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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Everson Silva, filho de Tiririca, filia-se ao PSB de Fortaleza



Filiação de Tirulipa ocorreu no último dia do prazo. (Foto: TV Diário/Reprodução)

Filiação de Tirulipa ocorreu no último dia do prazo.
(Foto: TV Diário/Reprodução)

'Vou entrar para revolucionar a política', diz o candidato em 2012.
Três partidos procuraram o filho de Tiririca para candidar a vereador.


Everson Silva, filho do deputado federal Everaldo Silva (PR-SP), o palhaço Tiririca, confirmou nesta sexta-feira (7) a filiação ao PSB de Fortaleza e diz que pretende se candidatar a vereador em 2012. “Vou entrar para revolucionar a política”, diz Everson Silva, que ficou popular no Ceará com o personagem Tirulipa.
Na quinta-feira (6) três partidos confirmaram que tinham interesse na filiação do jovem, o PSB, PRB e o partido do pai de Everson, o PR. “Analisei bastante e vi que me identifico mais com o PSB. Já conheço bem o trabalho do Ciro Gomes (PSB-CE) e sou grande amigo do (deputado federal pelo PSB-CE) Domingos Neto”, diz.
Everson afirma também que já conversou com o pai sobre a filiação. “O que ele me disse foi que eu tomei minha própria decisão, mesmo não sendo do partido dele.” O recém-filiado afirma também que vai conversar com a diretoria do partido sobre as estratégias de campanha. Ele afirma que ainda não sabe se vai se apresentar como palhaço, a exemplo do pai.
Silva diz que vai trabalhar tentando incentivar projetos culturais populares e investimentos na juventude. “Tenho família vinda do circo e conheço muito bem as necessidades dessas pessoas. Vamos trabalhar também com jovens. Nós vamos revolucionar a juventude.” Ele fala também que já analisou os deveres da função vereador.






Partido
O PSB tem dois vereadores na Câmara de Fortaleza. O presidente da sigla na capital cearense, Karlo Kardozo, diz que a meta do partido é eleger 10 representantes no legislativo municipal em 2012.
“O PSB tem 11 deputados na Assembleia (Legislativa do Ceará), quatro deputados federais em Brasília. É impensável que tenhamos em Fortaleza apenas dois vereadores, queremos de oito a 10 na próxima legislatura”, disse Kardozo ao G1, quando tomou posse da presidência da sigla em setembro deste ano.
Nesta sexta-feira, Kardozo afirmou que não vai explorar o "aspecto jocoso de um político que não sabe o que fazer", a exemplo do que foi feito na campanha eleitoral de Tiririca em 2010. Tiririca foi eleito deputado federal pelo PR de São Paulo como o maior número de votos, mais de 1,3 milhão.
Kardozo diz que Everson Silva vai ter uma campanha que representa a cultura cearense, "especialmente o humor, que é a cara dele".

Mortes causadas por bactéria deixam Brasília em alerta


As autoridades sanitárias de Brasília declararam nesta sexta-feira estado de alerta depois da confirmação de três mortes causadas pela bactéria Streptococcus pyogenes, que se propaga com facilidade e pode causar a morte em questão de dias.
A terceira morte causada pelo bactéria nos últimos 30 dias foi confirmada na noite desta quinta-feira (6). Logo depois, a Secretaria da Saúde emitiu uma nota dizendo que "esses fatos representam um risco de propagação que precisa de uma rápida intervenção médica".
Em agosto, já tinham sido registradas a morte de uma menina de 11 anos e a de uma mulher de 38, ambas vitimas da bactéria.
O caso mais recente foi o de uma menina de dez anos que morreu na última terça. Detalhe: ela chegou ao óbito cinco dias após ter apresentado os primeiros sintomas, segundo o comunicado.
Primeiramente, a menina começou a apresentar febre e fortes dores de cabeça, seguida por vômitos e um mal-estar generalizado. Mesmo tratada com antibióticos, a infecção causada pela bactéria não foi controlada.
No ano passado, a capital brasileira também esteve em alerta sanitário devido ao surto da bactéria Klebisiella pneumoniae carbapenemase (KPC), que causou 22 mortes em apenas dez meses.
Embora ainda não haja uma definição concreta, as autoridades sempre suspeitaram que essa bactéria pode se desenvolver em hospitais públicos. O motivo é a falta de higiene e outros fatores associados à má qualidade do serviço.

