A bandeira da oposição é hasteada na embaixada da Líbia, em Brasília. A troca de bandeiras foi feita na noite de domingo, após a capital Trípoli ter sido tomada pela liderança contrária ao ditador Muammar Gaddafi. A bandeira da Líbia de Gaddafi foi jogada no lixo, junto com camisetas, cartazes e fotos do ditador.
De acordo com Adel Swasy, diplomata líbio, ainda que o embaixador no Brasil, Salem Zubeidy, seja pró-Gaddafi, a bandeira rebelde foi mantida. "Isso aqui [embaixada] se chama terra líbia, não terra do embaixador", disse Swasy.
Segundo Mohamed El Zwei, líbio que mora no Brasil há 24 anos, o hasteamento da nova bandeira foi motivo de "festa e dança".
"É o motivo pelo qual estamos aqui", afirmou Zwei, que está em Brasília desde sexta-feira, quando houve manifestação de cerca de 30 líbios contra o regime de Gaddafi.
Os manifestantes, que foram convidados por diplomatas líbios para a apoiar o movimento de oposição em Brasília, estão hospedados na embaixada. Segundo eles, haverá mais comemoração quando o ditador Gaddafi for definitivamente capturado.
INSATISFAÇÃO COM O BRASIL
Os líbios contrários ao regime de Gaddafi se mostraram insatisfeitos em relação ao posicionamento brasileiro --em especial, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva-- de defesa da soberania do regime do ditador.
"Avisem o Lula para pegar suas armas e ir defender seu a amigo do peito [Gaddafi], que precisa da sua ajuda. E o embaixador da Líbia no Brasil está buscando asilo na Venezuela", ironizou o líbio Sadq Jamal.
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