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segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Terceiro colocado, Heitor Férrer contraria PDT e anuncia voto nulo em Fortaleza


APURAÇÃO

Fortaleza CE

100% DAS URNAS APURADAS
Elmano PT2ºT
25,44% 318.262 votos
Roberto Claudio PSB2ºT
23,32% 291.740 votos
Heitor Ferrer PDT
20,97% 262.365 votos

Dois dias após o PDT anunciar apoio ao candidato Roberto Cláudio (PSB) no segundo turno em Fortaleza, o deputado estadual e candidato derrotado Heitor Férrer (PDT) anunciou, nesta segunda-feira (15), que vai anular o voto no segundo turno. O candidato do PSB disputa o segundo turno contra Elmano de Freitas (PT).

Em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa, o deputado, que ficou na terceira colocação no primeiro turno, com 262 mil votos (20,9% do total válido), culpou os institutos de pesquisa --que sempre o colocaram na quarta posição, com poucas chances de chegar ao segundo turno-- por sua derrota no último dia sete de outubro. Ele também voltou a afirmar que entrou com uma ação na Justiça para ser incluso no segundo turno.

“Tenho a convicção que fui prejudicado mortalmente pelos institutos de pesquisa, que prestaram informações erradas, não sei se por má fé ou incompetência. Mas eles deram informações que mudaram o resultado das urnas. Tendo essa convicção, entramos com uma ação judicial. Por isso o nosso foco ainda é participar do segundo turno”, disse.

Sobre a "neutralidade", o deputado disse que quer se manter fiel ao discurso de oposicionista aos governos municipal e estadual que manteve durante todo o primeiro turno. “Não tenho nada contra nenhum candidato. Escolher um dos candidatos seria trair esses 262 mil eleitores. Nem voto no candidato da prefeita, nem voto no candidato do governador”, disse.

O candidato derrotado afirmou que não poderia apoiar Roberto Cláudio --como fez seu partido—porque o candidato representaria “defender uma hegemonia” de um grupo político. Ferrer lembrou que sempre fez oposição ao governador Cid Gomes –principal padrinho político de Roberto Cláudio. “Apoiar seria negar minha própria história, jamais poderia.”

Sobre apoiar Elmano de Freitas, Férrer assegurou que seria apoiar o “continuísmo” de um governo “ineficiente”. Elmano foi lançado candidato pelo PT com o apoio da prefeita Luizianne Lins (PT).

O deputado também usou o momento para avisar que pretende ir à Justiça caso seu nome seja usado no segundo turno por algum dos candidatos. “Desautorizo qualquer manifestação que use meu nome para confundir a população. Qualquer uso do meu nome é indevido”, avisou.

PC do B com Roberto Cláudio
Quem também anunciou seu posicionamento no segundo turno nesta segunda-feira foi o senador e candidato derrotado Inácio Arruda (PC do B). O partido alegou que vai apoiar a candidatura de Roberto Cláudio por conta da inclusão de propostas do PC do B no plano de governo do candidato socialista.

Apesar de ser senador, no primeiro turno Inácio Arruda teve um desempenho fraco, com apenas 22 mil votos (1,8% do total válido) dos fortalezenses.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012


NOTA DE REPÚDIO 

APOIO A DRA SAUDADE BRAGA

Venho através deste, manifestar publicamente meu repúdio contra ações de políticos inescrupulosos e criminosos responsáveis pela produção de uma falsa notícia publicada em matéria do jornal O DIA sobre uma suposta condenação da Dra. Saudade Braga, candidata a prefeitura de Nova Friburgo/RJ, por crime de responsabilidade fiscal.
A notícia é falsa e esta recheda de calúnias.

“- O próprio jornalista do Jornal O Dia, Marcos Vasconcellos entrou em contato na noite de 04 de setembro, com o Deputado Federal Glauber Braga solicitando informações sobre o processo”. Ao desmentir a nota e solicitar email com as informações, foi identificada a fonte de onde vinham as falsas noticias: arte03@groovepropaganda.com.br. É importante dizer, que a Groove Propaganda é a empresa de publicidade contratada pelo PSD, para fazer a campanha eleitoral do candidato Rogério Cabral. Inclusive o email é assinado pelo proprietário da empresa, Alexandre Meinhardt – afirma o PSB.
Por sua vez, a assessoria de Rogério Cabral (PSD) afirmou que o candidato não sabia de nada e a informação teria partido da Groove sem autorização dele. Segundo o departamento de comunicação de Saudade Braga, a assessoria do PSD justificou que a informação teria partido do Sr. Bráulio Rezende articulador de outro candidato à prefeitura, Jairo da Wermar.

Já Braulio Rezende, empresário que estaria envolvido na divulgação das informações inverídicas, também se manifestou. Ele negou ter repassado à imprensa informações sobre a condenação da ex-prefeita.

-Lamento ver meu nome citado em episódios dessa natureza. Estou completamente afastado do processo político de Nova Friburgo, não apoio candidato algum, não sou articulador da campanha de Jairo Wermelinger – disse Braulio.

No último dia 7, o jornal Nova Imprensa publicou uma pesquisa eleitoral realizada em parceria com a Virtù Consultoria registrada no TSE, onde Saudade Braga obteve 44% das intenções de voto, seguida por Rogério Cabral (PSD), com 15%, Jairo Wermelinger (PHS), com 8% e ouros dois candidatos com 1% cada: Jorge Carvalho (PTdoB) e Edil de Barros (Psol). “Alegando ser vítima de perseguição pelos “adversários políticos que não tem o apoio popular”, a assessoria protestou contra o ocorrido.”.
Diante da gravidade do episódio e visando alertar a população sobres possíveis desdobramentos desses atos espúrios, Eu, Angela Alcantara, entende que os fatos e ato criminoso tem como objetivo atingir a candidata Saudade que se encontra com 44% de intenção de votos, uma pessoa querida e respeitada pelo povo friburguense.
06/09/2012

Candidato do PSOL reexibe vídeo com beijo gay na TV em Joinville


Cena foi criticada por jornal da cidade, que tachou ato de 'asqueroso'.
Apesar de polêmica criada, Leonel Camasão diz que não tirará vídeo do ar.