Forças líbias intensificam ofensiva contra Sirte


SIRTE, Líbia (Reuters) - As forças do governo provisório líbio lançaram nesta sexta-feira sua maior ofensiva até agora contra Sirte, cidade natal de Muammar Gaddafi, disparando sua artilharia pesada contra o último bastião importante do governante deposto.
Conquistar essa cidade litorânea deixaria o novo governo líbio mais próximo de finalmente controlar todo o país, quase dois meses depois da tomada de Trípoli, a capital. Por outro lado, as forças do governo provisório enfrentam pressão para poupar os civis retidos dentro da cidade.
As forças do Conselho Nacional de Transição (CNT, o governo de transição) há várias semanas aguardam nos arredores de Sirte, e agora dizem que a batalha está entrando na sua fase final e decisiva.
O comandante Mustafa al-Ameen, posicionado em um morro a leste da cidade, disse que há progressos, mas que os leais a Gaddafi continuam resistindo.
"As forças que entraram conseguiram avançar até dentro de Sirte, mas não conseguimos ir mais longe devido aos disparos dos francoatiradores", relatou.
A dificuldade do CNT em capturar os últimos redutos pró-Gaddafi acabou por colocar em segundo plano os esforços dos novos líderes para estabelecer um governo eficaz sobre todo o vasto território nacional e retomar a produção petrolífera, economicamente vital.
Colunas de fumaça escura se erguiam sobre Sirte enquanto forças do CNT faziam disparos com canhões e metralhadoras, a partir do leste, na direção do centro da cidade.
Dentro de Sirte, no seu canto nordeste, combatentes diziam ter tomado o chamado "Bairro Mauritano", depois de um intenso combate casa a casa.
Milhares de civis já fugiram dos combates em Sirte, descrevendo condições cada vez mais críticas dentro da cidade. Um morador reclamou do mal cheiro de cadáveres apodrecendo no hospital.
Refletindo a crescente preocupação internacional, um alto funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu aos combatentes do CNT que não façam represálias contra os partidários de Gaddafi quando entrarem na cidade.
Os comandantes do CNT começaram o dia prevendo uma rápida conclusão dos combates, mas os "gaddafistas" usaram seus francoatiradores e suas granadas de propulsão para evitar o avanço governista.
Num vestiário para os combatentes nos arredores de Sirte, o cirurgião Nuri al-Naeri disse que 12 pessoas foram mortas na sexta-feira em combates no lado oeste da cidade, e que outras 139 ficaram feridas. "Muitos dos ferimentos foram por francoatiradores."

Deputados negociam criação de período em que troca de partido seja permitida


O comentarista de política, Gerson Camarotti, falou sobre o adiamento da reforma política e sobre a novidade que circula nos bastidores em Brasília.


Sinal de alerta na proposta de reforma política em debate na Câmara dos Deputados. Houve forte rejeição à proposta do PT e a votação do relatório do deputado Henrique Fontana foi adiada. Mas um novo ingrediente pode desviar o foco da reforma em debate no Congresso Nacional.
O comentarista de política da Globo News, Gerson Camarotti, falou sobre o adiamento da reforma política e contou detalhes sobre a novidade que circula nos bastidores em Brasília. Segundo ele, o que está se negociando na Câmara é a possibilidade de criar uma espécie de “janela da infidelidade”, um período em que seriam permitidas as trocas de partido, sem a punição do político.

Fisioterapeuta procura cão levado por ladrões em roubo de carro


Assalto aconteceu em cruzamento da Zona Sul de SP.
Cão Sheep voltada de hotel para cachorros.


cão carro roubado (Foto: Arquivo Pessoal)
Cão estava no banco traseiro de veículo roubado em cruzamento da região do Jabaquara (Foto: Arquivo Pessoal)
Há uma semana, a vida da fisioterapeuta Cionéia Delgado, 29 anos, e de seu marido resume-se a procurar pelo cão Sheep, da raça schnauzer. Ele estava no banco traseiro do carro de um hotel de cachorros que foi roubado na noite de sexta-feira (30) na região do Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo.
Sheep, de 4,5 anos, pelos cinzas e pesando cerca de 10 kg, estava sendo levado pela proprietária do hotel até a casa da fisioterapeuta. O animal não conseguia ficar sozinho em casa, razão pela qual desde os 6 meses de idade Cionéia precisou contratar o serviço, pelo qual desembolsava R$ 400 mensais. De segunda a sexta, o hotel buscava e trazia Sheep de volta até a casa de Cionéia, na região da Praça da Árvore, na Zona Sul.
“Ele não conseguia ficar sozinho, uivava muito. Por causa disso levei muitas multas de condomínio e tive que procurar um hotel”, conta Cionéia.
A proprietária do hotel, que pediu para não ser identificada, disse ao G1 nesta sexta-feira (7) que foi abordada por quatro adolescentes – dois deles armados – na esquina da Rua Desembargador Alípio Bastos com a Avenida Pedro Bueno. Os ladrões ordenaram que ela descesse do carro. Ela pediu para tirar o cachorro do veículo, o que não foi permitido. O caso foi registrado no 16º DP, na Vila Clementino, também na Zona Sul de São Paulo.
“Desde então estamos colocando faixas procurando o Sheep, mas só recebemos alarmes falsos. Peguei ele com dois meses, ele faz parte da minha vida, da minha família. Estamos parados, não fazemos mais nada a não ser procurar”, lamenta Cionéia, que está oferecendo recompensa para quem tiver pistas do cão, que podem ser enviadas por email.
Segundo Cionéia, excepcionalmente no dia do roubo, o cachorro estava sendo levado no carro particular da dona do hotel para cães e não no veículo adaptado para o transporte de animais. “Ele ficava o dia todo fora, mas à noite quando chegava era aquela festa, sempre muito brincalhão. Ele é super amoroso e preguiçoso. Quando ficávamos em casa, dormia o dia inteiro”, conta.
A fisioterapeuta diz ainda que seus sobrinhos estão desesperados com o sumiço do animal. O mais novo, de 7 anos, que mora em Catanduva, no interior de São Paulo, estaria tendo, segundo ela, algumas reações. “Ele somatizou isso um pouco, está tendo vômitos e anda muito triste”.

