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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Guatemala autoriza extradição de ex-presidente Portillo aos EUA


Guatemala, 26 ago (EFE).- Alfonso Portillo se transformará no primeiro ex-presidente da Guatemala a ser processado nos Estados Unidos, que o acusam de lavagem de dinheiro, por decisão da Corte de Constitucionalidade do país centro-americano, que nesta sexta-feira deu sinal verde a sua extradição.
A autorização de entregar o ex-governante à Justiça americana foi ratificada unanimemente pelos magistrados do máximo tribunal, que, com uma decisão inapelável, rejeitou um recurso de Portillo, que buscava tirar efeito das sentenças anteriores, entre elas uma de 17 de março de 2010 que permitia a extradição.
Portillo, de 60 anos, permanece preso desde 26 de janeiro de 2010 e deverá ser entregue à Justiça americana nos próximos 60 dias, de acordo com a legislação vigente.
"A ordem de extradição permanece firme", disse à imprensa o presidente da Corte de Constitucionalidade, Alejandro Maldonado.
Em sua decisão, a Corte de Constitucionalidade pede à Justiça americana que, durante o processo judicial ao que será submetido Portillo, sejam respeitados seus direitos humanos, principalmente seu direito à defesa e ao devido processo legal.
Os juízes guatemaltecos também recomendam à Corte do Distrito de Columbia, em Nova York (EUA) - que solicitou a extradição -, que o ex-líder não seja recluso em uma prisão onde estejam réus que já tenham sido sentenciados, para garantir sua segurança.
A promotoria de Nova York promoveu a extradição de Portillo para processá-lo pela acusação de usar o sistema bancário americano para lavar mais de US$ 70 milhões que teriam sido desviados dos cofres do Estado guatemalteco.
A Corte de Constitucionalidade assinalou nesta sexta-feira que, caso Portillo seja condenado em sentença firme pela Justiça americana, cumpra a pena em uma prisão da Guatemala. Por isso, sugeriu ao Governo guatemalteco que instrua o Ministério das Relações Exteriores para administrar essa condição na Justiça americana.
Segundo a legislação guatemalteca, é o presidente da República que, apesar das decisões do Poder Judiciário neste tipo de processo, deve autorizar a extradição de um guatemalteco para que seja processado em outro país.
O presidente guatemalteco, Álvaro Colom, expressou várias vezes sua disposição em extraditar Portillo, com o argumento de que não pode contrariar as decisões dos tribunais.
A Justiça da França também tem aberta uma investigação contra Portillo por lavagem de dinheiro através do sistema financeiro e bancário do país europeu.
Portillo, cujo Governo é considerado por analistas locais como um dos mais corruptos da história recente da Guatemala, foi detido em janeiro de 2010 quando pretendia fugir para o Belize. EFE

Empresa compra por 1 R$ entulho da demolição de prédio da UFRJ e vai vender o material à construção civil


RIO - Quanto você daria por uma pilha de cem mil toneladas de concreto e ferros retorcidos? A empresa paulistana de reciclagem Britex Soluções Ambientais pagou 1 R$. Ela arrematou, sem concorrência e pelo valor mínimo, o entulho resultante da demolição, ocorrida em dezembro de 2010, do "perna seca", prédio anexo do Hospital do Fundão. A decisão saiu na quarta-feira. Agora, a empresa, que reciclará o material, tentará vendê-lo por um valor superior a R$ 2,3 milhões, custo da retirada do entulho da universidade. Os executivos não falam em valores, mas têm a convicção de que ainda conseguirão ter lucro ao fim da operação.
O material, que seria depositado em aterros, vai para a construção civil. Mas os alunos do Fundão precisam ter paciência: o entulho só deve acabar de ser retirado em quatro meses. A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) sai ganhando. Além de se livrar de um problema ambiental, ela gastaria, segundo o vice-prefeito da instituição, Paulo Mario Ripper, cerca R$ 8,5 milhões para mandar tudo para um aterro.
- Este é um trabalho pioneiro e queremos difundi-lo no Estado do Rio, discutir alternativas ecológicas. Estamos economizando milhões e ainda apoiando a reciclagem de resíduos da construção civil, que crescem a cada dia - ressalta Ripper, garantindo que o hospital não sofrerá com barulho e com a poeira. - Fizemos todos os estudos para evitar problemas.
Frederico Gonzalez, sócio-proprietário da Britex, acredita que em quatro meses o trabalho esteja concluído.
- Vamos começar a retirar o material no dia 5 de setembro. Pelo edital, eu tenho até seis meses para acabar o serviço - diz Gonzalez.
Para ele, apesar do valor simbólico, o material arrematado é de alta qualidade:
- Temos certeza de que conseguiremos vender o produto reciclado para a construção civil. Em São Paulo, eu negocio o material reciclado com facilidade, porque é mais barato. Aqui, este comércio ainda está engatinhando.
Um projeto de lei que propõe incentivos fiscais para os reciclados de resíduos de demolições está para ser votado na Assembleia Legislativa do Rio. O autor do projeto, o ex-deputado e atual secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, explica que o objetivo é incentivar a compra, por grandes empreiteiras, do entulho reciclado. Mais de dez mil toneladas por dia são geradas no estado.
- Todas as soluções ecológicas precisam ter um viés econômico. Tirar os impostos do entulho e do material da construção civil é um avanço. Quem retira material do chão para fazer insumo tem que ser beneficiado. A proposta é exonerar do ICMS o reciclado por dez, 20 anos - afirma Carlos Minc.
O secretário deve anunciar em breve o programa Entulho Limpo da Baixada. Serão investidos R$ 9 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam). Uma usina de trituração de entulho será montada em São João de Meriti.
- O entulho acaba sendo jogado em rios e prejudica as ações de dragagem que fazemos no Sarapuí e no Iguaçu. O programa criará um novo mercado de reaproveitamento desse material.

