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terça-feira, 28 de agosto de 2012


O QUE ERA BOATO VIROU VÍDEO, PROVÁVEL CANDIDATURA DE AÉCIO VAI BEBEDEIRA ABAIXO PELAS ÁGUAS DO LEBLON


O vídeo do senador, bebum? Que quer ser                         presidente do Brasil



Aparentemente embriagado, na madrugada do Rio de

 Janeiro,no final de semana passado,

 o senador pelo estado de Rio de Janeiro Minas

 Gerais e pré-candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) 

é

 flagrado dando gorjetas de R$ 100 a garçons.

 Candidatura vai resistir a mais este tropeço? Assista ao 

vídeo...Abaixo:





Lídice da Mata lamenta alto índice de crimes contra homossexuais na Bahia






A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) lamentou, nesta segunda-feira (27/8), o alto índice de crimes contra homossexuais no Estado da Bahia. Ela citou dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), segundo os quais o Estado é recordista em assassinatos de homossexuais no País desde 2006. Em 2011, informou a senadora, ainda citando dados do GGB, foram contabilizados 28 homicídios na Bahia, contra 25 em Pernambuco e 24 em São Paulo.

Lídice da Mata lembrou o assassinato das jovens Laís Fernanda Pereira e Maira Dias de Jesus, ocorrido na última sexta-feira em Camaçari (BA). A senadora ressaltou que as vítimas não tinham passagem pela polícia e nem qualquer ligação com o tráfico de drogas. “O crime que elas cometeram: moravam juntas”, disse a senadora. A parlamentar afirmou que a intolerância precisa ser combatida e defendeu um código penal mais progressista, que enquadre esse tipo de violência. “Refiro-me não apenas à homofobia, mas a todo atentado à diversidade, perpetrado por grupos ou indivíduos que buscam sua autoafirmação na base da supressão do que é diferente”, disse.
Universidade da ONU no Brasil – Lídice da Mata também defendeu a instalação da Universidade Mundial de Segurança e Desenvolvimento Social da ONU na Bahia. Ela explicou que a implantação dessa universidade é de extrema importância, já que será voltada ao estudo de duas áreas essenciais nos dias de hoje e cada vez mais interligadas: segurança e desenvolvimento social.
A senadora acrescentou que o Brasil é o país com o maior número de homicídios no mundo, em números absolutos, segundo o Relatório das Nações Unidas. Por outro lado, assinalou, o Brasil vem desenvolvendo políticas públicas de segurança com resultados que têm favorecido o desenvolvimento social. Ela citou como exemplo as Unidades de Polícias Pacificadoras no Rio de Janeiro (UPPs) e iniciativas comunitárias visando a reinserção social dos presos.
Lídice da Mata afirmou que o governo da Bahia tem se esforçado para construir mecanismos eficazes de combate à criminalidade e elogiou o programa Pacto pela Vida, lançado em 2011.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012


MATÉRIA TRANSCRITA DA REVISTA VEJA


Política

Eduardo Campos mira presidência em 2014 e irrita o PT

Reportagem de VEJA mostra que presidente do PSB optou por voo-solo apostando no desgaste de Dilma Rousseff e no enfraquecimento do PSDB

Otávio Cabral e Daniel Pereira
NO AQUECIMENTO: Eduardo Campos comanda caminhada em Campinas: governador de Pernambuco quer se tornar alternativa a Dilma e Aécio em 2014
NO AQUECIMENTO: Eduardo Campos comanda caminhada em Campinas: governador de Pernambuco quer se tornar alternativa a Dilma e Aécio em 2014 (Montagem com imagens de Folhapress)
Lula se preocupa com a aproximação crescente do governador com empresários de peso e com caciques tucanos, especialmente Aécio
Há duas semanas, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, deixou o Recife e desembarcou no interior de São Paulo. Visitou cinco cidades, nas quais participou de comícios, carreatas, encontros com empresários e pediu votos para candidatos de seu partido a prefeito. De lá, seguiu para Mato Grosso, para reforçar a campanha de Mauro Mendes à prefeitura de Cuiabá. Na semana passada, quando começou a ser transmitida a propaganda eleitoral de rádio e TV, ele foi a estrela dos programas de uma centena de candidatos em todas as regiões do Brasil. A eleição é municipal, mas os planos são nacionais, como mostra VEJA desta semana. Eduardo quer utilizar a campanha deste ano para tornar seu nome conhecido em todo o país, principalmente no Sul e no Sudeste. E, com isso, pavimentar seu caminho para a disputa presidencial de 2014. A amigos, não esconde que essa campanha é seu “aquecimento”. E que é “muito improvável” não disputar a Presidência em 2014. O PT de Dilma Rousseff e Lula já percebeu essa movimentação. E elegeu Eduardo o adversário a ser derrotado.
O confronto iminente entre Lula e Eduardo surpreende porque eles são historicamente aliados. Desde 1989, o PSB, que teve como principal líder Miguel Arraes (avô de Eduardo), apoiou as candidaturas de Lula e de Dilma. Há dois meses, porém, eles começaram a se afastar. A face pública do distanciamento está nas campanhas a prefeito de Belo Horizonte, Recife e Fortaleza. Na primeira, o PT rompeu o apoio à reeleição do prefeito Marcio Lacerda, do PSB, para apoiar a candidatura de Patrus Ananias. Nas duas capitais nordestinas, foi o PSB que deixou de lado o apoio ao PT para lançar nomes próprios. Nos bastidores, cada lado tem suas razões. O governador considera que pode ser uma “terceira via” em 2014, colocando-se como alternativa ao PT, que tentará a reeleição de Dilma, e ao PSDB, que deve lançar o senador mineiro Aécio Neves. Foi com essa estratégia que ele chegou ao governo, em 2006, derrotando petistas e tucanos. A avaliação de Eduardo é que Dilma ainda é a favorita na disputa, mas o agravamento da crise econômica pode corroer seu prestígio. E que a oposição vem minguando a cada eleição e dificilmente voltará tão cedo ao Palácio do Planalto. Se continuar amarrado ao PT, ele jamais terá apoio para ser candidato a presidente. Por isso, decidiu testar agora seu voo-solo.
O PT percebeu as movimentações do antigo aliado, assustou-se e resolveu reagir. Em duas conversas recentes, Lula afirmou que Eduardo já está em campanha, costurando apoio com empresários e partidos, e que será o principal adversário do PT em 2014. “Lamentavelmente, não estamos mais do mesmo lado, mas entendo a posição dele”, declarou a um ex-ministro. Lula considera que Eduardo pode ter o apoio já no primeiro turno de três partidos que estão na base de Dilma - PSD, PR e PTB -, o que lhe garantiria um bom tempo de TV. Ele se preocupa ainda com a aproximação crescente do governador com empresários de peso e com caciques tucanos, especialmente Aécio. Lula duvida que Aécio concorra à Presidência. Acha até que ele trabalhará para costurar o apoio dos tucanos a Eduardo - pelo menos no segundo turno. “O Eduardo está ocupando um vácuo de poder que existe na oposição”, disse Lula a petistas.
Mas Aécio tem desmentido essa suposição. Já gravou depoimentos para mais de oitenta candidatos, percorreu o interior de Minas, foi a Curitiba e nesta semana iniciará uma caravana pelo Nordeste. Ações de quem quer ser candidato a presidente. “Não há relação direta entre a disputa municipal e a eleição presidencial. Mas é hora de os líderes arregaçarem as mangas para fortalecer seus partidos para 2014”, afirma o senador.
Foi com base nessa análise que Lula articulou uma reação imediata a Eduardo. Ele participará pessoalmente das campanhas no Recife e em Belo Horizonte, a fim de derrotar os candidatos do governador. Também tenta convencer Dilma a reforçar a contraofensiva. Foi ela que costurou o apoio do PMDB ao PT em Belo Horizonte. E que determinou ao PT que ratificasse, há duas semanas, um acordo que garante ao PMDB ocupar a presidência da Câmara a partir do ano que vem. Com esse movimento, Dilma amarra o partido à sua chapa à reeleição. A presidente, graças ao aumento da concorrência na eleição presidencial, também pode rever sua intenção de não participar da propaganda de candidatos do PT e de partidos aliados a prefeito. Propagandas que de gratuitas têm apenas o nome, já que custam mais de 606 milhões de reais em isenções fiscais às emissoras que as retransmitem. Até 4 de outubro, seguirá o desfile de políticos na televisão pedindo votos a candidatos a prefeito. Mas alguns desses atores estarão pensando bem mais na frente, na eleição para presidente em 2014.

