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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cidade do interior de SP quer proibir "kit gay" do MEC; votação da lei acontece nesta quinta


Os vereadores de São José dos Campos devem votar, na noite desta quinta-feira (11), um PL (projeto de lei) para proibir a divulgação do ‘kit gay’ do MEC (Ministério da Educação). Esta é a terceira vez que o PL entra na pauta da Câmara dos Vereadores da cidade, que fica a 97 km de São Paulo.
A proposta, apresentada pelo vereador Cristovão Gonçalves (PMDB), tem causado protestos entre representantes do Fórum Paulista GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais) e líderes religiosos.
O autor do projeto se antecipou à avaliação do MEC (Ministério da Educação), que ainda analisa o conteúdo do material, e afirma que o ‘kit gay’ não é educativo e induz jovens a se tornarem homossexuais. O UOL Notícias entrou em contato com o vereador, mas não obteve retorno.
Após fazer uma consulta jurídica, Gonçalves disse que se a lei for aprovada, ela será válida para todas as escolas municipais, estaduais e particulares de São José dos Campos. As instituições que descumprirem a medida poderão receber multa de R$ 1.000, segundo a proposta.

"Absurdo"

Integrantes do Fórum Paulista GLBT, que já protestaram nas primeiras sessões da apresentação do projeto, repudiam a proposta. “É um absurdo a iniciativa deste vereador. Ele está indo contra todo um trabalho que visa a acabar com o preconceito. Vamos combater a homofobia em todas as esferas”, disse um dos representantes do Fórum, Luiz André Moresi.
Para o coordenador da Campanha da Fraternidade da Igreja Católica, José Luis Nunes, favorável ao projeto, o MEC deveria se preocupar com outras demandas na educação. “Temos muitas outras coisas para fazer pela educação. O MEC não deve impor esse tipo de situação às pessoas. O assunto não foi resolvido nem internamente [no MEC]. Esse material, pela minha avaliação, é totalmente prejudicial e inoportuno para a sociedade”, disse.

Entenda a polêmica

kit Escola sem Homofobia, também chamado de kit gay ou kit anti-homofobia, foi suspenso pelo governo após pressão de grupos religiosos na Câmara dos Deputados. As frentes evangélica e católica haviam prometido convocar o ministro Antonio Palocci a explicar a multiplicação de seu patrimônio e abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o MEC. Já o governo nega que a decisão tenha sido política. A presidente Dilma Rousseff declarou que não aceitaria "propaganda de opções sexuais" e que assistiu aos vídeos e não gostou do material. Segundo Haddad, ela teria considerado "inadequada" uma frase de um dos vídeos do kit que haviam vazado na internet.
kit é composto de três tipos de materiais: o caderno do educador, seis boletins para os estudantes e cinco vídeos, dos quais três já estão em circulação na internet. Os boletins deveriam trazer orientações sobre como lidar com colegas LGBT abordando assuntos relacionados a sexualidade, diversidade sexual e homofobia. O material seria destinado a alunos do ensino médio, ou seja, com idade mínima de 14 anos.
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi o mais barulhento oponente do projeto e acusou o ministério de "incentivar a homossexualidade". Ele chegou a mandar imprimir 50 mil cópias de um panfleto contra o plano nacional que defende os direitos dos gays.
Já o professor português António Nóvoa acha que o melhor local para discussão do tema não é a sala de aula.  “Trata-se de um diálogo educativo que vai muito além desta”, afirma. “Mas como a comunidade não tem condições ainda de arcar com essa responsabilidade, a solução é deixar a escola assumir parte do trabalho”.

Fígado é resgatado de avião em chamas e transplantado em paciente

Cessna caiu em novembro de 2010 no aeroporto de Birmingham, na Inglaterra
Cessna caiu em novembro de 2010 no aeroporto de Birmingham, na Inglaterra