beijo gay campanha camasão joinville (Foto: Reprodução)
Beijo gay em campanha de Leonel Camasão,
de Joinville, SC (Foto: Reprodução


Um video com um beijo gay utilizado na campanha do candidato Leonel Camasão, do PSOL, está causando polêmica em Joinville, no Norte de Santa Catarina. O "Jornal da Cidade" publicou um editorial tachando o beijo de "nojento" e "asqueroso".
O candidato diz que apenas decidiu reexibir o vídeo, utilizado em outra campanha do partido, em São Paulo, em 2010. E afirma que a imagem não será tirada do ar.
"Da nossa parte não tem problema nenhum manter o vídeo no ar. Porém, estamos sofrendo agressões verbais de diversas pessoas, inclusive jornalistas", diz. O vídeo, postado também na internet pela campanha do candidato, pode ser visto no site de compartilhamentos Youtube.
No "Jornal da Cidade", o editor-chefe João Francisco da Silva compara o beijo ao ato de "alguém defecar em público ou assoar o nariz à mesa". "Para mim isso é tara, psicopatia. No mínimo, falta de decoro", diz, no texto.
Após a publicação no jornal, Leonel Camasão entrou com um pedido à Promotoria de Direitos Humanos e Cidadania do Ministério Público de Santa Catarina para obter um direito de resposta. Segundo o candidato, os comentários são agressivos e vão contra a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e o partido.
Para o candidato, este tipo de manifestação deixa clara a necessidade do Congresso Nacional aprovar uma lei que criminalize a homofobia. “Não é mais aceitável que, em pleno século 21, tenhamos que assistir e ler este tipo de barbaridade”, diz.
Além das medidas judiciais, o PSOL também criou uma petição on-line em repúdio ao jornal. Segundo Camasão, "a petição on-line teve início há dois dias e já tem mais de 500 assinaturas".
Procurado, João Francisco da Silva mantém a crítica. "Isso agride a sociedade. Eu não sou homofóbico. Não tem nada a ver com homofobia, mas sim com valores morais. A população é convidada para assistir ao horário eleitoral, e não acho que o beijo contribua para ajudar a escolher o candidato."
"Sou jornalista há 43 anos e não vou negligenciar os valores em que acredito. Foi repugnante assistir", diz.
O candidato do PSOL aparece com 1% na última pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (5).

quarta-feira, 5 de setembro de 2012



Feira de caça em Abu Dhabi tem falcões e armas a venda

Evento internacional realizado nos Emirados Árabes mostra novidades do mercado para caçadores.








Expositar segura uma das armas no estande da fabricante alemã Heckler e Koch

Um falcão de caça está em exposição para venda na feira em Abu Dhabi que teve início nesta quarta-feira (5)


Capacetes com câmera são ótimos para se obter uma visão de primeira pessoa em qualquer situação: você literalmente consegue ver o que outros veem. Então que tal colocar um pequeno capacete com câmera em um falcão?
Assim, você consegue ver como é voar (não é tremido!) e como é caçar e matar (é uma bagunça).

Segundo o PetaPixel, treinadores de falcão (isso existe mesmo) em Abu Dhabi criaram este pequeno capacete com câmera, feito especificamente para falcões. Com ele, vemos como é a vida de uma das criaturas mais majestosas da natureza. Sim, majestosas, porque estes pássaros assassinos conseguem voar e planar com uma elegância e controle que eu jamais conseguirei atingir.


Visitantes olham para os falcões de caça em exibição


Visitante olha armas em exposição na feira.


Pai observa os filhos testarem armas

Visitantes passam entre os falcões de caça expostos na feira.



Visitantes olham armas em exposição em um estande dos estandes da feira





Máscaras são exibidas em manequins durante a feira.






segunda-feira, 3 de setembro de 2012



ELEIÇÃO, TEMPO DE ACORDAR


O presidente do Conselho de Cultura, Leonardo Randolfo, esta de parabéns pelo debate que aconteceu neste domingo, dia 2 de setembro de 2012, entre os cinco candidatos à prefeitura de Petrópolis.
De acordo com o sorteio feito em reunião no Conselho Municipal de Cultura, a ordem dos candidatos foi a seguinte; Bernardo Rossi (PMDB), Paulo Mustrangi (PT), Alex Dias (PSOL), Nelson Sabrá (PDT) e Rubens Bomtempo (PSB).
Após quase duas horas de debate, o clima no Palácio de Cristal era de confraternização. Mesmo com as farpas trocadas, os cinco candidatos à Prefeitura de Petrópolis, destacaram a importância do encontro.
Realmente o debate mostrou algo “inusitado”, as falas do atual prefeito PM, que pensa em fazer tudo o que não conseguiu fazer em quatro anos de governo, acha que agora será possível. Ele (PM) citou a Festa da Itália, onde diz que a resgatou. Ora todos sabem que a Festa da Itália foi resgatada no governo Bomtempo, com a Companhia Petropolitana, no bairro Cascatinha, decorada de verde, vermelho e branco.
O incrível é que agora, as ambulâncias, as requisições para atendimento médico e as autorizações para entrega gratuita de medicamentos farão parte dessa campanha irregular e imoral, garroteando o eleitor mais humilde que termina caindo na armadilha da troca de serviços pelo voto.
O Palácio de Cristal foi criticado pela sujeira. Realmente, os vidros sujos, o chão e os papeis presos com durex. Um verdadeiro vexame.
Os debates que aconteceram essa semana andam mornos. Os cidadãos estão alentos às articulações partidárias e já sabem discerni qual o nome de seu candidato. Muitos pretendentes ao cargo executivo principal acham que o povo é otário.
De um lado, constata-se o aparecimento de vozes que clamam por inclusão, nas plataformas eleitorais, de temas, situações e questões ligadas aos problemas que teimam em se agravar, infelicitando ponderável parcela da população sem meios para a construção de uma vida decente.

De outro lado, percebe-se a busca de compensações, o interesse mesquinho, as vantagens pessoais a tomar corpo, conduzindo pactos e assinalando compromissos. Dizem que é assim mesmo e ingênuos são os que ainda se espantam com os métodos já incorporados, assimilados e compreensivelmente aceitos pela maioria.