sábado, 25 de agosto de 2012


Astronauta Neil Armstrong morre aos 82 anos


O astronauta norte-americano Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, morreu neste sábado aos 82 anos. Em comunicado, sua família informou que a morte resultou de complicações ocorridas depois de uma cirurgia cardiovascular em Columbus (Ohio).

Nascido em Wapakoneta (Ohio), em 5 de agosto de 1030, filho de um auditor do governo de Ohio, Armstrong aprendeu a pilotar aviões quando adolescente e já tinha brevê aos 15 anos, antes de ter habilitação para dirigir carros. Começou a estudar engenharia aeronáutica em 1947 na Universidade Purdue e chegou a ser aceito pelo prestigioso Instituto de tecnologia de Massachusetts (MIT), mas não chegou a cursar.
Como tinha uma bolsa de estudos financiada pela Marinha - num esquema de estudar dois anos, servir à Força naval durante três anos e depois voltar aos estudos -, Armstrong teve de interromper a atividade acadêmica. Qualificado como piloto de aviões navais de ataque, participou de 78 missões de combate na Guerra da Coreia (1050-53), antes de voltar a estudar. Formou-se engenheiro aeronáutico em Purdue em 1955 e ais tarde, em 1070, obteve um título de mestrado em engenharia aeronáutica na Universidade do Sul da Califórnia.
Em 1955, Armstrong começou a trabalhar como piloto de testes de aeronaves experimentais na Estação de Voo de Alta Velocidade do Comitê Assessor Nacional para Aeronáutica, na base aérea Edwards, na Califórnia. Ali, participou do esforço norte-americano para romper a barreira da velocidade do som, chegando a voar com o piloto que conseguiria aquela façanha, Chuck Yeager. Armstrong também participou de voos de teste de aviões experimentais famosos, como o X-1 e o X-15. Em sua carreira como piloto de testes, ele acumulou 2.400 horas de voo em mais de 200 modelos diferentes de aviões; com o X-15, ele alcançou a altitude máxima de 63,2 mil metros e uma velocidade máxima de 6.615 km/h, ou 5,74 vezes a velocidade do som.
Em 1958, Armstrong foi selecionado para ser um dos pilotos-engenheiros do programa "Homem no Espaço Mais Cedo", da Força Aérea, com o qual os EUA pretendiam competir com o programa espacial soviético, mais avançado na época. A partir de 1962, ele passou a integrar o corpo de astronautas da Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), do qual era um dos dois únicos civis. Mas ele não foi o primeiro não-militar a chegar ao espaço: a façanha foi realizada por Valentina Tereshkova, trabalhadora da indústria têxtil, na nave soviética Vostok 6, em junho de 1963.
Armstrong foi ao espaço pela primeira vez em março de 1966, na oitava missão do projeto Gemini. A partir do começo de 1967, ele participou do projeto Apollo, para levar uma nave tripulada à Lua. Em dezembro de 1968, quando a Apollo 8 fazia a primeira órbita em torno da Lua, Armstrong foi escolhido para ser o comandante da missão Apollo 11, que contaria também com Edwin Aldrin como piloto do módulo lunar e Michael Collins como piloto do módulo de comando. Em uma reunião da Nasa em março de 1969 ficou decidido que Armstrong, e não Aldrin, seria o primeiro homem a pisar na Lua (Collins ficaria em órbita lunar com o módulo de comando).
O lançamento da Apollo 11 foi em 16 de julho de 1969 e o pouso na lua aconteceu no dia 20. Quando o módulo lunar Eagle pousou no Mar da tranquilidade, Armstrong transmitiu a informação: "Aqui, Base Tranquilidade; a Águia pousou". Sua frase mais famosa, porém, foi quando seus pés tocaram a superfície lunar pela primeira vez: "Um pequeno passo para um homem, mas um grande passo para a humanidade".
Logo depois de voltar à Terra, Armstrong anunciou que não pretendia voltar ao espaço. Ele foi nomeado vice-administrador associado para Aeronáutica em um programa novo, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada para a Defesa (Darpa), cujo projeto mais famoso viria a ser conhecido como internet.
Armstrong deixou a Nasa e a Darpa em 1971, passando a atuar como professor de engenharia aeroespacial na Universidade de Cincinnati. Mais tarde, trabalhou para empresas como Chrysler, Marathon Oil, Learjet, Cincinnati Gas & Electric, United Airlines e Eaton. Sofreu seu primeiro ataque cardíaco em 1991.
A primeira mulher de Armstrong, Janet, divorciou-se dele em 1994, depois de 38 anos de casamento. Ele se casou novamente, com Carol Held Knight, no mesmo ano. Em 7 de agosto deste ano, Armstrong foi hospitalizado em um hospital em Columbus para desobstrução da artéria coronária. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012



Com base na Ficha Limpa, 


TRE-RJ nega registro de 


Rosinha Garotinho


Candidata à reeleição em Campos dos Goytcazes, ela pode recorrer ao TSE.
Nesta quinta (23), juízes permitiram candidatura de Mirinho Braga em Búzios.