Incêndio interdita Rua Barão da Torre, em Ipanema

RIO - O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que a Rua Barão da Torre, em Ipanema, encontra-se interditada no trecho entre as ruas Farme de Amoedo e Vinicius de Moraes para que agentes do Corpo de Bombeiros possam controlar um incêndio na altura do número 168. A rota alternativa é a seguinte: Farme de Amoedo, Prudente de Morais e Vinicius de Moraes. Neste momento, o trânsito não apresenta problemas na região.

AO VIVO - Pesagem do UFC Rio: evento em que lendas do MMA procuram recuperação e Anderson Silva defende cinturão dos médios

Nova York fechará transporte público e inicia evacuações por "Irene"

Nova York, 26 ago (EFE).- O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou nesta sexta-feira que a partir das 12h do sábado fechará toda a rede de transporte público da cidade, enquanto já começou a evacuar hospitais e asilos e suspender todas as obras diante a chegada do furacão "Irene" à costa leste dos Estados Unidos.

"Nos mobilizamos com rapidez para iniciar nossos planos de emergência, para trabalhar com nossos parceiros federais e locais, e para identificar e preparar uma das ações de precaução mais agressivas que o estado de Nova York jamais colocou em prática diante de um possível desastre natural", disse Cuomo em comunicado.

Em uma medida histórica da cidade, a Autoridade Metropolitana do Transporte (MTA) suspenderá assim os sistemas de ônibus, metrô e ferrovia a partir das 12h do sábado (13h de Brasília) e não os retomará até segunda-feira às 7h (8h de Brasília).

Cuomo afirmou que a MTA realizará um "fechamento total" no qual todos os veículos começarão sua última rota a essa hora "para garantir que o sistema continuará operando depois da tempestade".

O governador acrescentou que o trânsito será interditado em zonas potencialmente perigosas para sofrer inundações como a estrada interestatal Thruway e as seis pontes que unem a ilha de Manhattan com os bairros de Brooklyn e Queens, assim como o estado de Nova Jersey, se os ventos sustentados de "Irene" superarem os 100 km/h.

Nova York começou nesta sexta-feira a evacuar os hospitais e asilos localizados sob o nível do mar, que deverão estar totalmente vazios antes das 20h local (21h do horário de Brasília), confirmou à Efe a porta-voz de um dos hospitais atingidos em Coney Island, onde equipes de saúde trabalham contra o relógio para transferir pacientes, incluindo recém-nascidos e idosos, em ambulâncias para outros centros médicos da cidade.

Ainda vão decidir se também serão evacuados os moradores de áreas que ficam abaixo do nível do mar nas áreas de Battery Park City em Manhattan, Coney Island no Brooklyn, Hacer Rockaways no Queens e alguns bairros de Staten Island.

As autoridades suspenderam até segunda-feira todas as obras e orientaram que os cidadãos evitem visitar parques e jardins pelo risco de quedas de árvores e praias pelas fortes ondas perante a chegada do "Irene", o primeiro furacão a ameaçar o território americano desde 2008, quando "Ike" atingiu o Texas.