Um relatório divulgado nesta quinta-feira (11), no Reino Unido, revela como um fígado foi resgatado dos destroços de um avião em chamas. O órgão estava sendo levado para um hospital onde seria transplantado em um paciente.
Na tarde do dia 19 de novembro do ano passado, um avião Cessna bateu em uma antena, quando se preparava para pousar no aeroporto de Birmingham, na Inglaterra.  
A aeronave caiu na grama, perto da pista, e começou a pegar fogo. O piloto, de 58 anos, ficou preso no assento do avião.
A neblina, no dia, era tão intensa que as equipes de resgate tiveram dificuldade até em localizar o local do acidente.
O primeiro veículo de resgate chegou ao local três minutos após a queda do avião e, rapidamente, conseguiu apagar o incêndio. O piloto foi resgatado e o fígado recuperado a tempo de ser levado a um hospital local, onde foi transplantado com sucesso em um paciente. 
O caso era tão grave que o paciente sobreviveria por apenas mais alguns dias caso não fosse transplantado com um novo fígado. 
Segundo o cirurgião Simon Bramhall, foi impressionante descobrir que o fígado chegou em perfeitas condições mesmo depois de um acidente.
O Cessna havia saído de Belfast, na Irlanda do Norte, onde foi coletar o órgão, com duas pessoas a bordo. De acordo com testemunhas, as condições climáticas no momento do pouso, em Birmingham, eram péssimas por causa da neblina. 
Após a queda, o copiloto conseguiu sair rapidamente da aeronave. O piloto, no entanto, ficou com o pé direito preso no cockpit. Ele conseguiu usar um extintor de incêndio para apagar o fogo que começou na cabine e usou uma máscara de oxigênio para continuar respirando. 

Greve de jogadores adia início do Campeonato Espanhol


MADRI (Reuters) - Jogadores da primeira e da segunda divisões da Espanha farão greve nos dois primeiros finais de semana da temporada 2011/2012, adiando o início dos campeonatos, informou o sindicato dos jogadores (AFE) nesta quinta-feira.
"Estamos unânimes e firmes em nossa decisão de fazer greve", disse o presidente da AFE, Luis Rubiales, em entrevista coletiva. "A liga não vai começar até que um novo acordo (entre a liga e os jogadores) seja assinado."
O ponto principal da disputa é a exigência do sindicato por um fundo de emergência maior para jogadores que estão com os salários atrasados em clubes com problemas financeiros.
As duas principais divisões do Campeonato Espanhol têm início marcado para o fim de semana de 20 e 21 de agosto.
O sindicato recebeu o apoio de mais de 100 jogadores de ponta do futebol em um hotel de Madri onde foi realizada a entrevista coletiva.
Os jogadores da seleção espanhola Iker Casillas e Carles Puyol estiveram entre os grandes nomes presentes ao evento, que também contou com representantes da França, Alemanha e Itália.
Rubiales disse que o sindicato está negociando com a liga espanhola uma série de medidas de proteção aos jogadores que já são adotadas em outros países da Europa, mas que os atletas não têm direito na Espanha.
"Isso é lamentável. Do jeito que está nós somos os piores da Europa", disse Rubiales. "Não queremos mais dinheiro, queremos apenas que os clubes honrem os contratos que assinaram com os jogadores."

Polícia apreende 30 quilos de maconha em bagageiro de ônibus


Droga estava escondida em caixa acompanhada de cinco notas fiscais

Aproximadamente 30 quilos de maconha em tabletes foram apreendidos na madrugada desta quinta-feira (11) pela Polícia Rodoviária Federal na Rodovia Presidente Dutra, na altura do município de Seropédica, na Baixada Fluminense. A droga estava no bagageiro de um ônibus que havia saído de São Paulo e seguia para Vitória, no Espírito Santo.
Durante a inspeção, os policiais desconfiaram de uma caixa acompanhada de cinco notas fiscais de três empresas de São Paulo e uma do Paraná. Os documentos descreviam o conteúdo da caixa como sendo baterias, pilhas, peças de vestuários e óculos de sol.
Como o peso do volume era incompatível com as descrições das notas, os policiais abriram a caixa. Os policiais questionaram a propriedade da encomenda aos passageiros, mas nenhum deles assumiu a responsabilidade. O motorista do ônibus relatou que o embarque de encomendas na rodoviária é realizado por funcionários do próprio terminal.
A droga foi apreendida e levada para o registro da ocorrência na 48ª DP (Seropédica), que vai investigar o caso. O ônibus foi liberado e seguiu viagem. Os nomes das empresas que constavam nas notas fiscais não foram divulgados pela Polícia Rodoviária Federal.

Menina de 11 anos, designer, estudantes e professor são indiciados no Reino Unido


Perfil de acusados indica que responsáveis por saques e depredação na Inglaterra não são apenas jovens desempregados de baixa renda

                                      Os fotografados são suspeitos de saque nas regiões onde houve distúrbios





Uma menina de 11 anos está entre as centenas de indiciados pelos distúrbios que atingiram a Inglaterra nos últimos dias. A menina - cujo nome não foi divulgado - foi acusada de depredação e tentativa de depredação na cidade de Nottingham, norte da Inglaterra. Ela se junta a um menino também de 11 anos, acusado de roubar um cesto de lixo em uma loja saqueada no bairro de Romford, em Londres, na lista de 500 indiciados e 1,4 mil presos pelo quebra-quebra que se espalhou pela Inglaterra.