Prefeita de Ribeirão 'manipulou e traiu o DEM', afirma ACM Neto


Uma das principais lideranças do DEM no país, o deputado federal baiano ACM Neto afirmou ontem à Folha que a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (agora no PSD de Gilberto Kassab), manipulou e traiu a legenda.
Segundo ACM Neto, a intenção do PSD de Ribeirão de construir uma aliança com o DEM para ter mais força --e tempo de TV-- para a eleição de 2012 não tem a menor possibilidade" de se tornar realidade.
Embora o antigo partido de Dárcy ainda não tenha decidido se será sempre oposição ao PSD, o deputado diz que, em Ribeirão, as siglas serão rivais devido à forma como a prefeita se desligou, desagradando a cúpula nacional do partido.
"Não há uma regra nacional [quanto ao PSD], mas a Dárcy manipulou [o DEM em Ribeirão] até o fim e nos fez acreditar que ficaria. Foi inclusive alçada a membro da executiva nacional e saiu aos 45 do segundo tempo, sem dar margem para o partido se reorganizar em Ribeirão", disse ACM Neto.
Questionado se classifica a atitude de Dárcy como uma traição, o deputado federal foi enfático: "Não há dúvida. Não há dúvida. Não há dúvida. Desde abril, ela vem alimentando o compromisso de permanecer no Democratas".
Só que na última terça-feira (4), a prefeita anunciou a troca do DEM pelo PSD do prefeito de São Paulo e seu aliado, Gilberto Kassab.
Se Dárcy não tivesse prometido ficar, disse o deputado federal, o DEM teria se mobilizado para que o partido não fosse praticamente fechado em Ribeirão --até esta sexta-feira, o Democratas está sem nenhuma liderança na cidade, segundo ACM Neto.
De acordo com o deputado, com a saída repentina de Dárcy, a direção estadual do DEM em São Paulo dissolveu a comissão provisória na cidade e começou a trabalhar na composição de um novo grupo para dirigir a legenda.
"Essa nova direção receberá a orientação política de fazer oposição à Dárcy", disse. Até esta quinta-feira, o DEM ainda tinha cerca de 3.400 filiados no município.
ALIANÇA PSDB-DEM CONTRA DÁRCY
ACM Neto contou que já existem conversas com o deputado federal Duarte Nogueira, líder do PSDB, para construir um "projeto em comum" para as eleições de 2012.
"Mas é claro que isso que estamos fazendo em Ribeirão é algo emergencial. Não tivemos mais tempo de conversar com outras lideranças da cidade, justamente porque ela [Dárcy] nos fez acreditar que ficaria no DEM", afirmou.
O deputado federal por São Paulo Jorge Tadeu Mudalen é quem está articulando a composição da nova direção regional do DEM. Procurado ontem pela Folha, Mudalen não foi encontrado para comentar o assunto.
Dárcy também não foi encontrada nesta quinta-feira para falar sobre o assunto. Sua assessoria de imprensa afirmou ela mantém o que disse na "Carta aberta ao Democratas", que a prefeita divulgou na terça-feira.
Na carta, ela cita os 14 anos em que fez parte do DEM (que antes se chamava PFL). "No partido, pude ampliar meus horizontes políticos e ocupar importantes cargos, como o de presidente nacional do Democratas Mulher e a coordenação regional da legenda", escreveu Dárcy Vera.

Brasil e Turquia devem reagir à 'imobilidade' de países ricos, diz Dilma


A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira em Ancara que o Brasil e a Turquia devem se articular no G20 --grupo das 20 maiores economias do mundo-- para lutar contra a "imobilidade política" dos líderes dos países ricos.
Em discurso a empresários brasileiros e turcos, que participam de um fórum de negócios na capital da Turquia, Dilma falou que as duas nações estão sofrendo com as políticas monetárias expansivas do mundo desenvolvido --em aparente referência a políticas de injeção de dinheiro na economia ou desvalorizações artificiais do câmbio, cujo efeito colateral é fazer o real subir e prejudicam a competitividade brasileira no exterior.
Na mesa, ao lado de Dilma, estava o ministro da Economia da Turquia, Mehmet Simsek.
"Como países emergentes, somos afetados pelas políticas de reação dos países desenvolvidos à crise, notadamente a expansão monetária, praticada por alguns bancos centrais, que levam a uma espécie de guerra cambial. Isso compromete os valores das nossas mercadorias", afirmou a presidente.
"Essas políticas monetárias excessivamente expansionistas têm sido remédio privilegiado que as economias mais desenvolvidas têm buscado nos últimos tempos e têm como efeito secundário a valorização artificial das nossas moedas."
Dilma defendeu que Brasil e Turquia devem se articular na cúpula do G20, em novembro em Cannes, na França, onde serão discutidas políticas para combater o desaquecimento da economia global. Muitos economistas temem que o mundo possa estar perto de entrar em uma nova recessão, sem ter ainda se recuperado da crise financeira de 2008.
"O Brasil e a Turquia podem contribuir no G20, por exemplo, para o prosseguimento das reformas nas instituições econômicas e financeiras internacionais, aumentando a participação de nossos países nas decisões que afetam diretamente os nossos povos", disse a presidente.
"Na cúpula de Cannes, Brasil e Turquia devem juntos pressionar por resultados concretos que superem muitas vezes a imobilidade política das lideranças envolvidas", disse Dilma.
RELAÇÕES COMERCIAIS
O fórum onde Dilma discursou foi realizado para promover as relações comerciais bilaterais. Na última década, o comércio entre os dois países triplicou, com um salto de 60% só de 2009 para 2010.
A expectativa das autoridades é que o comércio bilateral supere a marca de US$ 2 bilhões neste ano. A presidente destacou que a rota aérea entre Istambul e São Paulo, operada pela Turkish Airlines, tem ocupação média de 90%.
O ministro da Economia turco anunciou uma missão de empresários da construção civil ao Brasil em novembro. A presidente convidou os empresários turcos do setor a participarem das obras de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014.
Empresários brasileiros do setor de construção civil, presentes no fórum, disseram à BBC Brasil que, apesar de Ancara investir pesadamente em obras públicas de infraestrutura, há mais oportunidades para construtoras turcas no Brasil do que o contrário, já que o mercado é bastante competitivo na Turquia.
A presidente Dilma encontrou-se nesta sexta-feira com o presidente turco Abdullah Gul. O café da manhã que Dilma teria com o premiê Recep Tayyip Erdogan no sábado, em Istambul, foi cancelado, por causa da morte da mãe do primeiro-ministro.
Dilma expressou suas condolências a Erdogan, mas cometeu uma pequena gafe em seu discurso, chamando o premiê de "presidente", e tropeçando na pronúncia do seu nome.