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O Tribunal de Regional Eleitoral do Rio negou, na tarde desta quinta-feira (23), o registro da candidatura de Rosinha Garotinho (PR), atual prefeita e candidata à reeleição em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A decisão foi com base na Lei da Ficha Limpa.
Segundo o TRE-RJ, Rosinha tem três dias para recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O advogado da Rosinha Garotinho, Jonas Lopes, afirmou que vai entrar com recurso especial no TSE nesta sexta-feira (24). “A decisão não foi por unanimidade e sim por maioria. Teve um voto vencido. Por isso, estamos bastante confiantes no recurso”, disse.
O TRE-RJ explicou que os juízes consideraram a candidatura de Rosinha inelegível para as eleições deste ano, baseados no fato de já existirem duas decisões colegiadas, proferidas pelo próprio TRE, contra a candidata.
Prefeitura de Búzios
Na mesma sessão desta quinta-feira, os magistrados permitiram a candidatura de Mirinho Braga (PDT) à reeleição em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos. A Corte modificou a decisão que havia desaprovado as contas de Mirinho. Segundo a sentença, as contas haviam sido modificadas pela Câmara de Vereadores.
 


TSE altera tempo de rádio e TV de oito partidos


Mudança foi feita com base em nova contagem das bancadas na Câmara.
Alteração deve dar 6 segundos de vantagem a Serra sobre Haddad.


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alterou na noite desta quinta-feira (23) o tempo de televisão e rádio de oito partidos na campanha eleitoral deste ano. A decisão deve garantir uma vantagem de cerca de seis segundos ao candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, sobre o postulante do PT ao cargo, Fernando Haddad.

Os ministros do TSE recalcularam o tamanho da bancada de todas as legendas que têm parlamentares na Câmara dos Deputados e identificou imprecisões com relação ao levantamento feito anteriormente. O número de deputados federais de cada partido serve como referência no cálculo da divisão do tempo de TV.
A nova contagem foi motivada por um questionamento de dirigentes do PR e do DEM. As duas siglas alegavam que a resolução aprovada no início de agosto pelo tribunal, que reduziu o tempo de TV do PSD, havia prejudicado as legendas.
Segundo a assessoria do TSE, a revisão do número de parlamentares mostrou que DEM, PR, PDT e PSB estavam com menos tempo de TV do que deveriam ter por conta de suas bancadas. Já PT, PSDB, PV e PT do B estavam com suas bancadas infladas.
O novo balanço deve alterar a propaganda eleitoral em diversos municípios. Em São Paulo, a coligação de Serra deve ganhar três segundos de TV e rádio.
Por outro lado, os partidos que apoiam o candidato petista, Fernando Haddad, devem perder três segundos, gerando uma diferença de seis segundos entre as duas chapas. Atualmente, os dois candidatos têm exatamente o mesmo tempo de propaganda: sete minutos, 39 segundos e 36 centésimos.
O TSE deve comunicar a mudança aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) na manhã desta sexta-feira (24). Segundo a assessoria do TRE de São Paulo, a nova conta deve ser implantada já na propaganda de sábado (25).
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Governo anuncia corte do ponto de 11,4 mil servidores em greve


Eles terão desconto no salário a ser pago em setembro, segundo ministério.
Para o governo, há 70 mil servidores em greve; para sindicatos, 350 mil.


O Ministério do Planejamento divulgou na noite desta terça (21) o corte do ponto de 11.495 servidores públicos federais em greve.
De acordo com o ministério, eles sofrerão o desconto dos dias parados no salário de agosto, a ser pago a partir de 1º de setembro. Na folha salarial de julho (pagamento em agosto), os descontos atingiram 1.972 grevistas, segundo informou o ministério.
De acordo com a assessoria do Planejamento, o corte do ponto de professores universitários que aderiram à greve será decidido pelas direções das universidades federais, que têm autonomia para isso.
O governo estima em 70 mil o número de servidores em greve. Segundo os sindicatos das categorias em greve, 350 mil servidores federais paralisaram as atividades em todo o país.
De acordo com o Ministério do Planejamento, há 582,4 mil servidores ativos no Poder Executivo.
Negociações
Das nove reuniões de negociação com representantes de categorias de servidores federais previstas para esta terça-feira no Ministério do Planejamento,  quatro foram mantidas na agenda do secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça.
A primeira, com funcionários do Hospital das Forças Armadas (HFA), terminou sem acordo após o governo apresentar a proposta de 15,8% de reajuste dividido em três anos, a mesma oferta que vem fazendo a todas as categorias.
Segundo Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef – entidade que representa os cerca de mil funcionários do HFA, a proposta do governo "não atende à demanda dos servidores, já que nem repõe a inflação nem reestrutura a carreira”.
Por meio de sua assessoria, o Ministério do Planejamento afirmou que o reajuste de 15,8% dividido em três anos é o "limite" que o governo tem a oferecer.
Mendonça também negociaria com agentes penitenciários, com a Associação Nacional dos Técnicos de Fiscalização Agropecuário (Anteffa) e com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguro Social (CNTSS).
Devido ao atraso das demais reuniões, acabou sendo adiada para esta quinta-feira (23) a conversa com a Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapf).
Insatisfeita com a proposta do Planejamento, a entidade que representa agentes, escrivães e papiloscopistas adotou operação-padrão na semana passada e fez com que a Advocacia-Geral da União entrasse na Justiça contra a medida.
O Superior Tribunal de Justiça deferiu o pedido do governo e proibiu operações-padrão em todos os aeroportos, portos e fronteiras do país sob pena de multa diária de R$ 200 mil.
Outra reunião que acabou sendo adiada para esta quarta-feira (22) foi a do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores.
Por meio de nota, a entidade informou que convocou para esta quarta uma greve dos funcionários do Itamaraty como forma de protesto pelo fato de a reunião com a categoria não ter ocorrido.