O ex-prefeito Rubens Bomtempo, como sempre o candidato mais gabaritado. Em primeiro lugar ele é alguém que vive e conhece muito bem a cidade Ele gosta de Petrópolis e vai atender a todas as expectativas sonhadas.
Ele não é um candidato “laranja” de algum político mais experiente que o esteja utilizando para ser uma base eleitoral na cidade. Ele é uma liderança própria, uma competência não alegada por outros. Rubens Bomtempo é um candidato que tem um trabalho, um emprego, uma profissão, é médico bem sucedido naquilo que faz.

Agora companheiro e leitores cabe conclamar a opinião pública a votar bem, esclarecer mais a importância desse voto. Não pode ser uma troca de favor. Os sindicatos, as associações de classe, de moradores, de cidades e regiões precisam escolher representantes, impondo condições concretas para o apoio. Não à compra de votos e aos currais eleitorais, mas o compromisso com recursos e trabalho claramente definidos. Um mandato é procuração. Ele vai nos representar. Vai ser nosso grande olho.

terça-feira, 28 de agosto de 2012


O QUE ERA BOATO VIROU VÍDEO, PROVÁVEL CANDIDATURA DE AÉCIO VAI BEBEDEIRA ABAIXO PELAS ÁGUAS DO LEBLON


O vídeo do senador, bebum? Que quer ser                         presidente do Brasil



Aparentemente embriagado, na madrugada do Rio de

 Janeiro,no final de semana passado,

 o senador pelo estado de Rio de Janeiro Minas

 Gerais e pré-candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) 

é

 flagrado dando gorjetas de R$ 100 a garçons.

 Candidatura vai resistir a mais este tropeço? Assista ao 

vídeo...Abaixo:





Lídice da Mata lamenta alto índice de crimes contra homossexuais na Bahia






A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) lamentou, nesta segunda-feira (27/8), o alto índice de crimes contra homossexuais no Estado da Bahia. Ela citou dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), segundo os quais o Estado é recordista em assassinatos de homossexuais no País desde 2006. Em 2011, informou a senadora, ainda citando dados do GGB, foram contabilizados 28 homicídios na Bahia, contra 25 em Pernambuco e 24 em São Paulo.

Lídice da Mata lembrou o assassinato das jovens Laís Fernanda Pereira e Maira Dias de Jesus, ocorrido na última sexta-feira em Camaçari (BA). A senadora ressaltou que as vítimas não tinham passagem pela polícia e nem qualquer ligação com o tráfico de drogas. “O crime que elas cometeram: moravam juntas”, disse a senadora. A parlamentar afirmou que a intolerância precisa ser combatida e defendeu um código penal mais progressista, que enquadre esse tipo de violência. “Refiro-me não apenas à homofobia, mas a todo atentado à diversidade, perpetrado por grupos ou indivíduos que buscam sua autoafirmação na base da supressão do que é diferente”, disse.
Universidade da ONU no Brasil – Lídice da Mata também defendeu a instalação da Universidade Mundial de Segurança e Desenvolvimento Social da ONU na Bahia. Ela explicou que a implantação dessa universidade é de extrema importância, já que será voltada ao estudo de duas áreas essenciais nos dias de hoje e cada vez mais interligadas: segurança e desenvolvimento social.
A senadora acrescentou que o Brasil é o país com o maior número de homicídios no mundo, em números absolutos, segundo o Relatório das Nações Unidas. Por outro lado, assinalou, o Brasil vem desenvolvendo políticas públicas de segurança com resultados que têm favorecido o desenvolvimento social. Ela citou como exemplo as Unidades de Polícias Pacificadoras no Rio de Janeiro (UPPs) e iniciativas comunitárias visando a reinserção social dos presos.
Lídice da Mata afirmou que o governo da Bahia tem se esforçado para construir mecanismos eficazes de combate à criminalidade e elogiou o programa Pacto pela Vida, lançado em 2011.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012


MATÉRIA TRANSCRITA DA REVISTA VEJA


Política

Eduardo Campos mira presidência em 2014 e irrita o PT

Reportagem de VEJA mostra que presidente do PSB optou por voo-solo apostando no desgaste de Dilma Rousseff e no enfraquecimento do PSDB