Nobel da Paz é homenagem a luta da Libéria, diz presidente


MONRÓVIA (Reuters) - Uma das ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz este ano, a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, afirmou nesta sexta-feira que a premiação é um reconhecimento dos "muitos anos de luta pela justiça, paz e promoção do desenvolvimento" no país do Oeste da África desde uma brutal guerra civil.
Johnson-Sirleaf dividiu o prêmio com a liberiana Leymah Gbowee, uma ativista da paz, e com a ativista iemenita Tawakul Karman.
"Eu acredito que nós (Gbowee e eu) aceitamos isso em nome do povo liberiano, e o crédito vai para o povo liberiano", disse Johnson-Sirleaf a repórteres do lado de fora de sua residência, na capital da Libéria.
Gbowee estava em uma turnê literária nos Estados Unidos, informou seu escritório sediado em Acra, Gana.
A premiação foi dada quatro dias antes de uma tensa eleição presidencial na qual Johnson-Sirleaf espera vencer uma disputa acirrada contra a principal figura da oposição, Winston Tubman, e o ex-líder rebelde Prince Johnson.
Será a segunda eleição na Libéria desde o término da guerra civil de 14 anos, em 2003, que deixou mais de 200 mil mortos. Se ocorrer bem, poderá abrir caminho para bilhões de dólares em investimento em petróleo e mineração.
"O Prêmio Nobel da Paz para Johnson-Sirleaf vai dar força à tentativa dela de ser reeleita, mas também pode reforçar as críticas de partidos da oposição e da sociedade civil sobre a falta de um ambiente nivelado na corrida para as eleições," afirmou Hannah Koep, chefe de análise da África da Control Risks.
Embora Johnson-Sirleaf tenha conquistado fama internacional como a primeira mulher eleita chefe-de-Estado da África e aplausos por manter a estabilidade, ela enfrenta críticas em casa pelo ritmo lento de reconstrução da infra-estrutura e por fracassar em eliminar a corrupção dentro do seu governo.
O comitê eleitoral da Libéria disse nesta sexta-feira que a eleição de 11 de outubro vai prosseguir conforme previsto. "Vamos continuar conforme planejado, tudo está em seu curso. O Prêmio Nobel da Paz para a presidente de forma nenhuma impacta a corrida eleitoral," disse Nathan Mulbah, relações públicas do Comitê Nacional Eleitoral.

Rússia vai bloquear na ONU sanções destinadas a derrubar governos

MOSCOU, Rússia, 7 Out 2011 (AFP) -A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU com direito a veto, bloqueará no futuro qualquer tentativa nesta instância de aplicar sanções destinadas a derrubar regimes, afirmou nesta sexta-feira o presidente russo, Dimitri Medvedev.

"A Rússia se pronunciará no futuro contra as tentativas de que o Conselho de Segurança da ONU adote sanções destinadas a levar a mudanças de regimes", disse Medvedev, citado pelas agências russas.

Medvedev formulou estas declarações poucos dias depois de Rússia e China se mostrarem contrárias a um projeto de resolução Ocidental sobre a repressão das manifestações na Síria.

Os países ocidentais, que previam em seu projeto medidas seletivas contra a Síria, denunciaram a decisão de Rússia e China.

O presidente russo declarou que o regime sírio do presidente Bashar al-Assad terá que "ir embora" se não levar adiante as "reformas indispensáveis".

No entanto, Medvedev insistiu que esta decisão não corresponde à Otan nem aos países europeus.

"Trabalhamos ativamente com os líderes sírios para que realizem as reformas indispensáveis", disse Medvedev, segundo as agências russas.

"Se estes dirigentes não forem capazes de fazer estas reformas, devem ir embora. Mas são o povo e o regime sírios os que devem decidir isso, e não a Otan e alguns países europeus", acrescentou o presidente russo.

Dados da economia dos EUA reforçam queda do dólar

São Paulo - O dólar comercial abriu em queda de 0,56%, negociado a R$ 1,777, e dá sinais de que pode acentuar a baixa, após a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Por volta das 10h15, a moeda norte-americana caía 1,18%, a R$ 1,766.
O dado do mercado de trabalho dos EUA mostrou-se muito melhor do que o esperado. Conforme divulgou mais cedo o Departamento de Trabalho, o país criou 103 mil empregos em setembro, ante expectativas de expansão de 60 mil vagas. A notícia endossou o apetite por risco, que já prevalecia no mercado de moedas.
Antes disso, o recuo do dólar, era decorrente do movimento feito ontem pelos bancos centrais europeus no sentido de aumentar a liquidez do mercado. Isso somado à expectativa surgida e cultivada nesta semana na Europa de que está em curso uma articulação para que os bancos sejam recapitalizados, criou um ambiente positivo para as moedas de maior risco e de perdas para o dólar.
Além disso, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Ben Bernanke, já havia dito que não descarta novas medidas econômicas e que está pronto a agir para estimular a economia, se necessário. A julgar pelo dado sobre o mercado de trabalho, não vai precisar, por enquanto. E as perspectivas para a economia global começam melhores em outubro do que foram em setembro. Resta saber até quando durará o alívio.