Central nuclear entra em estado de alerta na Argentina



Decisão foi tomada após ser contatada fissuras na estrutura do reator de central na Bélgica. Usina Atucha1 fica a cem quilômetros de Buenos Aires.

A central nuclear Argentina de Atucha 1 entrou em estado de alerta. O pedido foi da agência de energia nuclear da organização para a cooperação econômica e desenvolvimento, depois que foram constadas fissuras na estrutura do reator de uma central na Bélgica.
A usina belga foi fechada e todos os reatores construídos pela empresa holandesa RDM vão ser submetidos a uma rigorosa inspeção internacional. A usina de Atucha 1 é a mais antiga da América do Sul. Funciona desde 1974 e fica a apenas cem quilômetros de Buenos Aires.
É uma das 22 centrais nucleares do planeta que contam com um reator construído pela empresa holandesa. As outras ficam na Europa e nos Estados Unidos.

terça-feira, 14 de agosto de 2012


Brasileiros pagam preços 'ridículos' por carros, aponta Forbes



Em artigo na versão on-line, um autor da revista americana Forbes, especializada em finanças e muito conhecida por compilar listas das maiores fortunas do mundo, criticou os preços abusivospagos por brasileiros por carros considerados de luxo no país. Como exemplo, a publicação cita o valor de Jeep Grand Cherokee, que custa R$ 179 mil (US$ 89,5 mil) no país. Nos Estados Unidos, o mesmo carro sai por cerca de US$ 28 mil.


"Alguém pode pensar que pagar US$ 80 mil em um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem com asas e grades folheadas a ouro. Mas no Brasil é a versão básica", afirma Kenneth Rapoza, autor do artigo e responsável por cobrir os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) para a Forbes. Ele ressalta que o preço nos EUA é quase metade do salário médio anual de um americano, mas o preço praticado no Brasil está muito aquém dos ganhos de um brasileiro médio. 

O jornalista aponta os culpados de sempre pelos preços inflados: impostos sobre importados e outras taxas aplicáveis a produtos industriais. "Com os R$ 179 mil que paga por um único Grand Cherokee, um brasileiro poderia comprar três, se vivesse em Miami", escreve Rapoza.

O artigo ainda cita o novo Dodge Durango, que deve ser apresentado pela Chrysler no salão do automóvel de São Paulo em outubro, e que custará ainda mais que o Grand Cherokee: cerca de R$ 190 mil (US$ 95 mil), segundo a publicação. Nos EUA, o mesmo carro custa US$ 28,5 mil e até um "professor de escola pública do Bronx" pode comprar um com dois anos de uso. 

"Desculpem, 'Brazukas' (sic)... não há status em um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand ou Dodge Durango. Não sejam enganados pelo preço. Vocês estão definitivamente sendo roubados", avisa Rapoza.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Sucateado, Exército não teria como responder a guerra, dizem generais



infografico_exercito_END_versaofinal_300 (Foto: Editoria de Arte/G1)

Série de reportagens mostra situação de militares e riscos ao país.
Plano para reequipar tropas, assinado por Lula em 2008, pouco avançou.

Assinada em 2008, a Estratégia Nacional de Defesa (END) prevê o reaparelhamento das Forças Armadas do país em busca de desenvolvimento e projeção internacional, mirando a conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, poucas medidas previstas no decreto tiveram avanços desde então.
G1 publica, ao longo da semana, uma série de reportagens sobre a situação do Exército brasileiro quatro anos após o decreto da END, assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foram ouvidos oficiais e praças das mais diversas patentes - da ativa e da reserva -, além de historiadores, professores e especialistas em segurança e defesa. O balanço mostra o que está previsto e o que já foi feito em relação a fronteiras, defesa cibernética, artilharia antiaérea, proteção da Amazônia, defesa de estruturas estratégicas, ações de segurança pública, desenvolvimento de mísseis, atuação em missões de paz, ações antiterrorismo, entre outros pontos considerados fundamentais pelos militares.

O Exército usa o mesmo fuzil, o FAL, fabricado pela empresa brasileira Imbel, há mais de 45 anos. Por motivos estratégicos, os militares não divulgam o total de fuzis que possuem em seu estoque, mas mais de 120 mil unidades teriam mais de 30 anos de uso.

Carros, barcos e helicópteros são escassos nas bases militares. O índice de obsolescência dos meios de comunicações ultrapassa 92% - sendo que mais de 87% dos equipamentos nem pode mais ser usado, segundo documento do Exército ao qual o G1teve acesso. Até o início de 2012, as fardas dos soldados recrutas eram importadas da China e desbotavam após poucas lavadas.
A Estratégia Nacional de Defesa elencou entre os pontos-chave a proteção da Amazônia, o controle das fronteiras e o reaparelhamento da tropa, com o objetivo de obter mobilidade e rapidez na resposta a qualquer risco. Defesa cibernética e recuperação da artilharia antiaérea também estão entre os fatores de preocupação.

Um centro de defesa contra ataques virtuais começou a ser instalado pelo Exército em 2010, em Brasília, mas ainda é enxuto e não conseguiu impedir ataques a uma série de páginas do governo durante a Rio+20, em junho deste ano.
O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), iniciativa que busca vigiar mais de 17 mil quilômetros de divisas com 10 países, começará a ser implantado ainda em 2012, com um teste na fronteira do Mato Grosso do Sul com Paraguai e Bolívia.