Otávio Cabral e Daniel Pereira
NO AQUECIMENTO: Eduardo Campos comanda caminhada em Campinas: governador de Pernambuco quer se tornar alternativa a Dilma e Aécio em 2014
NO AQUECIMENTO: Eduardo Campos comanda caminhada em Campinas: governador de Pernambuco quer se tornar alternativa a Dilma e Aécio em 2014 (Montagem com imagens de Folhapress)
Lula se preocupa com a aproximação crescente do governador com empresários de peso e com caciques tucanos, especialmente Aécio
Há duas semanas, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, deixou o Recife e desembarcou no interior de São Paulo. Visitou cinco cidades, nas quais participou de comícios, carreatas, encontros com empresários e pediu votos para candidatos de seu partido a prefeito. De lá, seguiu para Mato Grosso, para reforçar a campanha de Mauro Mendes à prefeitura de Cuiabá. Na semana passada, quando começou a ser transmitida a propaganda eleitoral de rádio e TV, ele foi a estrela dos programas de uma centena de candidatos em todas as regiões do Brasil. A eleição é municipal, mas os planos são nacionais, como mostra VEJA desta semana. Eduardo quer utilizar a campanha deste ano para tornar seu nome conhecido em todo o país, principalmente no Sul e no Sudeste. E, com isso, pavimentar seu caminho para a disputa presidencial de 2014. A amigos, não esconde que essa campanha é seu “aquecimento”. E que é “muito improvável” não disputar a Presidência em 2014. O PT de Dilma Rousseff e Lula já percebeu essa movimentação. E elegeu Eduardo o adversário a ser derrotado.
O confronto iminente entre Lula e Eduardo surpreende porque eles são historicamente aliados. Desde 1989, o PSB, que teve como principal líder Miguel Arraes (avô de Eduardo), apoiou as candidaturas de Lula e de Dilma. Há dois meses, porém, eles começaram a se afastar. A face pública do distanciamento está nas campanhas a prefeito de Belo Horizonte, Recife e Fortaleza. Na primeira, o PT rompeu o apoio à reeleição do prefeito Marcio Lacerda, do PSB, para apoiar a candidatura de Patrus Ananias. Nas duas capitais nordestinas, foi o PSB que deixou de lado o apoio ao PT para lançar nomes próprios. Nos bastidores, cada lado tem suas razões. O governador considera que pode ser uma “terceira via” em 2014, colocando-se como alternativa ao PT, que tentará a reeleição de Dilma, e ao PSDB, que deve lançar o senador mineiro Aécio Neves. Foi com essa estratégia que ele chegou ao governo, em 2006, derrotando petistas e tucanos. A avaliação de Eduardo é que Dilma ainda é a favorita na disputa, mas o agravamento da crise econômica pode corroer seu prestígio. E que a oposição vem minguando a cada eleição e dificilmente voltará tão cedo ao Palácio do Planalto. Se continuar amarrado ao PT, ele jamais terá apoio para ser candidato a presidente. Por isso, decidiu testar agora seu voo-solo.
O PT percebeu as movimentações do antigo aliado, assustou-se e resolveu reagir. Em duas conversas recentes, Lula afirmou que Eduardo já está em campanha, costurando apoio com empresários e partidos, e que será o principal adversário do PT em 2014. “Lamentavelmente, não estamos mais do mesmo lado, mas entendo a posição dele”, declarou a um ex-ministro. Lula considera que Eduardo pode ter o apoio já no primeiro turno de três partidos que estão na base de Dilma - PSD, PR e PTB -, o que lhe garantiria um bom tempo de TV. Ele se preocupa ainda com a aproximação crescente do governador com empresários de peso e com caciques tucanos, especialmente Aécio. Lula duvida que Aécio concorra à Presidência. Acha até que ele trabalhará para costurar o apoio dos tucanos a Eduardo - pelo menos no segundo turno. “O Eduardo está ocupando um vácuo de poder que existe na oposição”, disse Lula a petistas.
Mas Aécio tem desmentido essa suposição. Já gravou depoimentos para mais de oitenta candidatos, percorreu o interior de Minas, foi a Curitiba e nesta semana iniciará uma caravana pelo Nordeste. Ações de quem quer ser candidato a presidente. “Não há relação direta entre a disputa municipal e a eleição presidencial. Mas é hora de os líderes arregaçarem as mangas para fortalecer seus partidos para 2014”, afirma o senador.
Foi com base nessa análise que Lula articulou uma reação imediata a Eduardo. Ele participará pessoalmente das campanhas no Recife e em Belo Horizonte, a fim de derrotar os candidatos do governador. Também tenta convencer Dilma a reforçar a contraofensiva. Foi ela que costurou o apoio do PMDB ao PT em Belo Horizonte. E que determinou ao PT que ratificasse, há duas semanas, um acordo que garante ao PMDB ocupar a presidência da Câmara a partir do ano que vem. Com esse movimento, Dilma amarra o partido à sua chapa à reeleição. A presidente, graças ao aumento da concorrência na eleição presidencial, também pode rever sua intenção de não participar da propaganda de candidatos do PT e de partidos aliados a prefeito. Propagandas que de gratuitas têm apenas o nome, já que custam mais de 606 milhões de reais em isenções fiscais às emissoras que as retransmitem. Até 4 de outubro, seguirá o desfile de políticos na televisão pedindo votos a candidatos a prefeito. Mas alguns desses atores estarão pensando bem mais na frente, na eleição para presidente em 2014.

sábado, 25 de agosto de 2012


Astronauta Neil Armstrong morre aos 82 anos


O astronauta norte-americano Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, morreu neste sábado aos 82 anos. Em comunicado, sua família informou que a morte resultou de complicações ocorridas depois de uma cirurgia cardiovascular em Columbus (Ohio).

Nascido em Wapakoneta (Ohio), em 5 de agosto de 1030, filho de um auditor do governo de Ohio, Armstrong aprendeu a pilotar aviões quando adolescente e já tinha brevê aos 15 anos, antes de ter habilitação para dirigir carros. Começou a estudar engenharia aeronáutica em 1947 na Universidade Purdue e chegou a ser aceito pelo prestigioso Instituto de tecnologia de Massachusetts (MIT), mas não chegou a cursar.
Como tinha uma bolsa de estudos financiada pela Marinha - num esquema de estudar dois anos, servir à Força naval durante três anos e depois voltar aos estudos -, Armstrong teve de interromper a atividade acadêmica. Qualificado como piloto de aviões navais de ataque, participou de 78 missões de combate na Guerra da Coreia (1050-53), antes de voltar a estudar. Formou-se engenheiro aeronáutico em Purdue em 1955 e ais tarde, em 1070, obteve um título de mestrado em engenharia aeronáutica na Universidade do Sul da Califórnia.
Em 1955, Armstrong começou a trabalhar como piloto de testes de aeronaves experimentais na Estação de Voo de Alta Velocidade do Comitê Assessor Nacional para Aeronáutica, na base aérea Edwards, na Califórnia. Ali, participou do esforço norte-americano para romper a barreira da velocidade do som, chegando a voar com o piloto que conseguiria aquela façanha, Chuck Yeager. Armstrong também participou de voos de teste de aviões experimentais famosos, como o X-1 e o X-15. Em sua carreira como piloto de testes, ele acumulou 2.400 horas de voo em mais de 200 modelos diferentes de aviões; com o X-15, ele alcançou a altitude máxima de 63,2 mil metros e uma velocidade máxima de 6.615 km/h, ou 5,74 vezes a velocidade do som.
Em 1958, Armstrong foi selecionado para ser um dos pilotos-engenheiros do programa "Homem no Espaço Mais Cedo", da Força Aérea, com o qual os EUA pretendiam competir com o programa espacial soviético, mais avançado na época. A partir de 1962, ele passou a integrar o corpo de astronautas da Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), do qual era um dos dois únicos civis. Mas ele não foi o primeiro não-militar a chegar ao espaço: a façanha foi realizada por Valentina Tereshkova, trabalhadora da indústria têxtil, na nave soviética Vostok 6, em junho de 1963.
Armstrong foi ao espaço pela primeira vez em março de 1966, na oitava missão do projeto Gemini. A partir do começo de 1967, ele participou do projeto Apollo, para levar uma nave tripulada à Lua. Em dezembro de 1968, quando a Apollo 8 fazia a primeira órbita em torno da Lua, Armstrong foi escolhido para ser o comandante da missão Apollo 11, que contaria também com Edwin Aldrin como piloto do módulo lunar e Michael Collins como piloto do módulo de comando. Em uma reunião da Nasa em março de 1969 ficou decidido que Armstrong, e não Aldrin, seria o primeiro homem a pisar na Lua (Collins ficaria em órbita lunar com o módulo de comando).
O lançamento da Apollo 11 foi em 16 de julho de 1969 e o pouso na lua aconteceu no dia 20. Quando o módulo lunar Eagle pousou no Mar da tranquilidade, Armstrong transmitiu a informação: "Aqui, Base Tranquilidade; a Águia pousou". Sua frase mais famosa, porém, foi quando seus pés tocaram a superfície lunar pela primeira vez: "Um pequeno passo para um homem, mas um grande passo para a humanidade".
Logo depois de voltar à Terra, Armstrong anunciou que não pretendia voltar ao espaço. Ele foi nomeado vice-administrador associado para Aeronáutica em um programa novo, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada para a Defesa (Darpa), cujo projeto mais famoso viria a ser conhecido como internet.
Armstrong deixou a Nasa e a Darpa em 1971, passando a atuar como professor de engenharia aeroespacial na Universidade de Cincinnati. Mais tarde, trabalhou para empresas como Chrysler, Marathon Oil, Learjet, Cincinnati Gas & Electric, United Airlines e Eaton. Sofreu seu primeiro ataque cardíaco em 1991.
A primeira mulher de Armstrong, Janet, divorciou-se dele em 1994, depois de 38 anos de casamento. Ele se casou novamente, com Carol Held Knight, no mesmo ano. Em 7 de agosto deste ano, Armstrong foi hospitalizado em um hospital em Columbus para desobstrução da artéria coronária. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012