O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos em seu último boletim assinalou que "Irene", de categoria 2, perdeu intensidade ao reduzir seus ventos máximos sustentados a 165 km/h, enquanto suas bandas externas de chuvas se aproximam da costa leste do país.

Furacão Irene: prefeito de Nova York ordena evacuação obrigatória

NUEVA YORK, EUA, 26 Ago 2011 (AFP) -O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, ordenou nesta sexta-feira a evacuação obrigatória de vários bairros vulneráveis de Nova York diante da chegada do furacão Irene, uma medida que afetará pelo menos 250 mil pessoas.

O prefeito também anunciou que todos os transportes públicos ficarão paralisados a partir do meio-dia de sábado, e recomendou aos nova-iorquinos que permaneçam em suas casa durante 24 horas a partir de sábado à noite.

Os setores atingidos pela evacuação são sobretudo Coney Island e Manhattan Beach, em Brooklyn, Far Rockaway e Broad Channel, em Queens, e outras áreas costeiras de Staten Island.

"O perigo é grande", declarou o prefeito, que pediu prudência aos cidadãos.

Prova para revalidar diploma de médico formado no exterior é adiada para setembro


O Ministério da Saúde informou hoje (26) que as datas para aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) – destinado a profissionais de saúde com formação no exterior – foram alteradas.
As provas teóricas (objetivas e discursivas) não serão mais aplicadas no próximo domingo (28). A nova data é 11 de setembro. No caso da prova de habilidades clínicas, agendada para 1º de outubro, a aplicação será feita em 15 de outubro.
De acordo com a pasta, o exame será conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em colaboração com a Subcomissão de Revalidação de Diplomas Médicos, formada por representantes dos ministérios da Saúde, da Educação e das Relações Exteriores, além da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Ciro é condenado a pagar R$ 100 mil de indenização para Collor

Fernando Collor processou Ciro Gomes (foto) por conta de uma entrevista concedida em 1999
Fernando Collor processou Ciro Gomes (foto) por conta de uma entrevista concedida em 1999



O ex-presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE) foi condenado a pagar uma indenização por danos morais de R$ 100 mil ao senador Fernando Collor (PTB-AL).
A decisão foi tomada no dia 8 de agosto pelo juiz Marcos Roberto de Souza Bernicchi, da 5º Vara Cível de São Paulo. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça de SP.
Collor processou Ciro por conta de uma entrevista feita em 1999. Nela, o ex-presidenciável diz que o ex-presidente Lula deveria ter chamado o senador de "playboy safado" e "cheirador de cocaína" nas eleições de 1989.

Ciro afirmou ainda que teria dado uma "porrada" em Collor.
"O fato, incontroverso, é apenas um: o autor [Collor] teve exposta sua honra em razão de declaração do réu que lhe imputou a pecha de cheirador de cocaína e safado", diz o juiz na decisão.
Segundo Souza Bernicchi, "não existe qualquer dúvida de que tais expressões tenham sido proferidas com intenção clara de ofender o autor, mesmo porque escapam plenamente a qualquer campo do debate político e ingressam em seara pessoal que jamais deve ser exposta".
O escritório que defende Ciro Gomes foi procurado pela reportagem, mas não se pronunciou.

Estudante de 15 anos agride diretora com chute dentro de escola em Contagem


A diretora de uma escola pública de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte) foi agredida por um aluno na noite desta quinta-feira (25). A agressão foi gravada com o celular de uma pessoa que presenciou a agressão.


O vídeo, exibido no "MGTV", da TV Globo, mostra a diretora levando um chute no corredor da escola municipal Maria Silva Lucas, depois de repreender o aluno. O estudante de 15 anos ainda ameaça a mulher, dizendo que iria matá-la.


No início da noite, após o estudante que cursa o sexto ano deixar o estabelecimento, houve uma tentativa de invasão à escola pelos fundos. A Guarda Municipal e a Polícia Militar foram acionadas e quando chegam à escola, no bairro Laguna, os suspeitos já haviam fugido.
A polícia investiga se a tentativa de invasão está relacionada às ameaças feita pelo estudante.
A diretora registrou um boletim de ocorrência pela agressão. A polícia foi até a casa do adolescente, mas não encontrou nem o estudante nem pais ou responsáveis.
A reportagem também não conseguiu localizar seus responsáveis.
A Secretaria Municipal de Educação de Contagem, responsável pela escola, não havia se pronunciado sobre a agressão até a tarde desta sexta-feira.