Segundo o general Walmir Almada Schneider Filho, do Estado-Maior do Exército, a Força criou 245 projetos para tentar atingir os objetivos da Estratégia Nacional de Defesa. Ele afirma que os recursos, porém, chegam aos poucos.
Nos últimos 10 anos, a percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em defesa gira em torno de 1,5%, segundo números do Ministério da Defesa - em 2011, o valor foi de R$ 61,787 bilhões. Durante a crise econômica, entre 2003 e 2004, o índice chegou a 1,43%. O maior percentual foi registrado em 2009, quando 1,62% do PIB foram destinados para o setor.
Em 2012, o Exército receberá cerca de R$ 28,018 bilhões, mas 90% serão destinados ao pagamento de pessoal. Desde 2004, varia entre 9% e 10% o montante disponível para custos operacionais e investimentos.
A ideia do ministro da Defesa, Celso Amorim, é elevar gradativamente os gastos com defesa para a média dos demais países dos Brics (Rússia, Índia e China), que é de 2,4%. Segundo afirmou em audiência no Senado, o objetivo é fazer o Brasil ter maior peso no cenário internacional.
“Nós perdemos nossa capacidade operacional, sabemos dessa defasagem. A obsolescência é grande. Por isso, um dos nossos projetos busca a recuperação da capacidade operacional. Até 2015, devemos receber R$ 10 bilhões só para isso”, afirma o general Schneider Filho, responsável pelos estudos da END no Estado-Maior do Exército.
Falta munição
Dois generais da alta cúpula, que passaram para a reserva recentemente, afirmaram aoG1 que o Brasil não tem condições de reagir a uma guerra. “Posso lhe afirmar que possuímos munição para menos de uma hora de combate”, diz o general Maynard Marques de Santa Rosa, ex-secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.
exercito_especial_soldado_barco_300 (Foto: Tahiane Stochero/G1)Guerreiro de selva patrulha rio na Amazônia durante
ação militar em 2012 (Foto: Tahiane Stochero/G1)
“A quantidade de munição que temos sempre foi a mínima. Ela quase não existe, principalmente para pistolas e fuzis. Nossa artilharia, carros de combate e grande parte do armamento foram comprados nas décadas de 70, 80. Existe uma ideia errada de que não há ameaça. Mas se ela surgir, não vai dar tempo de atingir a capacidade para reagir”, alerta o general Carlos Alberto Pinto Silva, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), que coordena todas as tropas do país.
“Nos últimos anos, o Exército só tem conseguido adquirir o mínimo de munição para a instrução. Os sistemas de guerra eletrônica (rádio, internet e celular), a artilharia e os blindados são de geração tecnológica superada. Mais de 120 mil fuzis têm mais de 30 anos de uso. Não há recursos de custeio suficientes”, diz Santa Rosa. Ele deixou o Exército em fevereiro de 2010, demitido por Lula após chamar a Comissão da Verdade, que investiga casos de desaparecidos políticos na Ditadura, de “comissão da calúnia”.
Nós perdemos nossa capacidade operacional, sabemos dessa defasagem. A obsolescência é grande"
General Walmir Almada Schneider Filho
Segundo o Livro Branco, documento que reúne dados sobre a defesa nacional, o Exército possui 71.791 veículos blindados, a maioria deles comprados há mais de 30 anos. Apenas um é do modelo novo, o Guarani, entregue em 2012 e que ainda está em avaliação. Um contrato inicial de R$ 41 milhões foi fechado para a aquisição dos primeiros 16 novos carros de combate. No último dia 7, um novo contrato foi assinado para a aquisição de outras 86 viaturas Guarani, ao custo de R$ 240 milhões.
"Nenhuma nação pode abrir mão de ter um Exército forte, que se prepara intensivamente para algo que espera que nunca ocorra. A população tem que entender que é preciso ter essa capacidade ociosa, sempre, para estar pronto para dar uma resposta se um dia for necessário", defende o general Fernando Vasconcellos Pereira, diretor do Departamento de Educação e Cultura do Exército.
Riscos e ameaças
Para saber quais equipamentos, tecnologias e armas precisam ser compradas e que outras mudanças são necessárias, o Exército criou o Grupo Lins, que reúne uma equipe para prever cenários de conflitos ou crises - internos ou externos - em que a sociedade e os políticos possam exigir a atuação dos militares até 2030.
O objetivo é antever problemas, sejam econômicos, sociais, de segurança pública ou de calamidade, e saber quais treinamentos devem ser dados aos soldados até lá.
Nesses cenários, a Amazônia e as fronteiras estão entre as maiores preocupações. O texto revisado da Estratégia Nacional de Defesa, entregue pelo governo ao Congresso Nacional em 17 de julho, destaca "a ameaça de forças militares muito superiores na região amazônica”.
Difícil – e necessário – é para um país que pouco trato teve com guerras convencer-se da necessidade de defender-se para poder construir-se"
Trecho da Estratégia Nacional de Defesa
Para impedir qualquer ataque, o Exército prepara o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que, através de um conjunto de sensores, radares e câmeras, permitirá a visualização de tudo o que ocorre nas fronteiras em tempo real. Os equipamentos facilitarão a repressão ao tráfico de drogas e armas, ao contrabando e aos crimes ambientais. A previsão é de que o sistema esteja totalmente operando em 2024.
O alto valor que o governo pretende passar para o Sisfron - R$ 12 bilhões até 2030 – movimentou o mercado nacional e fez com que empresas se unissem buscando soluções para vencer a licitação em andamento. Entre as interessadas estão Odebrecht, Andrade Gutierrez e Embraer, que fizeram parcerias com grandes indústrias do setor.
Para o historiador e criador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Geraldo Cavanhari, o Exército está em transformação e precisa se adequar para os inimigos do futuro. “O inimigo, seja interno ou externo, agora está extremamente bem armado. Por enquanto, não temos ameaças explícitas, mas temos que cuidar da nossa casa e estar preparados para responder, caso seja necessário”.
O general da reserva Carlos Alberto Pinto Silva diz que o problema continua sendo o orçamento. "Um coronel argentino me disse que eles aprenderam na guerra nas Malvinas que, se não existe a capacidade mínima de responder, não dá tempo para adquirir. Não adianta chorar depois”, afirma.
Mudança de percepção
Estudioso da área, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ronaldo Fiani entende que a abertura democrática e a criação do Mercosul provocaram mudanças na forma da população conceber a proteção do país, Consequentemente, foram feitos cortes nos investimentos militares. “O fim da ditadura e a união dos países latinos fez com que houvesse enfoque em integração, com diminuição do investimento na área militar", explica.

