Notícia de que estojos de munição no local foram comprados pela corporação reforça tese de que agentes públicos estão envolvidos no assassinato
Foto: Reprodução Facebook
Patrícia Acioli tinha 47 anos e foi morta quando chegava em sua casa, em Niterói
“Se isso for comprovado, reforça a hipótese de participação de PMs, ainda que não necessariamente na execução diretamente, ao menos em alguma fase na preparação do crime. Essa notícia nos dá certeza dessa participação”, disse Mário Sérgio, após a abertura da 11ª Interseg (Feira Internacional de Tecnologia, Serviços, e Produtos para Segurança Pública).
O jornal "O Dia" noticiou na edição desta segunda-feira que as munições usadas para matar Patrícia Acioli são de um lote distribuído para três batalhões da PM do “interior” do Estado do Rio, entre os quais o 7º BPM (São Gonçalo), município onde ela atuava e onde trabalhavam policiais julgados pela juíza.
No local do crime foram encontradas cápsulas de dois calibres: ponto 40 (de uso restrito da polícia) e ponto 45 (uso restrito das Forças Armadas). Mário Sérgio não confirmou o fato, mas afirmou que será apurado.
“Temos de trabalhar com essa informação com a máxima prioridade possível, não vamos descartá-la”, afirmou. Embora grave, a notícia não surpreendeu o comandante-geral da corporação. “Já trabalhávamos desde o início com a hipótese de participação de PMs no crime”, disse.
Mário Sérgio afirmou ter determinado a recontagem geral de armas, munições e equipamentos bélicos de todas as unidades da PM, para aumentar o controle e evitar situações desse gênero. O comandante-geral da PM informou ter recebido do Tribunal de Justiça do Rio uma lista com “dezenas de nomes” de policiais militares do 7º BPM (São Gonçalo) que respondem a processos criminais. A partir do pedido do TJ, ele prometeu transferir os integrantes da corporação de unidade, levando em consideração a gravidade dos atos.
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