não compareceu às caravanas do PT nos diretórios zonais da lapa, sexta-feira, e Pirituba, sábado. Além disso, ela cancelou uma atividade com 44 entidades do movimento pela moradia na Vila Brasilândia, também no sábado.
Se a desistência se confirmar, a possibilidade de prévia para escolha do candidato do PT na maior cidade do país estará descartada. Haddad é o preferido da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e começa a ganhar espaço na base do PT.
No mesmo dia em que os boatos começaram a circular, Marta teve uma conversa com Dilma. O encontro foi incluído em cima da hora na agenda da presidenta. Na segunda-feira, Marta se encontrará com Lula. Alguns petistas acreditam que a senadora pode anunciar a saída da corrida eleitoral depois da reunião com o ex-presidente.
A assessoria de Marta também descartou que a reunião com Lula tenha como objetivo a retirada da pré-candidatura.
Segundo fontes ligadas à senadora, Marta avalia ser quase impossível bater Haddad na disputa interna. A avaliação geral no partido é que a candidatura de Haddad já emplacou na base petista. Por outro lado, Marta sofre com o isolamento depois que seu grupo político se esfacelou na campanha para o Senado em 2010. O antes hegemônico grupo de Marta hoje se resume ao deputado federal Candido Vacarezza, líder do governo na Câmara, e ao deputado estadual João Antonio.
Se mantiver a candidatura a ex-prefeita corre o risco de ficar em terceiro lugar na disputa interna, atrás do deputado Jilmar Tatto, seu ex-aliado.
Na última semana, Marta fez um último esforço para romper o isolamento. Diante das dificuldades, confidenciou a aliados que seria mais vantajoso renunciar em favor de Haddad e assim ganhar a simpatia de Dilma e Lula. Um dos objetivos da senadora é ocupar o Ministério da Educação quando Haddad deixar o posto para entrar na campanha, no ano que vem.
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