Obama antecipa retorno de férias por causa do furacão "Irene"


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu antecipar para hoje seu retorno de férias para Washington perante a iminente chegada do furacão "Irene" à costa leste do país, informou a Casa Branca.
Obama voltará nesta mesma noite das férias de verão em Martha's Vineyard, em Massachusetts, e sua esposa e filhas voltarão amanhã de manhã como estava previsto inicialmente, disse a Casa Branca.
Nesta sexta-feira, o presidente americano, Barack Obama, fez um alerta para que os americanos levassem o furacão a sério e pediu que cumpram as ordens de evacuação, pois o furacão pode ser "extremamente perigoso e custoso".
"Tudo indica que será um furacão histórico", disse Obama.
O diretor do Centro Nacional de Furacões, Bill Read, disse que os ventos da tempestade tropical, que devem atingir o Estado da Carolina do Norte nesta tarde, chegarão à região Nova Inglaterra, onde fica Nova York, durante o final de semana. Cerca de 55 milhões de pessoas se encontram na rota do furacão e dezenas de milhares estão evacuando as cidades.
A Nasa indicou que o diâmetro do furacão Irene é de cerca de 800 quilômetros, no entanto, ele se mantém como um ciclone de categoria 2 na escala de intensidade Saffir-Simpson de um máximo de cinco, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) em seu boletim das 12h (horário de Brasília).
Vários Estados declararam estado de emergência, além de ordenar o fechamento dos balneários na zona costeira. Nova York cancelou diversos eventos esportivos que estavam programados para o final de semana.

Obama diz que furacão Irene é "extremamente perigoso"


CHILMARK, EUA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu nesta sexta-feira os norte-americanos sobre os riscos da passagem pelo país do furacão Irene e cobrou que obedeçam as ordens para deixar áreas que estão na rota da tempestade, que provavelmente será "extremamente perigosa".
"Todas as indicações apontam que será um furacão histórico", afirmou Obama em declaração a repórteres na propriedade onda passa férias, numa ilha no litoral de Boston.
Cinquenta e cinco milhões de pessoas estão na rota do furacão Irene, dos Estados de Carolina do Norte e Sul a Cape Cod, na Costa Leste do país, e dezenas de milhares estão deixando cidades como Nova York e Washington, que devem ser atingidas fortemente pela tempestade.

Forças pró-Kadhafi mataram mais de 150 prisioneiros em Trípoli (chefe rebelde)

TRÍPOLI, Líbia, 26 Ago 2011 (AFP) -As forças leais ao coronel Muamar Kadhafi mataram mais de 150 prisioneiros em Trípoli antes de fugir diante do avanço dos rebeldes, afirmou nesta sexta-feira à AFP Abdel Nagib Mlegta, responsável pelas operações militares da rebelião na capital.

"Houve episódios de vingança nas últimas horas antes da queda do regime. Em Bab Al Aziziya (quartel-general de Kadhafi tomado na terça-feira) houve um massacre. Mataram mais de 150 prisioneiros. Os guardas o fizeram antes de fugir", declarou.

Forças pró-Kadhafi mataram mais de 150 prisioneiros em Trípoli (chefe rebelde)

TRÍPOLI, Líbia, 26 Ago 2011 (AFP) -As forças leais ao coronel Muamar Kadhafi mataram mais de 150 prisioneiros em Trípoli antes de fugir diante do avanço dos rebeldes, afirmou nesta sexta-feira à AFP Abdel Nagib Mlegta, responsável pelas operações militares da rebelião na capital.

"Houve episódios de vingança nas últimas horas antes da queda do regime. Em Bab Al Aziziya (quartel-general de Kadhafi tomado na terça-feira) houve um massacre. Mataram mais de 150 prisioneiros. Os guardas o fizeram antes de fugir", declarou.

Subsecretário do Rio é acusado de atropelar pedestre


Segundo testemunhas, Alexandre Felipe estava embriagado. Ele integrava até fevereiro deste ano a equipe da Operação Lei Seca

O subsecretário de Governo da Região Metropolitana do Rio, Alexandre Felipe, atropelou uma pessoa na madrugada desta sexta-feira (26) na Estrada do Engenho do Mato, no bairro de Itaipu, Região Oceânica de Niterói. Segundo testemunhas, ele estava embriagado durante a ocorrência.
A situação em que aconteceu o atropelamento ainda não foi esclarecida. A ocorrência está sendo investigada pela 81ª DP (Itaipu), que ainda não forneceu detalhes sobre o caso. Inicialmente, o Corpo de Bombeiros havia informado que seis pessoas tinham sido atropeladas.
Alexandre Felipe integrava até fevereiro deste ano a equipe da Operação Lei Seca. Em nota, o Governo do Estado do Rio lamentou o ocorrido e declarou que “cabe ao subsecretário responder como todo cidadão comum”. Por enquanto, não há informações sobre o estado de saúde da vítima.
*com informações da Agência Estado