Com base na Ficha Limpa, 


TRE-RJ nega registro de 


Rosinha Garotinho


Candidata à reeleição em Campos dos Goytcazes, ela pode recorrer ao TSE.
Nesta quinta (23), juízes permitiram candidatura de Mirinho Braga em Búzios.

[

O Tribunal de Regional Eleitoral do Rio negou, na tarde desta quinta-feira (23), o registro da candidatura de Rosinha Garotinho (PR), atual prefeita e candidata à reeleição em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A decisão foi com base na Lei da Ficha Limpa.
Segundo o TRE-RJ, Rosinha tem três dias para recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O advogado da Rosinha Garotinho, Jonas Lopes, afirmou que vai entrar com recurso especial no TSE nesta sexta-feira (24). “A decisão não foi por unanimidade e sim por maioria. Teve um voto vencido. Por isso, estamos bastante confiantes no recurso”, disse.
O TRE-RJ explicou que os juízes consideraram a candidatura de Rosinha inelegível para as eleições deste ano, baseados no fato de já existirem duas decisões colegiadas, proferidas pelo próprio TRE, contra a candidata.
Prefeitura de Búzios
Na mesma sessão desta quinta-feira, os magistrados permitiram a candidatura de Mirinho Braga (PDT) à reeleição em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos. A Corte modificou a decisão que havia desaprovado as contas de Mirinho. Segundo a sentença, as contas haviam sido modificadas pela Câmara de Vereadores.
 


TSE altera tempo de rádio e TV de oito partidos


Mudança foi feita com base em nova contagem das bancadas na Câmara.
Alteração deve dar 6 segundos de vantagem a Serra sobre Haddad.


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alterou na noite desta quinta-feira (23) o tempo de televisão e rádio de oito partidos na campanha eleitoral deste ano. A decisão deve garantir uma vantagem de cerca de seis segundos ao candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, sobre o postulante do PT ao cargo, Fernando Haddad.

Os ministros do TSE recalcularam o tamanho da bancada de todas as legendas que têm parlamentares na Câmara dos Deputados e identificou imprecisões com relação ao levantamento feito anteriormente. O número de deputados federais de cada partido serve como referência no cálculo da divisão do tempo de TV.
A nova contagem foi motivada por um questionamento de dirigentes do PR e do DEM. As duas siglas alegavam que a resolução aprovada no início de agosto pelo tribunal, que reduziu o tempo de TV do PSD, havia prejudicado as legendas.
Segundo a assessoria do TSE, a revisão do número de parlamentares mostrou que DEM, PR, PDT e PSB estavam com menos tempo de TV do que deveriam ter por conta de suas bancadas. Já PT, PSDB, PV e PT do B estavam com suas bancadas infladas.
O novo balanço deve alterar a propaganda eleitoral em diversos municípios. Em São Paulo, a coligação de Serra deve ganhar três segundos de TV e rádio.
Por outro lado, os partidos que apoiam o candidato petista, Fernando Haddad, devem perder três segundos, gerando uma diferença de seis segundos entre as duas chapas. Atualmente, os dois candidatos têm exatamente o mesmo tempo de propaganda: sete minutos, 39 segundos e 36 centésimos.
O TSE deve comunicar a mudança aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) na manhã desta sexta-feira (24). Segundo a assessoria do TRE de São Paulo, a nova conta deve ser implantada já na propaganda de sábado (25).
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Governo anuncia corte do ponto de 11,4 mil servidores em greve


Eles terão desconto no salário a ser pago em setembro, segundo ministério.
Para o governo, há 70 mil servidores em greve; para sindicatos, 350 mil.