A idade dos dois chocou o Reino Unido, e, à medida que os perfis dos responsáveis pelos ataques começa a surgir, outros fatores começam a surpreender o país. O comparecimento dos suspeitos a tribunais vem mostrando que os responsáveis pelos saques e pela depredação não foram somente adolescentes desempregados de baixa renda sem valores e sem perspectivas de futuro, como muitos se apressaram a classificar.
Um dos envolvidos nos distúrbios a ser acusado formalmente, por exemplo, foi o professor-assistente de primário Alexis Bailey, de 31 anos, preso em uma loja saqueada de Croydon, no sul de Londres, na noite da segunda-feira.
Segundo o especialista em assuntos legais da BBC Clive Coleman, a maioria dos indiciados pelos tribunais britânicos com acusações relacionadas aos distúrbios é de homens na faixa de 20 poucos anos.
Mas é nas profissões ou ocupações de alguns dos envolvidos que está a surpresa: "Entre os acusados na terça-feira havia um designer gráfico, estudantes universitários e de pós-graduação e um homem que havia recém se alistado no Exército", diz Coleman.
Segundo ele, muitos dos indiciados alegaram nos tribunais que são pessoas que levavam uma vida tranquila e têm um bom caráter, mas que simplesmente caíram na tentação de cometer um crime no calor do momento. O advogado de um dos acusados reconheceu que seu cliente cometeu um delito, mas alegou que o fato aconteceu em "um momento de loucura".
Perplexidade
Políticos e acadêmicos reagiram com perplexidade aos distúrbios dos últimos dias. Uma cidade aparentemente tranquila e relativamente segura se incendiou de repente sem que estivesse claro quem estava por trás disso e muito menos por que razão faziam aquilo.
Mais de 1,4 mil pessoas já foram presas em todo o país nos últimos dias, com mais de 500 indiciamentos. Os acusados estão sujeitos a penas de prisão de até seis meses.
Sem controle
Para John Pitts, professor de direito da Universidade de Bedfordshire, um dos elementos que ajudaram a disseminar os saques foi que muita gente "percebeu que podia fazer isso sem controle". "Quando viram na TV ou seus amigos contaram que isso estava acontecendo, a coisa saiu do controle. Achavam que podiam fazer o que quisessem sem que ninguém fizesse nada para evitar", afirmou Pitts à BBC.
Uma jovem de Brixton, no sul de Londres, que falou à BBC confirmou essa visão: "Quando as pessoas viram o que tinha acontecido em Tottenham, viram os roubos nas lojas, todo mundo se excitou e pensou: 'Uau! Coisas grátis!' E pensaram que também podiam fazer a mesma coisa."
A sensação de impunidade foi tanta que em algumas lojas era possível ver os saqueadores provando as roupas antes de levá-las.
Gangues
Um elemento que não se pode menosprezar para tentar entender a situação é que os piores enfrentamentos ocorreram nos bairros mais pobres da capital, onde o desemprego juvenil é maior. Como observa Pitts, os bairros com os piores distúrbios, como Tottenham e Hackney, no norte de Londres, e Croydon, ao sul, são locais onde a polícia detecta a presença de gangues. Ele observa também que muitos desses bairros têm "um histórico de confrontação com a polícia".
O escritor e jornalista comunitário Darcus Howe, nativo de Trinidad e Tobago e que mora em Londres há décadas, disse à BBC que não estava surpreso com a violência dos últimos dias. "Escutando meu neto e meu filho, sabia que algo muito grave ocorreria neste país", afirmou Howe, que disse não considerar a violência como um distúrbio, mas como "uma insurreição".
Apesar da posição de Howe, a grande maioria dos analistas e os próprios jovens que deram declarações à mídia nos últimos dias diz que não há um movimento político por trás da violência.