Explosão é registrada na sede da ONU na Nigéria


Ataque a bomba no prédio das Nações Unidas na capital do país, Abuja, deixa mortos e provoca danos graves

Uma grande explosão atingiu nesta sexta-feira a sede da Organização das Nações Unidas em Abuja, capital da Nigéria, destruindo parte do prédio e deixando vários mortos. Uma autoridade da organização em Genebra disse se tratar de um ataque a bomba.
Segundo testemunhas, a explosão teria sido provocada por um carro-bomba que passou pelos portões do prédio da ONU e estava estacionado bem próximo ao edifício de quatro andares. Segundo um repórter da BBC que está no local, o primeiro andar sofreu danos graves. Serviços de emergência retiram corpos do edifício enquanto dezenas de feridos são levados ao hospital.
O número de vítimas ainda não foi divulgado, mas um funcionário da Unicef que estava no prédio, Michael Ofilaje, disse ter visto "diversos corpos espalhados". Segundo a ele, a explosão pareceu ter acontecido no subsolo e balançou todo o prédio.
Não há informações sobre quantas pessoas estavam no edifício no momento da explosão, mas cerca de 400 funcionários trabalham no local. O prédio da ONU está localizado no mesmo distrito onde ficam a Embaixada dos EUA em Abuja, além de outras representações diplomáticas.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela explosão, mas a Nigéria, que é rica em petróleo, enfrenta diversas ameaças terroristas. No ano passado, um grupo militante do Delta do Níger, conhecido como Boko Haram, explodiu carros-bomba na capital durante a comemoração dos 50 anos da independência do país, deixando 12 mortos.
A Nigéria tem uma população de 150 milhões e está dividida em um sul majoritariamente cristão e um norte muçulmano. O país vem enfrentando uma crescente ameça por parte do Bolo Haram, uma seita radical muçulmana que quer implementar a sharia, código de leis do islamismo
No começo do mês, o comandante americano de operações militares na África, Carter Ham, disse que o Boko Horam poderia estar se aliando a grupos ligados à Al-Qaeda para coordenar ataques na Nigéria. “Acho que é a coisa mais perigosa que pode acontecer não só aos africanos, mas para nós também”, disse Carter.

Ataque rebelde à capital líbia começou com trabalho cuidadoso


Rebeldes planejaram revolta dentro de Trípoli, com contrabando de armamentos e mobilização da população com protestos pós-orações







Foto: AP
Opositores líbios comemoram colocação de bandeira rebelde no distrito de Abu Salim, em Trípoli