Prêmio Nobel da Paz em 2011 fica com trio de mulheres


O trio de mulheres ativistas Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee, ambas liberianas, e Tawakkul Karman, do Iêmen, venceu o Prêmio Nobel da Paz de 2011, conforme anunciou nesta sexta-feira o comitê Instituto Norueguês do Nobel, que entrega o prêmio, em Oslo, na Noruega.
O prêmio foi concedido a elas por "sua luta não violenta pela segurança e pelos direitos das mulheres na participação do processo da construção da paz".
Diferentemente dos anos posteriores, o anúncio de quem havia sido escolhido foi lido apenas em inglês e, segundo o comitê informou antes do evento começar, o texto possuía 21 linhas, um total relativamente alto para o padrão visto nas justificativas passadas.
Sirleaf foi primeira mulher a ser eleita democraticamente como presidente de um país africano, a Libéria.
Gbowee trabalhou para mobilizar as mulheres na superação de diferenças étnicas e religiosas na tentativa de colocar um fim à guerra liberiana.
Karman teve um papel importante na luta pelos direitos das mulheres e nos protestos pela democracia no Iêmen.
NOBEL
O comitê do prêmio Nobel havia anunciado em março que foram indicados 241 candidatos à categoria, um número recorde. O prêmio, que inclui 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,5 milhões), será entregue em dezembro.
O Prêmio Nobel é entregue desde 1901 a personalidades de destaque nas áreas de ciências, literatura e paz, conforme estipulado no testamento do empresário Alfred Nobel, inventor da dinamite.
No ano passado, o dissidente chinês Liu Xiaobo foi o vencedor do prêmio Nobel da Paz. Liu foi condenado a 11 anos de prisão, em dezembro de 2009, por escrever um manifesto com outros ativistas chineses pela liberdade de expressão e eleições multipartidárias no país.
Veja a lista dos vencedores do Nobel da Paz nos dez anos anteriores:
  • 2010: Liu Xiaobo
  • 2009: Barack Obama
  • 2008: Martti Ahtisaari
  • 2007: Intergovernmental Panel on Climate Change, Al Gore
  • 2006: Muhammad Yunus, Grameen Bank
  • 2005: Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed ElBaradei
  • 2004: Wangari Maathai
  • 2003: Shirin Ebadi
  • 2002: Jimmy Carter
  • 2001: ONU, Kofi Annan
  • 2000: Kim Dae-jung

Retirada abrupta pode por em risco progressos no Afeganistão, diz ativista

Durante o período em que o Talebã comandou o Afeganistão (1996 a 2001), Orzala Ashraf Nemat arriscava a vida diariamente ao liderar, no país, uma rede clandestina para alfabetização de mulheres - que eram proibidas pelo regime de frequentar a escola.

Hoje, dez anos após a intervenção militar liderada pelos Estados Unidos que tirou o Talebã do poder, as afegãs puderam retornar às escolas e Nemat se tornou uma figura pública, reconhecida por seu ativismo.

Ela teme, porém, que uma retirada abrupta das forças internacionais possa reverter esses e outros avanços e colocar em risco o progresso conquistado pelo Afeganistão ao longo de uma década.

"A retirada militar não pode significar uma retirada dos recursos para ajudar o Afeganistão", disse Nemat à BBC Brasil, em entrevista por telefone a partir de Cabul.

"Manter a assistência humanitária, o financiamento a projetos de desenvolvimento em diferentes áreas sociais e econômicas será crucial para o Afeganistão, se não quisermos que o país volte a cair nas mãos do terrorismo", afirma.

Intervenção
Foi exatamente a guerra ao terrorismo, lançada pelo então presidente americano George W. Bush após os atentados de 11 de Setembro, em 2001, que levou os Estados Unidos a liderarem a invasão do Afeganistão em 7 de outubro daquele ano.

Os Estados Unidos queriam encontrar Osama Bin Laden, líder da rede Al-Qaeda, que supostamente recebia apoio do Talebã.

Dez anos depois, Bin Laden foi morto (em maio deste ano, em uma operação de forças americanas no Paquistão), o Talebã se enfraqueceu e os Estados Unidos - que precisam lidar com os resquícios de outra guerra impopular, a do Iraque, e uma crise econômica em casa -, já começaram a retirar as tropas do Afeganistão, com o objetivo de transferir as ações de segurança para as forças afegãs até 2014.

Segundo Nemat, é crucial que a comunidade internacional ajude o país a consolidar a independência e a soberania conquistadas na última década e garanta que o país não será "abandonado" após a retirada.

A preocupação da ativista está em linha com um relatório publicado em junho pela Comissão de Relações Exteriores do Senado americano, que alertava para o risco de que uma retirada brusca mergulhasse o país em uma recessão.

Na época, o relatório do Senado pedia maior eficácia na fiscalização sobre como são utilizados os cerca de US$ 320 milhões (cerca de R$ 578 milhões) injetados no Afeganistão a cada mês pelo Departamento de Estado e pela agência americana de desenvolvimento internacional (USAID).