STF decide que aprovados em concursos públicos têm direito à nomeação


RIO - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, após julgar um recurso extraordinário, nesta quarta-feira, que os aprovados em concursos públicos têm direito à nomeação dentro do número de vagas disponíveis. A decisão saiu após o estado do Mato Grosso do Sul questionar a obrigatoriedade de nomear os aprovados para o cargo de agente auxiliar de perícia da Polícia Civil.
"Entendo que o dever de boa-fé da administração pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas no concurso público", disse o ministro Gilmar Mendes, relator do processo.
Segundo ele, quando a administração torna público um edital de concurso convocando todos os cidadãos a participarem da seleção para o preenchimento de determinadas vagas no serviço público, "ela, impreterivelmente, gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo as regras previstas nesse edital".
"Aqueles cidadãos que decidem se inscrever e participar do certame público depositam sua confiança no Estado-administrador, que deve atuar de forma responsável quanto às normas do edital e observar o princípio da segurança jurídica como guia de comportamento", afirmou.
Segundo o ministro, a administração poderá escolher, dentro do prazo de validade do concurso, o momento em que os candidatos serão nomeados, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, "a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder público".
De acordo com Gilmar Mendes, as condições para a nomeação dos candidatos são: previsão em edital de número específico de vagas a serem preenchidas pelos candidatos aprovados no concurso; realização do concurso conforme as regras do edital; homologação do concurso; e proclamação dos aprovados dentro do número de vagas previstos no edital na ordem de classificação.
A decisão só não se aplica, segundo o relator, em "situações excepcionalíssimas", que justifiquem soluções diferentes. Esses fatos, porém, devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital do concurso público; determinados por circunstâncias extraordinárias à época da publicação do edital; extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; crises econômicas de grandes proporções; guerras; fenômenos naturais que causem calamidade pública ou comoção interna. A administração pública, no entanto, só pode adotar tal medida quando não existirem outros meios para lidar com a situação excepcional.


Forças sírias atacam cidade perto de fronteira com Turquia


AMÃ (Reuters) - Veículos blindados sírios atacaram uma cidade estratégica na principal rodovia no norte do país nesta quinta-feira, disseram um morador e ativistas locais, no terceiro dia de uma operação militar em uma província na fronteira com a Turquia para reprimir revoltas pró-democracia.
"Cerca de 14 tanques e veículos blindados entraram em Saraqeb nesta manhã, acompanhados por 50 ônibus, pick-ups e carros de segurança. Eles começaram a atirar aleatoriamente e a atacar casas", disse um morador que fugiu de Saraqeb, 50 quilômetros a sudeste da província turca de Iskenderun.

Mostrando Petrópolis


PETRÓPOLIS

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Até quando a sujeira política ditará regras em nossa Petrópolis? Todos devem ir para o fundo do lixo! Imundos! O fato é que não podemos mais assistir o fim de um município, uma cidade imperial, jamais sonhado assim pelos poetas do passado! DESPERTA Petrópolis.................... Faça 
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NEM CASA, NEM COMIDA.



A PREFEITURA DE PETRÓPOLIS E AS CONTRATAÇÕES IRREGULARES.



A COMPROVAÇÃO DO SUPERFATURAMENTO.


E outras importantes noticias.

Protestos em Londres servem de aviso para Rio 2016, diz especialista

Grupamento da tropa de choque da polícia britânica marcha em frente à prédio incendiado em rua do distrito de Croydon. Foto: Reuters
Comitê organizador dos Jogos de 2012 tenta minimizar efeitos de protestos em Londres