Entre os líderes rebeldes foi chamada de zero hora o momento em que os moradores de Trípoli se levantariam contra as forças de Muamar Kadafi, depois de uma guerra de seis meses no deserto que não conseguiu acabar com a permanência de 42 anos no poder do líder.
Mas o levante não se materializou, em parte porque uma sangrenta repressão das forças de Kadafi contra manifestantes em fevereiro servia de impedimento às pessoas dentro de Trípoli que pudessem pensar em tentar desafiar a autoridade do governo.
Assim, os líderes rebeldes começaram a planejar sua revolta dentro da própria capital. Ao longo das últimas semanas, eles contrabandearam armas para Trípoli e as esconderam em casas seguras. Eles espalharam a notícia entre os revolucionários locais de que protestos generalizados começariam após as orações noturnas do Ramadã no dia marcado.
Eles escolheram 20 de agosto, data que também marca o aniversário da libertação de Meca pelo profeta Maomé. No fim, foi a revolta de sábado em Trípoli - combinada com um avanço dos rebeldes militares para a capital em três frentes - que oprimiu os soldados sitiados de Kadafi, embora o conflito continue na capital.
Mesmo com a rebelião esfarrapada da Líbia ainda assolada por divisões internas, entrevistas com líderes rebeldes, diplomatas e funcionários da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em Washington revelam que as forças rebeldes foram capazes de elaborar um plano cuidadoso para o ataque final a Trípoli que se desdobrou com uma rapidez que poucos tinham previsto.
Eles foram ajudados pelo fornecimento constante de armas, medicamentos, combustível e alimentos por tropas britânicas, francesas e do Catar e uma campanha de bombardeios aéreos da Otan. Centenas de rebeldes participaram de treinamentos militares secretos dentro do Catar.
Forças rebeldes também avançaram sobre a capital líbia de barco, em uma flotilha que partiu de Misrata em uma operação que os rebeldes chamaram de Sereia da Aurora.
Com o regime em colapso, autoridades americanas disseram que os assessores mais próximos a Kadafi ligaram às pressas para vários oficiais do governo Obama, incluindo o embaixador dos Estados Unidos Gene Cretz e o secretário de Estado adjunto Jeffrey Feltman para tentar mediar uma trégua. No entanto, os líbios nunca prometeram que Kadafi cederia o poder, segundo os oficiais americanos, e as ligações não foram levadas a sério.
Ponto de virada
Autoridades dos Estados Unidos disseram que, mesmo que a luta no leste da Líbia esteja em um impasse, os guerrilheiros que operam nas acidentadas Montanhas Nafusah no oeste ganharam terreno contra as forças de Kadafi ao cortar o fornecimento à capital.
Os rebeldes que operam no oeste fizeram progressos em relação ao mês passado, seguindo para o norte, em direção à costa do Mediterrâneo, e apreendendo uma refinaria de petróleo em expansão no Zawiya, apenas 50 quilômetros a oeste de Trípoli. Ao longo do caminho, de acordo com um oficial sênior da Otan, os rebeldes lutaram contra mercenários do Chade e de outros países africanos que Kadafi alistou para reforçar suas sobrecarregadas Forças Armadas.
Várias autoridades americanas disseram que a queda de Zawiya pode ter sido o ponto de virada da campanha, uma vez que sufocou quase todo o fornecimento de combustível para o governo em Trípoli. "Isso sinalizou que o fim pode estar próximo", disse um oficial da defesa na segunda-feira.
Os rebeldes foram reabastecidos com armas das forças especiais do Catar e fotografias feitas com satélites dos militares britânicos e franceses. Para elevar a moral, os Estados Unidos divulgaram trechos de conversas telefônicas interceptadas em que os comandantes do Exército da Líbia reclamavam da escassez desesperada de alimentos, água e munições.
Fortalecimento
A ofensiva dos rebeldes fortaleceu a oposição em outras partes do país. Autoridades dos EUA e da Otan descreveram um ataque cuidadosamente coordenado contra Trípoli, que buscava levar os combatentes leais a Kadafi para as estradas onde os aviões da Otan poderiam bombardeá-los.
Esses ataques, concentrados a oeste de Trípoli, foram coordenados com o levante de sábado na própria capital. "Tudo aconteceu junto e com mais rapidez do que muitos esperavam, mas não era exatamente uma coincidência", disse o diplomata.
Grupos rebeldes romperam as linhas de defesa estabelecidas há muito tempo e se aproximaram de Trípoli pelo sul e leste. Isso forçou as tropas do governo líbio a atuar em campo aberto, permitindo que aviões de guerra aliados realizassem ataques consecutivos, disse um oficial sênior da Otan na segunda-feira.

O ataque rebelde à capital líbia inspirou alguns moradores da capital a realizar o levante planejado, de acordo com entrevistas com alguns líderes rebeldes na segunda-feira. No fim de semana, os moradores "chegaram à decisão de agir", disse Yusuf Muhammed, que aconselha uma brigada de elite rebelde formada por lutadores de Trípoli.
Havia outra razão para os protestos, de acordo com vários líderes rebeldes. Os rebeldes esperavam que as tropas do governo líbio tentassem derrotar o levante usando armas de grande calibre como mísseis antiaéreos - tornando mais fácil para aviões de guerra da Otan localizar os esconderijos das tropas de Kadafi.
Certamente, quando os protestos começaram na noite de sábado, as tropas de Kadafi estavam esperando diante das mesquitas e começaram a disparar contra os manifestantes, de acordo com vários moradores que disseram ter testemunhado a violência.
Na manhã de domingo, cerca de 600 combatentes rebeldes de Trípoli foram enviados para reforçar o grupo avançando sobre a capital pelo oeste, de acordo com líderes rebeldes. Cerca de 100 membros da unidade receberam treinamento especializado no Catar, de acordo com Muhammed.
Mas o avanço dos rebeldes em Trípoli foi quase frustrado na manhã de domingo, quando uma coluna das forças do governo líbio tentou flanquear os rebeldes e retomar Zawiya. Enquanto as tropas de Kadafi abordavam Zawiya, no entanto, aviões de guerra da Otan bombardeavam o comboio antes ele que pudesse chegar à cidade estratégica.
Isso foi parte de um intenso bombardeio aéreo da Otan que continuou durante todo o dia no domingo. Aviões da Otan realizaram cerca de 50 missões de ataque em um dia. Entre os mais sensíveis estavam os ataques a bunkers que o governo criou em edifícios civis em Trípoli, em um esforço para afastar ataques aliados.
Foto: NYT
Fumaça toma céu de Trípoli depois de intensos combates entre rebeldes e forças de leais a Kadafi