Comparação
Ao comparar a situação do Afeganistão hoje com a de dez anos atrás, Nemat reconhece avanços em inúmeras áreas como saúde, educação e a própria imagem como nação.

"Durante os anos do Talebã, o Afeganistão era completamente isolado, nem mesmo era reconhecido como país por muitas outras nações. Hoje tem assento nas Nações Unidas, tornou-se um país reconhecido, ganhou de volta sua identidade política, social e cultural", afirma.

No entanto, a ativista observa que o país, mergulhado em conflitos desde a invasão soviética de 1979, ainda enfrenta enormes desafios.

"É muito importante compreender que a guerra não começou quando o Talebã chegou ao Afeganistão. O Afeganistão está em guerra por mais de três décadas. E, infelizmente, a guerra ainda não acabou."
Segundo Nemat, em 2001, diante das dificuldades que o Afeganistão enfrentava, muitos não se opuseram à chegada das tropas estrangeiras, ao contrário do que ocorreu em intervenções anteriores no país.

"Quando a intervenção começou, não foi na forma de ocupação, não havia indicação de que os militares ficariam para sempre. A ideia era de que eles viriam para cumprir um objetivo de curto prazo e, após cumprida essa missão, deveriam deixar o país", afirma.

No entanto, uma década depois, Nemat diz que muitos afegãos estão cansados, sentimento agravado pelas mortes de civis, erros de inteligência e apoio da comunidade internacional a quem ela define como "figuras corruptas".

"Tudo isso indica que o Afeganistão precisa começar a andar com as próprias pernas", afirma. "O Afeganistão é finalmente um Estado soberano, tem seu próprio povo, e esse povo deve começar a defender o país."
Segurança
A ativista reconhece que a tarefa é difícil e que há questionamentos sobre aspectos como a capacidade das forças de segurança afegãs de assumir a responsabilidade uma vez que as tropas internacionais deixem o país por completo.

Observa também que, mesmo com a presença internacional, o país enfrenta problemas de segurança, entre eles a violência na fronteira com o Paquistão.

"É bom lembrar que este não é um conflito interno, de afegãos contra afegãos, é um conflito com forte influência de forças externas", diz.

Apesar das dificuldades, Nemat diz acreditar que as forças afegãs poderão cumprir a tarefa.

Mulheres
É nessas negociações que reside uma de suas maiores preocupações: que os direitos conquistados pelas mulheres nos últimos anos não sejam garantidos nas conversas de paz em andamento, e que elas "voltem a ser vítimas de algum acordo de curto prazo".

Nemat conhece de perto as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na sociedade afegã. Aos dez anos de idade, ela teve de atravessar a fronteira com o Paquistão com a família para fugir das forças soviéticas.

Quando voltou à capital afegã, Cabul, em 1998, dez anos depois de ter partido, diz ter encontrado mulheres "desesperadas por educação", o que a levou a iniciar sua rede clandestina de alfabetização.

Hoje, os 2,7 milhões de meninas matriculadas em escolas afegãs são um atestado dos avanços obtidos nos direitos das mulheres desde a intervenção americana, mas mesmo antes da retirada completa Nemat afirma já perceber alguns retrocessos.

Em um relatório publicado nesta semana pela organização não-governamental Oxfam, do qual é co-autora, ela afirma que o número de mulheres no serviço civil caiu de 31% em 2006 para 18,5% no ano passado.

Ela diz ainda que o número de mulheres com cargo de ministra no governo caiu de três, em 2004, para apenas uma, e que a lei de eliminação da violência contra a mulher é aplicada em apenas dez das 34 províncias do país.

Dia das Crianças: imposto de brinquedos passa de 70% do valor


Os videogames são, entre os presentes típicos do Dia das Crianças, aqueles que mais sofrem com o peso dos impostos. Segundo levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), 72,18% do valor total de um Playstation da Sony, por exemplo, equivale a imposto.
O estudo do IBPT mostra que o pai que optar por comprar um iPod, da Apple, ou um aparelho de MP3 para o filho vai pagar 49,45% do valor do produto em tributos.
Os impostos são altos também no caso de outros equipamentos eletrônicos, como aparelhos de DVD (50,39% do preço), televisores (44,94%) e telefone celular (39,80%).
Entre os tributos cobrados nesse tipo de produto estão, por exemplo, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). "Os tributos se acumulam ao longo da produção", afirma o economista e especialista do Instituto Millenium, Cristiano Costa.
"Apesar disso, o que se percebe é uma certa disposição do consumidor brasileiro em pagar mais caro por alguns produtos que, fora do Brasil, são vendidos a um preço bem mais baixo", diz Costa.
Mesmo quem optar por presentes mais baratos, no entanto, vai sentir o forte impacto dos tributos no bolso. Segundo o estudo do IBPT, os impostos incidentes sobre uma bola de futebol equivalem a 46,49% do valor total do produto; sobre brinquedos como carrinhos e bonecas, o impacto é de 39,70%.