A onda de violência que tomou conta de Londres e se espalhou por outras cidades inglesas deixou a organização dos Jogos Olímpicos de 2012 apreensiva. Apesar de negar que os protestos irão prejudicar o maior evento do esporte mundial, o Comitê Olímpico Britânico (BOA, na sigla em inglês) ligou o sinal de alerta. E, segundo especialistas ouvidos pela reportagem do Terra, os problemas ocorridos desde o último fim de semana em terras britânicas servem como um aviso para o Brasil, que sediará a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.
"(A onda de distúrbios na Inglaterra) É um bom aviso para o Brasil, tanto para a Copa de 2014 quanto para os Jogos de 2016. Mostra que é importante ter um plano social e também focado nos esportes para conter a violência", afirma Mauricio Murad, professor titular do mestrado de Sociologia dos Esportes da Universidade Salgado de Oliveira (Universo).
Até o momento, o Comitê Olímpico Britânico mantém a posição de que os distúrbios apenas reforçam a importância da realização dos Jogos em Londres, destacando que o evento não sofrerá nenhum prejuízo. Entretanto reflexos da violência já são sentidos - o amistoso entre Inglaterra e Holanda, que seria realizado nesta quarta-feira, foi cancelado em virtude da onda de saques e vandalismos que teve início no bairro de Tottenham.
Murad, doutor em sociologia do esporte, acredita que, caso o Brasil apresente eventuais problemas de violência a um ano dos Jogos de 2016, o País será submetido a uma pressão externa maior do que a sofrida atualmente pela Inglaterra. Segundo o professor, esta situação seria gerada pela desorganização dos responsáveis pela Olimpíada do Rio de Janeiro.
"Haveria uma pressão maior sobre o Brasil, devido ao planejamento em relação a esse megaevento ser feito sem transparência e sem cumprimento de regras e de prazos. Acredito que não haveria preconceito dos estrangeiros com o Brasil, mas sim a confirmação de um conceito que eles já têm: o de que o Brasil não cumpre prazos, não cumpre o prometido. Seria o reforço da ideia de que o planejamento brasileiro é precário", afirma.
Confiança estrangeira no Brasil
Giorgio Romano Schutte, professor adjunto de relações internacionais da Universidade Federal do ABC, discorda de Murad. Para ele, o Brasil não sofreria uma pressão maior de países estrangeiros justamente por já apresentar problemas de violência quando foi escolhido para sediar a Copa de 2014 e os Jogos de 2016.
"Os tipos de violência em Londres e no Brasil são totalmente diferentes. O que tem no Brasil é uma violência organizada, do narcotráfico. Quando o Brasil foi escolhido para sediar a Olimpíada, o Rio de Janeiro ainda nem havia passado por esse avanço nas comunidades, com as pessoas acreditando nas autoridades. Isso é fundamental, é uma mudança muito grande. O mundo já conhecia a história de violência no Brasil quando elegeu o País para sediar a Olimpíada. E acho que, hoje, os estrangeiros acreditam mais no Brasil do que os próprios brasileiros", argumenta Giorgio Romano Schutte.
Os dois especialistas, porém, concordam em um ponto: a recente onda de violência reforçará ainda mais o esquema de segurança dos Jogos de 2012, em Londres.
"Esses movimentos não são novos, existem vários pela Europa, mas geralmente ocorre uma explosão de violência muito rápida. Esses protestos vão dar um alerta para o governo inglês, inclusive sobre a credibilidade do país", explica Romano Schutte, corroborado por Murad.
"Tenho a impressão de que os ingleses, que têm grande experiência em distúrbios de violência, vão aproveitar para ajustar mais ainda seus planos de contenção, o que vai acabar ajudando nos Jogos de 2012", diz Murad.

Após um ano, seleção de Mano Menezes ainda busca uma cara


Um ano se passou desde a estreia de Mano Menezes na seleção brasileira. Mas se aquela vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos deixou no ar a impressão de que a nova geração estava pronta para brilhar, o tempo se encarregou de mostrar que a renovação da equipe que vai buscar o hexa na Copa de 2014 ainda está num estágio muito abaixo do esperado pela torcida. Em 13 jogos, o Brasil de Mano venceu menos da metade: apenas seis, nenhum contra adversários do primeiro escalão do futebol mundial. E para piorar o treinador termina sua primeira temporada sem ter encontrado uma base para a equipe.
Após a derrota para a Alemanha por 3 a 2 , nesta quarta-feira, Mano admitiu que a seleção brasileira tem problemas em todos os setores da equipe.
- Temos que alterar algumas coisas. Continuamos perdendo muitos gols. Tivemos a repetição de alguns erros defensivos. E estamos fazendo muita força para produzir uma jogada de ataque. Ainda dependemos muito de uma jogada individual. O nível de exigência tem que ser outro, tem que ser mais alto - observou Mano.
Do "goleiro ao ponta esquerda", nenhum jogador da seleção de Mano já conquistou a confiança do torcedor. Desde a falha contra a Holanda, na eliminação brasileira nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, Júlio César não voltou a ter uma atuação à altura das que vinha tendo nos meses anteriores ao Mundial da África do Sul. Na zaga, o capitão Lúcio, que agora joga ao lado de Thiago Silva, também já não demonstra a mesma segurança de antes. E a lateral esquerda está definitivamente sem dono: André Santos, o atual titular, já não vinha agradando e piorou sua situação com a falha no terceiro gol da Alemanha.
No meio-campo, os volantes se sucedem. Numa lista que conta, entre outros, com Hernanes - que nunca mais foi chamado depois da expulsão no amistoso contra a França -, Ramires, Lucas Leiva, Sandro e Ralf - o mais novo a ser testado -, nenhum deles conseguiu aliar com competência segurança defensiva e fluidez na saída de bola.
No ataque, nem Ganso e Neymar se salvam
E quando o assunto é ataque, nem mesmo os badalados Neymar e Ganso se salvam. O camisa 10 do Santos fracassou na Copa América e começou o amistoso contra a Alemanha no banco. Entrou no segundo tempo e só foi notado ao receber um cartão amarelo por um carrinho típico de volante. Neymar, ao menos, tem o mérito de repetir na seleção o ímpeto que mostra no clube. No entanto, seja por exagero nos dribles ou por falta de companhia à altura, mesmo a sensação atual do futebol brasileiro não tem feito diferença com a camisa amarela.
Um dos principais nomes da seleção de Dunga, Robinho ainda não encontrou seu lugar no time de Mano. Jogando como meia-atacante, o jogador do Milan não brilha na criação e também erra demais nas conclusões - seu primeiro gol na seleção após a chegada do novo treinador saiu apenas nesta quarta, de pênalti.
Para completar, a camisa 9 ainda busca um dono. Titular na Copa, Luís Fabiano passou por uma temporada repleta de contusões, e sequer estreou pelo São Paulo, quatro meses e duas cirurgias após sua contratação pelo tricolor paulista. Seu substituto na seleção de Mano, Alexandre Pato demonstra talento e faro de gol, mas ainda não mostrou que pode ser o homem-gol que a seleção precisa. Nesta quarta, um lance resumiu sua situação: no início do segundo tempo, Pato foi lançado livre e encobriu o goleiro Neuer com um belo toque de cobertura. Seria um golaço se a bola não tivesse saído rente à trave direita. Após o jogo, o atacante lamentou o gol perdido, e admitiu que a seleção sente a necessidade de mostrar serviço o mais rapidamente possível.
- A pressão acontece sempre, estamos aqui preparados para jogar e melhorar cada vez mais. Uma hora as vitórias vão chegar - afirmou.