Burocracia, crises financeiras e déficit fiscal também são entraves para maior disponibilidade de recursos. “A única forma dos militares receberem mais investimentos é se integrando à pesquisa acadêmica e às empresas, como ocorre nos países desenvolvidos", diz Fiani.
O general Walmir Almada Schneider Filho concorda com o professor. “No primeiro mundo, o povo tem a mentalidade de que defesa e desenvolvimento caminham juntos e complementam-se. Um impulsiona o outro. Nós não queremos chegar neste patamar [de país voltado para a guerra], mas criar uma mentalidade de defesa, para que o povo discuta o assunto", diz.
A base da defesa nacional é a identificação da Nação com as Forças Armadas e das Forças Armadas com a Nação. Isso exige que a Nação compreenda serem inseparáveis as causas do desenvolvimento e da defesa"
Trecho da Estratégia Nacional de Defesa
“Eu acho que a redução dos investimentos tem relação com o período militar e a própria mentalidade da população, que vê como melhor alternativa aplicar os recursos em outro setor fundamental, como saúde, educação, etc", acrescenta Schneider Filho.

"Não há um palmo sobre o território brasileiro que não esteja sob a responsabilidade de uma tropa do Exército. Somos a organização mais presente em todo o território e que tem meios de chegar o quanto antes em qualquer situação. Por isso, assumimos cada vez mais responsabilidades e temos que ter capacidade para atuar em situações de emergência”, diz o general José Fernando Yasbech, também do Estado-Maior do Exército.
Yasbech se refere aos múltiplos empregos do Exército em ações civis dentro do país, como as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), como a Constituição determina o emprego militar em casos graves de segurança pública. Além disso, o militares são convocados para o apoio em caso de enchentes, abertura de estradas, construção de pontes, distribuição de ajuda humanitária, apoio em eleições, combate à dengue e à aftosa, entre outros.
Proteger
Em 2012, mais uma linha de atuação está sendo aberta: os militares serão responsáveis pela defesa e proteção de infraestruturas estratégicas do país, como hidrelétricas, usinas nucleares, indústrias essenciais e centros financeiros e de telecomunicações a partir da criação do projeto Proteger. O programa terá recursos na casa dos R$ 9,6 bilhões e reunirá órgãos públicos dos estados e informações necessárias para prevenir, conter ou reprimir ataques ou acidentes nesses locais.
São mais de seis mil infraestruturas estratégicas existentes no país, sendo que 364 estão entre as mais críticas, conforme levantamento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
exercito_especial_cabana_cancela_300 (Foto: Tahiane Stochero/G1)Pelotão de fronteira no Pará conta com apenas 9
horas diárias de luz (Foto: Tahiane Stochero/G1)
"O trabalho será tanto no sentido de prevenir acidentes nessas estruturas como também de identificar riscos e, eventualmente, contê-los", diz o general José Fernando Yasbech, que responde pelo projeto.
O trabalho começará no Paraná, com a implementação de um centro de ação conjunta com polícia, Bombeiros e Defesa Civil para defender a Usina de Itaipu.

“O reaparelhamento das Forças Armadas vai além de apenas dizer que um país pacifista está tomando uma atitude de se tornar mais bélico. O emprego dos militares tem sido bem diferente nos últimos anos, seja em ações de defesa civil, de segurança pública, de apoio aos órgãos estaduais. E isso demanda alterações estruturais profundas na política, na mentalidade da população e em investimentos”, diz Iberê Pinheiro Filho, mestre em Relações Internacionais e estudioso da Estratégia Nacional de Defesa.

Procurado para comentar a atual situação do Exército, o ex-ministro de Assuntos Estratégicos Roberto Mangabeira Unger, que escreveu o texto da Estratégia Nacional de Defesa, disse que se considerava "moralmente impedido de falar" devido à "relação íntima e especial com as ações e tarefas de que tratará a reportagem".
"Direi apenas o que escrevi na dedicatória de um livro que dei à biblioteca do Exército, por mãos do general que a comanda: o Exército brasileiro é a mais importante instituição do Brasil", afirmou Mangabeira Unger ao G1.
Já o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que também assinou a END em 2008, disse que não iria comentar a situação, pois não ocupa mais o cargo.
O Exército, que possui o maior efetivo entre as três Forças (são 203,4 mil militares), está em situação de sucateamento. Segundo relato de generais, há munição disponível para cerca de uma hora de guerra.

domingo, 12 de agosto de 2012


'Caráter depende da criação', diz pai homossexual que adotou dois filhos



Empresário cria irmãos deixados pelo pai biológico em Ribeirão Preto. 
'Respeito deles por mim não é diferente de nenhuma família', diz.


Homossexual adota garotos em Ribeirão Preto, SP (Foto: Manoela Marques/G1)
Igor (esq.), Nélio (centro) com o parceiro Renan e Yuri (dir.) Foto: Manoela Marques
“Criação não depende de um casal, um individuo pode criar outro baseado na ética e no caráter.” É com esse pensamento que o empresário Nélio de Figueiredo, de 51 anos, apadrinhou dois irmãos há mais de 15 anos e hoje cria ambos como filhos, com a ajuda de um companheiro. Figueiredo é homossexual e vive atualmente com Renan Mingorance, de 25 anos e os dois meninos, em Ribeirão Preto (SP).
“O que mais tenho é pai”, conta o caçula Igor Germano, de 15 anos. Ele e o irmão Yuri Germano, de 16 anos, perderam o contato com o pai biológico ainda pequenos, quando a mãe deles decidiu pela separação. 
Figueiredo conta que o  pai das crianças era usuário de drogas e se afastou da família. A mãe trabalhava no salão de beleza do empresário e, após a separação do companheiro, foi convidada a morar com Figueiredo com os meninos. “A casa era grande e eu tinha condições de dar a eles o que faltava”, recorda.
Atualmente, a mãe mora em outra casa com o novo marido. “Também ficamos lá, gosto deles, mas gostamos mesmo é de ficar na casa do Nélio”, brinca Yuri.
Respeito e preconceitoO pai adotivo garante que a criação dos garotos sempre foi com muito amor e respeito. “Não deixo que eles tenham carência paternal.”
O objetivo dele é contribuir para que tenham sua identidade definida. “Não existe isso de serem gays porque sou gay, eles devem ser eles mesmos sempre”, afirma. Para ele, a principal diferença da criação feita por um homossexual é o respeito que se aprende a ter pelos outros. “E o respeito deles por mim não é diferente de nenhuma outra família”.
A família conta que o preconceito vem dos pais de alguns amigos de escola. “Muitos não deixam os filhos virem a nossa casa e sabemos o motivo, mas as crianças mesmo dificilmente agem assim”, diz Figueiredo, que vê na mudança de gerações uma aceitação maior. "Com o tempo as pessoas terão mais respeito pela pessoa como ser humano, independente da orientação sexual, e vemos isso pelos jovens."
Vida em família
Os garotos garantem que Nélio é um exemplo de pai e de vida para eles e não escondem o orgulho até na hora das broncas. Para Igor, o olhar diz tudo enquanto Yuri tem mais medo das palavras. “Ele mata a gente com uma palavra só.”
Já o companheiro Renan é considerado a “mãe” da casa. “Sou o moderninho e deixo que eles façam tudo que querem, além de interceder, às vezes, para ajudar”, admite o jovem.