Senador sugere ‘chicote’ contra vagabundo na cadeia


Waldemir Barreto/Ag.Senado
O senador Reditário Cassol (PP-RO) sugeriu, da tribuna do Senado, a adoção de castigo físico nas prisões brasileiras.
Disse que os senadores precisam “botar a mão na consciência”, para alterar o Código Penal e “fazer voltar um pouco do velho tempo”.
Para Reditário, as cadeias estão super-lotadas porque os legisladores criam “vantagens” que estimulam a reincidência no crime.
Entre os benefícios, citou o auxílio-reclusão pago pelo governo às famílias dos detentos. Coisa de R$ 863,60 mensais.
Defendeu a extinção do benefício. Acha que os presos devem trabalhar na cadeia para prover o sustento de seus familiares.
O pronunciamento de Reditário caminhava pela trilha da normalidade. É grande o número de brasileiros que se opõem ao auxílio-reclusão.
O discurso desandou no instante em que o senador sugeriu a “volta aos velhos tempos”.
Declarou que, “quando o preso não trabalhasse de acordo”, deveria ser tratado à base de “chicote, que nem antigamente.”
“É isso que precisamos fazer, porque é uma vergonha nacional. O que se vê são famílias preocupadas com os assaltantes, famílias preocupadas com os malandros”.
Reditário prosseguiu: “Nos velhos tempos não existia presídio, eram cadeias que viviam praticamente vazias...”
“...O preso, quando se despedia, […] nunca mais se enxergava ele. Hoje, quando libertado, sai dando risada, rindo das autoridades…”
“…Em poucas semanas, em poucos meses está de volta. E nós, aqui, não pensamos em fazer alguma coisa.”
Reditário anunciou que apresentará projeto de lei sugerindo o fim da ‘bolsa reclusão’.
Considera “absurdo” que trabalhadores recebam o salário mínimo de R$ 545, enquanto “o vagabundo, sem-vergonha, que está preso, recebe uma bolsa de R$ 863,60”.
Ouviu-se um único e solitário aparte. Proferiu-o o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Velho defensor dos direitos humanos, ele ponderou:
“Posso compreender sua indignação, mas, de maneira alguma, aprovaria a utilização do chicote, porque seria uma volta à Idade Média.”
Suplicy serviu-se do aparte para empinar, pela enésima vez, o seu projeto preferido: a criação da ‘Renda Básica de Cidadania’, que seria extensiva aos presos.
Presidente do PPS, o deputado Roberto Freire (SP) comentou o discurso no twitter:
“Absurda a ideia do senador Reditário Cassol de chicotear presos nas cadeias. Mentalidade retrógrada, merece ser repudiada pela consciência democrática do país.”
Freire recordou que o trabalho de presidiários, sugerido por Reditário como novidade, é coisa que a legislação brasileira já prevê.
Ironicamente, Reditário é suplente do pai dele, o senador licenciado Ivo Cassol (PP-RO), um ex-filiado do PPS de Freire.

JAC Motors anuncia fábrica na Bahia


O empresário Sergio Habib, presidente da chinesa JAC Motors no Brasil, anuncia nesta sexta-feira (7) planos para construir uma fábrica na Bahia. Segundo ele, o empreendimento custa R$ 900 milhões, terá 80% de capital brasileiro e capacidade para produzir 100 mil carros por mês.
Veja a galeria de fotos da entrevista
Leia a transcrição da entrevista de Sergio Habib à Folha e ao UOL
Habib declarou, em entrevista ao UOL e à Folha, que o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre carros importados pode dificultar o negócio. Mas disse que o governo aceita flexibilizar a medida.
"Se o governo não fizer mudança [no imposto sobre carros importados], nós não podemos fazer a fábrica. Mas eu te digo. Eu estive lá. Eu estive em Brasília. O governo está disposto a estudar mudanças para permitir a implementação de novos investimentos", afirmou.

Sergio Habib, presidente da JAC Motors no Brasil, no escritório central da empresa, na zona sul de São Paulo
Sergio Habib, presidente da JAC Motors no Brasil, no escritório central da empresa, na zona sul de São Paulo
O empresário falou sobre o assunto no programa "Poder e Política - Entrevista", conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues. O projeto é uma parceria do UOL e daFolha.
Na entrevista, Habib afirmou que gosta "muito" do ex-presidente Lula e que, em 2010, votou em Dilma Rousseff (PT) para presidente da República e em Geraldo Alckmin (PSDB) para governador de São Paulo. Recém filiado ao PMDB, o empresário disse que em 2012 fará campanha para eleger Gabriel Chalita (PMDB) prefeito da capital paulista.

Chineses se antecipam à Apple e já vendem "iPhone 5"


Embora o iPhone 5 ainda seja uma quimera - nesta semana a Apple apresentou o iPhone 4S -, supostos smartphones de última geração já são vendidos em lojas on-line da China por até 800 euros.
Buscando o termo "iPhone 5" no Taobao.com, o site de leilões e vendas pela internet mais popular da China, aparecem centenas de supostos aparelhos deste modelo, por preços que oscilam entre 400 e 800 euros.
Também em lojas reais podem ser encontrados supostos "iPhone 5", o que levou a polícia da cidade de Fuzhou, no leste do país, a apreender 61 aparelhos deste tipo em um estabelecimento comercial, segundo informou a agência oficial "Xinhua".
Os smartphones de última geração apresentavam novidades como a possibilidade de usar dois cartões ao mesmo tempo e navegação GPS, e eram vendidos a um preço muito menor que nas lojas on-line: apenas 30 euros (US$ 45).
O vendedor do estabelecimento onde foram confiscados os "iPhone 5" assegurou que os aparelhos procediam de Shenzhen, cidade onde estão as fábricas de montagem de vários produtos da Apple (fabricados por sua sócia taiwanesa Foxconn).
As criações da Apple são muito populares na China, onde nesta quinta-feira centenas de pessoas deixaram flores em lojas da companhia como forma de homenagear Steve Jobs

Dilma visita Turquia com relações em alta entre os países

A presidente Dilma Rousseff começa nesta sexta-feira (7) uma visita oficial à Turquia, país que vem se aproximando do Brasil tanto nas relações políticas como econômicas ao longo do último ano.