EUA negam ter cedido segredos a filme sobre morte de Bin Laden


WASHINGTON (Reuters) - Os cineastas que produzem um filme sobre a ação militar norte-americana que resultou na morte de Osama bin Laden estão recebendo ajuda do Pentágono, mas não tiveram acesso a nenhuma informação sigilosa, disse o governo dos EUA na quarta-feira.
O filme, abordando um dos maiores feitos no mandato do presidente Barack Obama, deve ser lançado em outubro de 2012, menos de um mês antes de Obama disputar a reeleição.
O deputado republicano Peter King, presidente da Comissão de Segurança Doméstica da Câmara, pediu na terça-feira uma investigação sobre os contatos mantidos entre o governo e os produtores do filme, especialmente envolvendo informações que possam comprometer os métodos operacionais das forças de operações especiais.
"As alegações são ridículas", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, a jornalistas. "Não discutimos informações sigilosas. E eu esperaria que, ao enfrentarmos a continuada ameaça do terrorismo, o Comitê de Segurança Doméstica da Câmara tivesse tópicos mais importantes para discutir do que um filme."
O coronel David Lapan, porta-voz do Pentágono, disse que o Departamento de Defesa está cooperando com a cineasta Kathryn Bigelow e com o roteirista Mark Boal no desenvolvimento do filme sobre a ação que matou Bin Laden, em maio, no Paquistão.
A dupla, responsável pelo premiado filme "Guerra ao Terror", que trata da guerra do Iraque, já preparava um filme sobre Bin Laden antes da morte dele.
O Pentágono tem dois funcionários encarregados de assessorar produtores de cinema, TV, videogames e outros meios de comunicação de massa. "Somos contatados principalmente por cineastas que buscam acesso aos nossos equipamentos, nosso pessoal e nossas instalações. A assessoria técnica é uma espécie de subproduto dessa relação", disse Phil Strub, chefe dessa pequena equipe.
Comentando um artigo do jornal The New York Times que apontava o filme como uma peça auxiliar na campanha eleitoral de Obama, King disse que era preciso investigar a suspeita de que Bigelow teve "acesso de alto nível à missão mais sigilosa da história".
Lapan disse que o Pentágono está auxiliando a diretora "na pesquisa do roteiro, que é algo que habitualmente fazemos para cineastas consagrados". Ele insistiu que "não discutimos informações sigilosas" nessas colaborações.
Carney disse que as informações entregues aos realizadores "estão focadas no papel do presidente".
"Não há nada de diferente na informação que demos a ninguém que esteja trabalhando nesse tópico daquela que demos a vocês (jornalistas) nesta sala que trabalharam nisso nos dias e semanas após a própria ação", disse Carney.