Autoridades iranianas confirmam 180 mortes em terremotos no Irã


Teerã, 11 ago (EFE).- Pelo menos 180 pessoas morreram e outras 1,3 mil ficaram feridas em consequência de dois fortes terremotos, de magnitude 6,2 e 6, que sacudiram neste sábado o noroeste do Irã, informou a agência local "Isna", citando uma fonte local.
Dahram Samadi Rad, diretor do Serviço Legista da província do Azerbaijão Oriental, onde ocorreram os tremores, afirmou que "devido à força do terremoto e os relatórios que nos chegam, é muito provável que esse número aumente".
As áreas afetadas são os distritos de Ahar, Varzagam, Haris e Mehraban, segundo o diretor de Gestão de Emergências da província, Khalil Sai, que também assinalou que "60 aldeias sofreram danos de entre 50% e 70% e, além disso, há seis aldeias totalmente arrasadas".
Mais cedo, Gholamreza Masumi, diretor de Emergências Médicas do Ministério da Saúde, disse à mesma agência que 40 pessoas haviam morrido, mas disse que o número poderia ser maior.
Em Varzagan, um gasoduto explodiu devido aos terremotos, segundo a "Isna", mas ainda não se sabe se houve vítimas.
Além do gás, cujo provisão foi suspensa em 70 povoados da área, também foram cortadas boa parte das linhas elétricas e das comunicações telefônicas por cabo.
As autoridades locais indicaram que foram enviados equipes e material de resgate à área dos abalos sísmicos, a 60 quilômetros a nordeste da cidade de Tabriz, capital da província iraniana do Azerbaijão Oriental, na fronteira com o Azerbaijão e a Armênia.
A estrada que liga Tabriz a Varzagan foi danificada e teve o tráfego cortado, e as equipes de resgate tiveram que utilizar caminhos alternativos. Pelo menos quatro povoados da região estão incomunicáveis devido aos tremores.
As equipes de resgate contam com cachorros treinados na localização de pessoas que possam estar soterradas e, segundo a "Isna", os socorristas já retiraram dos escombros mais de 200 pessoas ainda vivas.
Segundo o Centro Sismológico do Irã, o primeiro tremor aconteceu às 9h23 (de Brasília) e sacudiu a cidade de Ahar, enquanto o segundo, ocorrido 11 minutos depois, foi sentido pela população de Varzagan, ambas na província do Azerbaijão Oriental.
A maior parte do território do Irã, incluindo a capital Teerã, de 14 milhões de habitantes, está em uma área de constantes movimentos telúricos, onde houve dezenas de milhares de mortos nas últimas décadas.
Em dezembro de 2003, um terremoto de 6,2 graus na escala Richter causou mais de 30 mil mortes e pelo menos 50 mil feridos na cidade de Bam, no sudeste do Irã, onde também destruiu a antiga cidadela do local.
O terremoto mais mortal das últimas décadas no Irã aconteceu em junho de 1990 no noroeste do país, nas províncias de Gilan e Zanjan, com pelo menos 37 mil mortos e mais de 100 mil feridos. 

sábado, 11 de agosto de 2012


Juiz de SC determina que Facebook seja bloqueado por 24h no Brasil



Magistrado entende que site descumpriu ordem judicial emitida em julho.
Objetivo era suspender página "Reage Praia Mole", a pedido de vereador.


O Juiz da 13ª Zona Eleitoral de Florianópolis, Luiz Felipe Siegert Schuch, ordenou que o Facebook no Brasil tenha seu acesso bloqueado por 24 horas por descumprimento de uma liminar divulgada no dia 26 de julho, que determinava a suspensão da página "Reage Praia Mole". Segundo informações da Agência Brasil, o Facebook apresentou um pedido de reconsideração da decisão. Ainda segundo a Agência, o caso deve ser decidido na próxima segunda-feira (13).

O vereador Dalmo Deusdedit Meneses (PP), candidato a reeleição em Florianópolis, pediu a suspensão ou exclusão da página pois houve, de acordo com o parlamentar, publicações de "material depreciativo" contra ele, feita de maneira anônima por um usuário, o que, segundo a legislação eleitoral, é proibido.
Além de deferir a liminar contra a comunidade virtual, o juiz eleitoral determinou a identificação das pessoas que a criaram no Facebook. Segundo o cartório da 13ª ZE, dois moradores de Florianópolis são responsáveis pela página.
Como a página não foi nem suspensa ou excluída pelo Facebook, fato entendido pelo Juiz como um descumprimento da ordem judicial, foi aplicada uma multa diária de R$50 mil reais, no período entre 1º e 9 de agosto. Além disso, o juiz pede que seja suspenso por 24h o acesso a todo o conteúdo informativo da rede social no Brasil, e o site deve trazer a informação de que está fora do ar por descumprir a legislação eleitoral. Se essa determinação não for atendida, o prazo de suspensão do Facebook no país será duplicado.
Procurado, o Facebook afirmou que "está em contato com a justiça eleitoral a respeito do assunto e tem procedimentos implementados para lidar com questões relacionadas com propaganda eleitoral.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

                   