O Ministério do Planejamento divulgou na noite desta terça (21) o corte do ponto de 11.495 servidores públicos federais em greve.
De acordo com o ministério, eles sofrerão o desconto dos dias parados no salário de agosto, a ser pago a partir de 1º de setembro. Na folha salarial de julho (pagamento em agosto), os descontos atingiram 1.972 grevistas, segundo informou o ministério.
De acordo com a assessoria do Planejamento, o corte do ponto de professores universitários que aderiram à greve será decidido pelas direções das universidades federais, que têm autonomia para isso.
O governo estima em 70 mil o número de servidores em greve. Segundo os sindicatos das categorias em greve, 350 mil servidores federais paralisaram as atividades em todo o país.
De acordo com o Ministério do Planejamento, há 582,4 mil servidores ativos no Poder Executivo.
Negociações
Das nove reuniões de negociação com representantes de categorias de servidores federais previstas para esta terça-feira no Ministério do Planejamento,  quatro foram mantidas na agenda do secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça.
A primeira, com funcionários do Hospital das Forças Armadas (HFA), terminou sem acordo após o governo apresentar a proposta de 15,8% de reajuste dividido em três anos, a mesma oferta que vem fazendo a todas as categorias.
Segundo Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef – entidade que representa os cerca de mil funcionários do HFA, a proposta do governo "não atende à demanda dos servidores, já que nem repõe a inflação nem reestrutura a carreira”.
Por meio de sua assessoria, o Ministério do Planejamento afirmou que o reajuste de 15,8% dividido em três anos é o "limite" que o governo tem a oferecer.
Mendonça também negociaria com agentes penitenciários, com a Associação Nacional dos Técnicos de Fiscalização Agropecuário (Anteffa) e com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguro Social (CNTSS).
Devido ao atraso das demais reuniões, acabou sendo adiada para esta quinta-feira (23) a conversa com a Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapf).
Insatisfeita com a proposta do Planejamento, a entidade que representa agentes, escrivães e papiloscopistas adotou operação-padrão na semana passada e fez com que a Advocacia-Geral da União entrasse na Justiça contra a medida.
O Superior Tribunal de Justiça deferiu o pedido do governo e proibiu operações-padrão em todos os aeroportos, portos e fronteiras do país sob pena de multa diária de R$ 200 mil.
Outra reunião que acabou sendo adiada para esta quarta-feira (22) foi a do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores.
Por meio de nota, a entidade informou que convocou para esta quarta uma greve dos funcionários do Itamaraty como forma de protesto pelo fato de a reunião com a categoria não ter ocorrido.

Central nuclear entra em estado de alerta na Argentina



Decisão foi tomada após ser contatada fissuras na estrutura do reator de central na Bélgica. Usina Atucha1 fica a cem quilômetros de Buenos Aires.

A central nuclear Argentina de Atucha 1 entrou em estado de alerta. O pedido foi da agência de energia nuclear da organização para a cooperação econômica e desenvolvimento, depois que foram constadas fissuras na estrutura do reator de uma central na Bélgica.
A usina belga foi fechada e todos os reatores construídos pela empresa holandesa RDM vão ser submetidos a uma rigorosa inspeção internacional. A usina de Atucha 1 é a mais antiga da América do Sul. Funciona desde 1974 e fica a apenas cem quilômetros de Buenos Aires.
É uma das 22 centrais nucleares do planeta que contam com um reator construído pela empresa holandesa. As outras ficam na Europa e nos Estados Unidos.

terça-feira, 14 de agosto de 2012


Brasileiros pagam preços 'ridículos' por carros, aponta Forbes



Em artigo na versão on-line, um autor da revista americana Forbes, especializada em finanças e muito conhecida por compilar listas das maiores fortunas do mundo, criticou os preços abusivospagos por brasileiros por carros considerados de luxo no país. Como exemplo, a publicação cita o valor de Jeep Grand Cherokee, que custa R$ 179 mil (US$ 89,5 mil) no país. Nos Estados Unidos, o mesmo carro sai por cerca de US$ 28 mil.


"Alguém pode pensar que pagar US$ 80 mil em um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem com asas e grades folheadas a ouro. Mas no Brasil é a versão básica", afirma Kenneth Rapoza, autor do artigo e responsável por cobrir os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) para a Forbes. Ele ressalta que o preço nos EUA é quase metade do salário médio anual de um americano, mas o preço praticado no Brasil está muito aquém dos ganhos de um brasileiro médio. 

O jornalista aponta os culpados de sempre pelos preços inflados: impostos sobre importados e outras taxas aplicáveis a produtos industriais. "Com os R$ 179 mil que paga por um único Grand Cherokee, um brasileiro poderia comprar três, se vivesse em Miami", escreve Rapoza.

O artigo ainda cita o novo Dodge Durango, que deve ser apresentado pela Chrysler no salão do automóvel de São Paulo em outubro, e que custará ainda mais que o Grand Cherokee: cerca de R$ 190 mil (US$ 95 mil), segundo a publicação. Nos EUA, o mesmo carro custa US$ 28,5 mil e até um "professor de escola pública do Bronx" pode comprar um com dois anos de uso. 

"Desculpem, 'Brazukas' (sic)... não há status em um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand ou Dodge Durango. Não sejam enganados pelo preço. Vocês estão definitivamente sendo roubados", avisa Rapoza.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Sucateado, Exército não teria como responder a guerra, dizem generais



infografico_exercito_END_versaofinal_300 (Foto: Editoria de Arte/G1)

Série de reportagens mostra situação de militares e riscos ao país.
Plano para reequipar tropas, assinado por Lula em 2008, pouco avançou.

Assinada em 2008, a Estratégia Nacional de Defesa (END) prevê o reaparelhamento das Forças Armadas do país em busca de desenvolvimento e projeção internacional, mirando a conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, poucas medidas previstas no decreto tiveram avanços desde então.
G1 publica, ao longo da semana, uma série de reportagens sobre a situação do Exército brasileiro quatro anos após o decreto da END, assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foram ouvidos oficiais e praças das mais diversas patentes - da ativa e da reserva -, além de historiadores, professores e especialistas em segurança e defesa. O balanço mostra o que está previsto e o que já foi feito em relação a fronteiras, defesa cibernética, artilharia antiaérea, proteção da Amazônia, defesa de estruturas estratégicas, ações de segurança pública, desenvolvimento de mísseis, atuação em missões de paz, ações antiterrorismo, entre outros pontos considerados fundamentais pelos militares.