Brasil e Turquia ajudaram a costurar um acordo com o Irã no ano passado sobre o programa nuclear de Teerã. Além disso, as relações comerciais entre Brasil e Turquia deram um salto de mais de 60% em 2010.

Segundo o Itamaraty, a crescente influência regional da Turquia – cujo governo tem conquistado popularidade na região graças a seu apoio oficial à vários movimentos da Primavera Árabe–- tem feito com que o país se torne um aliado estratégico do Brasil no Oriente Médio, tanto em termos políticos como comerciais.

Durante a passagem de Dilma pelo país, serão firmados acordos de cooperação em diversas áreas. Ela também se reunirá com as principais autoridades políticas turcas.

Salto comercial
Dilma desembarcou na quinta-feira à noite em Ancara, depois da viagem à Gabrovo, no interior da Bulgária, onde visitou a terra natal de sua família.

A exemplo do que ocorrera na Bulgária, a agenda da presidente mistura compromissos cerimoniais, políticos e econômicos. Na manhã desta sexta-feira, ela depositou uma coroa de flores no Memorial Atatürk, e em seguida participaria do encerramento de um fórum empresarial com executivos brasileiros e locais para incentivar as relações comerciais entre os dois países.

O comércio entre Brasil e Turquia triplicou ao longo da última década, com um grande salto em 2010. Naquele ano, o valor das transações comerciais entre os países cresceu mais de 60% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 1,6 bilhão. Nos primeiros oito meses de 2011, o volume de comércio entre Brasil e Turquia já chegou perto de igualar toda a marca de 2010.

O Brasil é superavitário nas relações comerciais. As principais exportações brasileiras para a Turquia são minérios de ferro, soja, trigo, algodão e café. Em 2009, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a primeira visita oficial de um chefe de Estado do Brasil à Turquia, o governo brasileiro abriu um escritório da Agência Brasileira de Promoções a Exportações e Importações (Apex) em Istambul.

Depois de participar do encerramento do fórum empresarial, Dilma se concentrará na agenda política, com um encontro fechado com o presidente Abdullah Gül e um ato oficial de assinatura de tratados de cooperação.

O principal compromisso, no entanto, está reservado para a manhã de sábado, quando ela se reunirá com o premiê turco, Racip Tayyip Erdogan, em Istambul. O encontro será a portas fechadas e não está previsto nenhum pronunciamento após a reunião.

Dilma passará o restante do fim de semana de folga em Istambul, fazendo turismo, e deverá voltar para Brasília no domingo.

Os jornais turcos deram pouco destaque à visita de Dilma. Em uma nota curta, o Hurriyet afirma que ela é a segunda presidente brasileira a visitar a Turquia nos últimos dois anos. Com reportagem intitulada "Ex-líder guerrilheira visita Ancara", o Taraf destacou que o fato de Dilma viajar ao país no seu primeiro ano de mandato é uma demonstração da importância da relação bilateral entre os dois países.

Brasil e Turquia
O Itamaraty afirma que "Brasil e Turquia convergem quanto à defesa do multilateralismo, à busca de soluções diplomáticas para tensões internacionais".

As relações diplomáticas entre os dois países ganharam destaque internacional no ano passado, quando os dois países participaram ativamente de uma negociação para que o Irã aceitasse enriquecer urânio do seu programa nuclear no exterior. Diversos países e órgãos internacionais pressionam para que o Irã abandone o seu programa, mas o país justifica que está apenas desenvolvendo todo o ciclo da energia nuclear para fins pacíficos.

Recentemente a Turquia vem se destacando como uma liderança no Oriente Médio. Depois do episódio em maio de 2010, em que Israel invadiu barcos de uma missão humanitária com participação turca a caminho da Faixa de Gaza, o governo de Ancara assumiu uma retórica dura contra Israel, o que aumentou a popularidade de Erdogan no Oriente Médio.

O premiê também conquistou elogios na região durante a Primavera Árabe deste ano pelas críticas ao regime da Síria, cuja repressão está levando milhares de pessoas a se refugiarem na fronteira dos dois países. O premiê Recep Tayyip Erdogan foi o primeiro líder regional a visitar a Líbia após a queda do regime de Muamar Khadafi.

Para os professores de relações internacionais Paulo Visentini e Marco Cepik, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a posição singular da Turquia e crescente influência regional - o país tem cacife tanto no Oriente Médio como entre governos ocidentais - é uma vantagem a ser explorada pelos diplomatas brasileiros.

"Para o Brasil, trata-se de uma boa oportunidade de explorar economicamente a posição geopolítica que a Turquia detém junto à Europa, à Rússia, ao Oriente Médio e à Ásia Central", escrevem os pesquisadores em um artigo produzido em junho para a Apex.

"A reviravolta política [no mundo árabe] confirmou a Turquia como um oásis de estabilidade doméstica, como se percebe no resultado das eleições de junho. Tendo população, economia e capacidades militares condizentes com o posto de potência regional, a Turquia vem cada vez mais sendo vista pelos Estados Unidos como um aliado inestimável na sua política para o Oriente Médio."
"A Turquia, que continua a receber um tratamento privilegiado pelas potências do hemisfério Norte sem isolar-se dos vizinhos, revela uma via de centro que pode aproximar o Brasil da região como um todo."