Greve: governo agora corre atrás do prejuízo



 Há hoje um consenso no Palácio do Planalto de que o governo federal demorou demais para se dar conta do tamanho da encrenca da greve do funcionalismo, que se alastrou por todo o País e já atinge mais de 30 categorias de servidores públicos.
A ordem agora é correr atrás do prejuízo e voltar a negociar com as lideranças sindicais, depois das ameaças feitas pelo governo de cortar o ponto e contratar substitutos para os grevistas.
A decisão de deixar o assunto por conta de burocratas do segundo escalão do Ministério do Planejamento revelou-se furada e agora o governo busca novos interlocutores para retomar o diálogo.
O principal deles é José Lopez Feijóo, 62 anos, assessor da secretaria-geral da Presidência, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e ex-vice-presidente da CUT, até passar para o outro lado do balcão e entrar para o governo no ano passado na equipe do ministro Gilberto Carvalho.
Espanhol nascido na cidade de Entranbosrrios, sindicalista da turma de Lula em São Bernardo do Campo, onde começou na comissão de fábrica da Ford no início dos anos 80, muito próximo do ex-presidente e com livre trânsito entre as centrais sindicais, Feijóo terá a tarefa de preparar o espírito da companheirada para o reajuste parcial que deverá ser anunciado pelo governo até o final da próxima semana, bem abaixo das reivindicações do funcionalismo e sem atingir todas as categorias.
Nos oito anos de governo Lula, também tivemos greves de servidores públicos, mas não na dimensão que atingiu o movimento neste ano, desencadeado em áreas dominadas, especialmente na educação, por sindicatos ligados ao PSTU e ao PSOL, partidos radicais formados por dissidentes do PT. Com receio de perder o bonde, sindicatos ligados à CUT também aderiram à paralisação, o que deixou a presidente Dilma particularmente contrariada.
Desta vez, inverteu-se o processo nas negociações. Com Lula, quando chegava a época das campanhas salariais do funcionalismo, primeiro era mobilizado o então secretário-geral Luiz Dulci, um discreto professor mineiro, que auscultava as centrais e procurava conciliar as reivindicações sindicais com os limites impostos pela área econômica, antes que estourassem as greves.
Neste ano, Gilberto Carvalho, o substituto de Dulci no cargo, só entrou em campo na última quarta-feira, quando o clima já era beligerante e os dois lados se recusavam a ceder. Por isso mesmo, o ministro queimou seu filme — acabou sendo xingado e vaiado num encontro da CUT, o braço sindical do PT, uma cena inimaginável no governo anterior.
O impasse tem data para terminar: 31 de agosto, prazo final para o governo enviar a Lei de Diretrizes Orçamentárias ao Congresso Nacional, indicando qual a verba prevista para o reajuste dos servidores públicos.
Até lá, o baixinho Lopez Feijóo, com sua fala mansa, vai ter que encontrar uma fórmula mágica para acalmar seus colegas sindicalistas, sem estourar o cofre do governo. Não vai ser fácil.
Afinal, se fosse atender a todas as reivindicações dos servidores em greve, o governo teria que dobrar a folha de pagamento do funcionalismo público federal, que já passa de R$ 100 bilhões por ano, numa conjuntura que exige corte de gastos para enfrentar as consequências da crise econômica mundial.

    

Dilma enfrenta maior desafio do seu governo



    

Greves dos servidores públicos federais, dos mais diferentes setores, alastram-se por todo o país, e não há solução à vista. Segundo as centrais sindicais, já são mais de 300 mil funcionários parados, praticamente a metade do quadro de servidores civis da União.
O Ministério do Planejamento contesta estes números. O fato é que a multiplicação das greves constitui um problema da vida real dos brasileiros, que afeta o seu dia a dia, ao contrário de mensalão, CPI e eleições municipais, questões políticas que até aqui dominavam o noticiário, mas das quais o governo conseguiu ficar distante.
Com a inflação em alta e a queda na atividade econômica, há no momento uma conjugação de fatores negativos que fazem a presidente Dilma Rousseff enfrentar o maior desafio dos seus 19 meses de governo.
Se ceder aos grevistas, que já tiveram dois generosos pacotes de reajustes salariais nos últimos anos do governo Lula, isto vai pressionar ainda mais a inflação, outro problema que é sentido no cotidiano dos brasileiros.
De 2003 a 2012, os servidores do Executivo tiveram aumentos salariais de 170%. No mesmo período, o país registrou uma inflação acumulada de 70%.
De outro lado, se serviços públicos essenciais continuarem parados, isto representará um grande desgaste para o governo, preocupado em manter a dívida pública sob controle num contexto de crise econômica mundial, que já afeta o país.
É aquela velha situação do se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come. Para agravar o quadro, tivemos mais uma semana de impasse nas negociações, depois de Dilma colocar em campo diferentes interlocutores, a começar pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Bombeiro de plantão no Palácio do Planalto, o secretário-greral Gilberto Carvalho foi chamado para dialogar com as centrais sindicais, mas a sua primeira intervenção, na quarta-feira, só colocou mais lenha na fogueira.
Vaiado e xingado de traidor num congresso de trabalhadores por manifestantes da CUT, o ministro, que sempre foi ligado ao movimento sindical, ouviu a platéia gritar "A greve continua. Dilma, a culpa é sua!" _  e respondeu no mesmo tom.
Sem diálogo, no fim da tarde foi chamada a polícia para evitar que os manifestantes subissem a rampa do Palácio do Planalto. Na mesma hora, no Rio, uma operação padrão de policiais rodoviários causou um enorme congestionamento de 20 quilômetros nos dois sentidos da Ponte Rio-Niterói.
Estradas em oito Estados também ficaram paradas pelo mesmo motivo. No aeroporto do Galeão, no Rio, agentes da Polícia Federal fizeram uma operação-padrão, infernizando a vida dos passageiros, e prometem fazer o mesmo nesta quinta-feira em São Paulo, no aeroporto de Cumbica, e no porto de Santos.
As universidades federais estão paradas já faz quase três meses. Remédios importados retidos em depósitos pelos orgãos sanitários começam a faltar nos postos de saúde.
Este foi um dos assuntos tratados por Dilma no encontro de mais de três horas que teve com o presidente Lula em São Paulo, na última segunda-feira. A presidente responsabilizou a CUT pelas greves dos servidores públicos que se ampliam em vários setores e os dirigentes sindicais se queixam da falta de diálogo com o governo.
No meio desta guerra de posições cada vez mais antagônicas, sobrou para o ministro Gilberto Carvalho. "Se eu fosse presidente, destituía o ministro", afirmou o novo presidente da CUT, Vagner Freitas, algo até há pouco inimaginável nas relações entre o governo petista e as centrais sindicais.
Em casa onde falta pão, como se dizia antigamente, todo mundo reclama e ninguém tem razão. E na sua cidade, o que está acontecendo?. Os leitores poderiam contribuir com o Balaio contando de que forma as greves do funcionalismo estão afetando o seu dia a dia. Escrevam!