O Exército usa o mesmo fuzil, o FAL, fabricado pela empresa brasileira Imbel, há mais de 45 anos. Por motivos estratégicos, os militares não divulgam o total de fuzis que possuem em seu estoque, mas mais de 120 mil unidades teriam mais de 30 anos de uso.

Carros, barcos e helicópteros são escassos nas bases militares. O índice de obsolescência dos meios de comunicações ultrapassa 92% - sendo que mais de 87% dos equipamentos nem pode mais ser usado, segundo documento do Exército ao qual o G1teve acesso. Até o início de 2012, as fardas dos soldados recrutas eram importadas da China e desbotavam após poucas lavadas.
A Estratégia Nacional de Defesa elencou entre os pontos-chave a proteção da Amazônia, o controle das fronteiras e o reaparelhamento da tropa, com o objetivo de obter mobilidade e rapidez na resposta a qualquer risco. Defesa cibernética e recuperação da artilharia antiaérea também estão entre os fatores de preocupação.

Um centro de defesa contra ataques virtuais começou a ser instalado pelo Exército em 2010, em Brasília, mas ainda é enxuto e não conseguiu impedir ataques a uma série de páginas do governo durante a Rio+20, em junho deste ano.
O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), iniciativa que busca vigiar mais de 17 mil quilômetros de divisas com 10 países, começará a ser implantado ainda em 2012, com um teste na fronteira do Mato Grosso do Sul com Paraguai e Bolívia.

Segundo o general Walmir Almada Schneider Filho, do Estado-Maior do Exército, a Força criou 245 projetos para tentar atingir os objetivos da Estratégia Nacional de Defesa. Ele afirma que os recursos, porém, chegam aos poucos.
Nos últimos 10 anos, a percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido em defesa gira em torno de 1,5%, segundo números do Ministério da Defesa - em 2011, o valor foi de R$ 61,787 bilhões. Durante a crise econômica, entre 2003 e 2004, o índice chegou a 1,43%. O maior percentual foi registrado em 2009, quando 1,62% do PIB foram destinados para o setor.
Em 2012, o Exército receberá cerca de R$ 28,018 bilhões, mas 90% serão destinados ao pagamento de pessoal. Desde 2004, varia entre 9% e 10% o montante disponível para custos operacionais e investimentos.
A ideia do ministro da Defesa, Celso Amorim, é elevar gradativamente os gastos com defesa para a média dos demais países dos Brics (Rússia, Índia e China), que é de 2,4%. Segundo afirmou em audiência no Senado, o objetivo é fazer o Brasil ter maior peso no cenário internacional.
“Nós perdemos nossa capacidade operacional, sabemos dessa defasagem. A obsolescência é grande. Por isso, um dos nossos projetos busca a recuperação da capacidade operacional. Até 2015, devemos receber R$ 10 bilhões só para isso”, afirma o general Schneider Filho, responsável pelos estudos da END no Estado-Maior do Exército.
Falta munição
Dois generais da alta cúpula, que passaram para a reserva recentemente, afirmaram aoG1 que o Brasil não tem condições de reagir a uma guerra. “Posso lhe afirmar que possuímos munição para menos de uma hora de combate”, diz o general Maynard Marques de Santa Rosa, ex-secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.
exercito_especial_soldado_barco_300 (Foto: Tahiane Stochero/G1)Guerreiro de selva patrulha rio na Amazônia durante
ação militar em 2012 (Foto: Tahiane Stochero/G1)
“A quantidade de munição que temos sempre foi a mínima. Ela quase não existe, principalmente para pistolas e fuzis. Nossa artilharia, carros de combate e grande parte do armamento foram comprados nas décadas de 70, 80. Existe uma ideia errada de que não há ameaça. Mas se ela surgir, não vai dar tempo de atingir a capacidade para reagir”, alerta o general Carlos Alberto Pinto Silva, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), que coordena todas as tropas do país.
“Nos últimos anos, o Exército só tem conseguido adquirir o mínimo de munição para a instrução. Os sistemas de guerra eletrônica (rádio, internet e celular), a artilharia e os blindados são de geração tecnológica superada. Mais de 120 mil fuzis têm mais de 30 anos de uso. Não há recursos de custeio suficientes”, diz Santa Rosa. Ele deixou o Exército em fevereiro de 2010, demitido por Lula após chamar a Comissão da Verdade, que investiga casos de desaparecidos políticos na Ditadura, de “comissão da calúnia”.
Nós perdemos nossa capacidade operacional, sabemos dessa defasagem. A obsolescência é grande"
General Walmir Almada Schneider Filho
Segundo o Livro Branco, documento que reúne dados sobre a defesa nacional, o Exército possui 71.791 veículos blindados, a maioria deles comprados há mais de 30 anos. Apenas um é do modelo novo, o Guarani, entregue em 2012 e que ainda está em avaliação. Um contrato inicial de R$ 41 milhões foi fechado para a aquisição dos primeiros 16 novos carros de combate. No último dia 7, um novo contrato foi assinado para a aquisição de outras 86 viaturas Guarani, ao custo de R$ 240 milhões.
"Nenhuma nação pode abrir mão de ter um Exército forte, que se prepara intensivamente para algo que espera que nunca ocorra. A população tem que entender que é preciso ter essa capacidade ociosa, sempre, para estar pronto para dar uma resposta se um dia for necessário", defende o general Fernando Vasconcellos Pereira, diretor do Departamento de Educação e Cultura do Exército.
Riscos e ameaças
Para saber quais equipamentos, tecnologias e armas precisam ser compradas e que outras mudanças são necessárias, o Exército criou o Grupo Lins, que reúne uma equipe para prever cenários de conflitos ou crises - internos ou externos - em que a sociedade e os políticos possam exigir a atuação dos militares até 2030.
O objetivo é antever problemas, sejam econômicos, sociais, de segurança pública ou de calamidade, e saber quais treinamentos devem ser dados aos soldados até lá.
Nesses cenários, a Amazônia e as fronteiras estão entre as maiores preocupações. O texto revisado da Estratégia Nacional de Defesa, entregue pelo governo ao Congresso Nacional em 17 de julho, destaca "a ameaça de forças militares muito superiores na região amazônica”.
Difícil – e necessário – é para um país que pouco trato teve com guerras convencer-se da necessidade de defender-se para poder construir-se"
Trecho da Estratégia Nacional de Defesa
Para impedir qualquer ataque, o Exército prepara o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que, através de um conjunto de sensores, radares e câmeras, permitirá a visualização de tudo o que ocorre nas fronteiras em tempo real. Os equipamentos facilitarão a repressão ao tráfico de drogas e armas, ao contrabando e aos crimes ambientais. A previsão é de que o sistema esteja totalmente operando em 2024.
O alto valor que o governo pretende passar para o Sisfron - R$ 12 bilhões até 2030 – movimentou o mercado nacional e fez com que empresas se unissem buscando soluções para vencer a licitação em andamento. Entre as interessadas estão Odebrecht, Andrade Gutierrez e Embraer, que fizeram parcerias com grandes indústrias do setor.
Para o historiador e criador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Geraldo Cavanhari, o Exército está em transformação e precisa se adequar para os inimigos do futuro. “O inimigo, seja interno ou externo, agora está extremamente bem armado. Por enquanto, não temos ameaças explícitas, mas temos que cuidar da nossa casa e estar preparados para responder, caso seja necessário”.
O general da reserva Carlos Alberto Pinto Silva diz que o problema continua sendo o orçamento. "Um coronel argentino me disse que eles aprenderam na guerra nas Malvinas que, se não existe a capacidade mínima de responder, não dá tempo para adquirir. Não adianta chorar depois”, afirma.
Mudança de percepção
Estudioso da área, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ronaldo Fiani entende que a abertura democrática e a criação do Mercosul provocaram mudanças na forma da população conceber a proteção do país, Consequentemente, foram feitos cortes nos investimentos militares. “O fim da ditadura e a união dos países latinos fez com que houvesse enfoque em integração, com diminuição do investimento na área militar", explica.