Com a vigilância constante dos aviões Predator para monitorar o "padrão de vida" nos edifícios por dias ou semanas, os aviões de guerra aliados atacaram as estruturas apenas depois de determinarem que os militares estavam usando os prédios, disseram oficiais da Otan.
Um dos alvos da Otan era uma base usada pela temida Brigada 32, uma unidade de ataque urbano comandada por Khamis, um dos filhos de Kadafi. Líderes rebeldes esperavam que a brigada de Khamis formaria um "anel de aço" em torno de Trípoli – a última defesa do regime de Kadafi.
Mas os combatentes rebeldes disseram que quando chegou o fim de semana, apenas cerca de 50 soldados defendiam a base. Isso fez com que os líderes rebeldes se perguntassem se o temido grupo de apoiadores de Kadafi havia sido derrotado ou se tinha simplesmente dispersado para retomar a luta em outro dia.
Leia também:

Distância entre EUA e América Latina cresce no pós-11 de Setembro


'Imperialismo americano' se torna peça de museu e Brasil fica em destaque, mas especialistas cobram definição clara de seu papel


Foto: AE
Policiais militares entram em confronto com manifestantes que protestavam contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) na Avenida Paulista em 20/04/2001

Em abril de 2001, um grupo de estudantes entrou em confronto com a Polícia Militar na Avenida Paulista. Eles protestavam contra a Alca – a Área de Livre Comércio das Américas, que pretendia estabelecer a livre circulação de mercadorias do Alasca à Terra do Fogo –, e contra o “imperialismo americano”, que  viam expresso no acordo comercial. A manifestação terminou com vários feridos e vitrines depredadas. Cinco meses mais tarde, a tensão do quebra-quebra pareceria deslocada. Dez anos depois, a Alca é apenas um projeto que nunca saiu do papel.



Com os ataques do 11 de Setembro, a relação entre os EUA e a América Latina mudou. As negociações comerciais com os países da região, que já não eram a prioridade número um dos americanos no mundo, deram lugar a vagas conversas sobre segurança e narcotráfico, o líder cubano Fidel Castro e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Aquela terça-feira em Nova York e Washington deixou a região ainda mais de lado. Os EUA passaram a se concentrar no Afeganistão e no Iraque, o que acelerou algumas mudanças que vinham acontecendo lentamente.
Ao longo da década, os presidentes recém-eleitos nos países da América Latina passaram não apenas a pregar, mas também a praticar, certa independência em relação aos EUA. Não é pouca coisa. Entre ressentimentos e empolgação na região e medidas mais duras (apoio a golpes militares) ou mais suaves (programas de cooperação econômica) dos EUA, a primazia americana sempre fora um fato da natureza.

Mas, como resumiu um documento de 2008 do Council on Foreign Relations, um dos principais institutos de pesquisa sobre relações exteriores dos EUA, a Doutrina Monroe, proferida pelo presidente americano James Monroe em 1823, acabou.
A doutrina estabelecia que os interesses dos países da região e dos EUA eram os mesmos – e Washington conseguia, na maior parte das vezes, definir quais eram eles. Ou, como definiu o então embaixador brasileiro em Washington, Juraci Magalhães, em 1964: “O que é bom para os EUA é bom para o Brasil.” Segundo especialistas ouvidos pelo iG, o 11 de Setembro acelerou esse processo de distanciamento.
A lenta separação