Burocracia, crises financeiras e déficit fiscal também são entraves para maior disponibilidade de recursos. “A única forma dos militares receberem mais investimentos é se integrando à pesquisa acadêmica e às empresas, como ocorre nos países desenvolvidos", diz Fiani.
O general Walmir Almada Schneider Filho concorda com o professor. “No primeiro mundo, o povo tem a mentalidade de que defesa e desenvolvimento caminham juntos e complementam-se. Um impulsiona o outro. Nós não queremos chegar neste patamar [de país voltado para a guerra], mas criar uma mentalidade de defesa, para que o povo discuta o assunto", diz.
A base da defesa nacional é a identificação da Nação com as Forças Armadas e das Forças Armadas com a Nação. Isso exige que a Nação compreenda serem inseparáveis as causas do desenvolvimento e da defesa"
Trecho da Estratégia Nacional de Defesa
“Eu acho que a redução dos investimentos tem relação com o período militar e a própria mentalidade da população, que vê como melhor alternativa aplicar os recursos em outro setor fundamental, como saúde, educação, etc", acrescenta Schneider Filho.

"Não há um palmo sobre o território brasileiro que não esteja sob a responsabilidade de uma tropa do Exército. Somos a organização mais presente em todo o território e que tem meios de chegar o quanto antes em qualquer situação. Por isso, assumimos cada vez mais responsabilidades e temos que ter capacidade para atuar em situações de emergência”, diz o general José Fernando Yasbech, também do Estado-Maior do Exército.
Yasbech se refere aos múltiplos empregos do Exército em ações civis dentro do país, como as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), como a Constituição determina o emprego militar em casos graves de segurança pública. Além disso, o militares são convocados para o apoio em caso de enchentes, abertura de estradas, construção de pontes, distribuição de ajuda humanitária, apoio em eleições, combate à dengue e à aftosa, entre outros.
Proteger
Em 2012, mais uma linha de atuação está sendo aberta: os militares serão responsáveis pela defesa e proteção de infraestruturas estratégicas do país, como hidrelétricas, usinas nucleares, indústrias essenciais e centros financeiros e de telecomunicações a partir da criação do projeto Proteger. O programa terá recursos na casa dos R$ 9,6 bilhões e reunirá órgãos públicos dos estados e informações necessárias para prevenir, conter ou reprimir ataques ou acidentes nesses locais.
São mais de seis mil infraestruturas estratégicas existentes no país, sendo que 364 estão entre as mais críticas, conforme levantamento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
exercito_especial_cabana_cancela_300 (Foto: Tahiane Stochero/G1)Pelotão de fronteira no Pará conta com apenas 9
horas diárias de luz (Foto: Tahiane Stochero/G1)
"O trabalho será tanto no sentido de prevenir acidentes nessas estruturas como também de identificar riscos e, eventualmente, contê-los", diz o general José Fernando Yasbech, que responde pelo projeto.
O trabalho começará no Paraná, com a implementação de um centro de ação conjunta com polícia, Bombeiros e Defesa Civil para defender a Usina de Itaipu.

“O reaparelhamento das Forças Armadas vai além de apenas dizer que um país pacifista está tomando uma atitude de se tornar mais bélico. O emprego dos militares tem sido bem diferente nos últimos anos, seja em ações de defesa civil, de segurança pública, de apoio aos órgãos estaduais. E isso demanda alterações estruturais profundas na política, na mentalidade da população e em investimentos”, diz Iberê Pinheiro Filho, mestre em Relações Internacionais e estudioso da Estratégia Nacional de Defesa.

Procurado para comentar a atual situação do Exército, o ex-ministro de Assuntos Estratégicos Roberto Mangabeira Unger, que escreveu o texto da Estratégia Nacional de Defesa, disse que se considerava "moralmente impedido de falar" devido à "relação íntima e especial com as ações e tarefas de que tratará a reportagem".
"Direi apenas o que escrevi na dedicatória de um livro que dei à biblioteca do Exército, por mãos do general que a comanda: o Exército brasileiro é a mais importante instituição do Brasil", afirmou Mangabeira Unger ao G1.
Já o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que também assinou a END em 2008, disse que não iria comentar a situação, pois não ocupa mais o cargo.
O Exército, que possui o maior efetivo entre as três Forças (são 203,4 mil militares), está em situação de sucateamento. Segundo relato de generais, há munição disponível para cerca de uma hora de guerra.