Mudanças em relações entre países não acontecem de uma hora para outra, mas alguns fatores as aceleram. No caso da América Latina, o que mais se destaca após o 11 de Setembro é a ascensão gradual de governos de esquerda e centro-esquerda, eleitos no esteio das crises econômicas dos anos 1990.
Foi o caso, por exemplo, da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e até na América Central, como em El Salvador e Nicarágua. Presidentes como o boliviano Evo Morales, o equatoriano Rafael Correa e até Luiz Inácio Lula da Silva atribuíram, em graus diferentes, os problemas da região às medidas, segundo eles, impostas pelos EUA e aceitas por seus antecessores, como privatização de empresas e abertura da economia.
A novidade é que, diferente do que aconteceu entre os anos 1960 e 1980, os EUA não intervieram pesadamente para barrar a ascensão desses governos – e não se pode acusar George W. Bush (2001-2009) de ser um presidente pouco disposto a interferir.
Basta lembrar, por exemplo, as ações do governo de Ronald Reagan (1981-1989), que Bush sempre admirou, em equipar com armas os oponentes dos sandinistas na Nicarágua. “Antes do 11 de Setembro, a agenda dos EUA para a região era comércio”, disse Shannon O'Neil, especialista em América Latina do Council on Foreign Relations. “Depois, passou a ser segurança”, afirmou, lembrando que a América Latina sempre foi uma das regiões mais calmas do planeta.
Quando Chávez foi vítima de um golpe na Venezuela, em 2002, os golpistas contavam com os americanos para se manter no poder. Não conseguiram. As relações com Cuba também se mantiveram ruins, mas sem grandes interferências – Fidel passou o bastão para o irmão Raúl Castro em 2008, e não há notícias de que mercenários tenham tentando matá-lo, como aconteceu na década de 1960.
A única inflexão aconteceu na Colômbia. Por conta da ameaça terrorista das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do narcotráfico, o país estreitou laços com os EUA. Foi uma das poucas nações, por exemplo, que mantiveram bases americanas em seu território. Mas a Colômbia foi uma exceção, e o México nunca foi uma questão por conta das fronteiras em comum, dos estreitos laços econômicos e da grande comunidade mexicana que vive no outro lado do Rio Grande.
Cerca de 80% das exportações do México são para os EUA, por exemplo. No caso do Brasil, esse número é de 10% - e já foi maior. No começo da década de 2000, o principal destino das exportações do Brasil eram os EUA. Hoje, é a China. Os EUA também perderam espaço em outros países. Quem mais compra da Argentina? O Brasil. Da Bolívia? O Brasil também.
Como explica Pio Penna, professor de relações internacionais da Universidade de Brasília: “O 11 de Setembro redefiniu a agenda americana. Antes dele, a tônica era globalização e integração regional. A agenda econômica, de globalização, de integração financeira, caiu drasticamente após os ataques. A temática da segurança cresceu, e isso conteve os processos de integração.” A relação só aumentou onde os interesses eram comuns – o que não era o caso de muitos dos países da região. Nesse cenário, o Brasil cresceu.
Para onde ir?
Apesar da retórica antiamericana, Chávez continuou exportando petróleo para os EUA. E, mesmo que Chávez não seja palatável para os americanos, a grande parte do petróleo consumido por eles vem da América Latina. Mesmo com todas as suas diferenças, Lula recebeu Bush em São Paulo, em 2007, com sorrisos, piadas e reuniões de negócio.
Afinal, o país continua sendo o principal destino de bens de valor agregado do Brasil, como lembra o embaixador brasileiro nos EUA durante o segundo mandato do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), Rubens Barbosa. Mas, no final das contas, os anos 2000 foram a década da desconfiança.
Peter Hakim, presidente emérito do Inter-American Dialogue, uma organização especializada nas relações entre os países do continente, explica que a imagem dos EUA, que já não era boa, piorou com o 11 de Setembro por conta “do Iraque e da (base dos EUA na Baía de) Guantánamo e da confiança excessiva no uso da força”.

Segundo ele, isso ocorreu ao mesmo tempo em que os países da América Latina começaram a crescer economicamente e a amenizar alguns de seus problemas históricos, como a pobreza. Consequentemente, passaram a confiar mais em si mesmos – e menos nos EUA – para resolver seus problemas.
Com o ocaso do governo Bush e a eleição de Barack Obama em 2008, as relações melhoraram, a pauta abriu – energia limpa, cooperação econômica -, mas não se definiu. O que ficou evidente é que o Brasil se tornou o principal país da região, por conta do seu poder econômico, estabilidade política e liderança em negociações comerciais na Organização Mundial do Comércio (OMC) e políticas na Organização das Nações Unidas (ONU). Antigos rivais, como Argentina e México, tinham de lidar com seus próprios problemas econômicos e sociais.
Ainda não está claro, porém, qual papel o Brasil pretende ter além de se afirmar como um país relevante. Saiu a desconfiança, mas ainda não entrou nada no lugar.
Como Hakim disse, o Brasil precisa decidir, primeiro, se quer liderar a integração da América do Sul e, caso a resposta seja positiva, como essa integração acontecerá. “Segundo, o Brasil tem de decidir se vê a si mesmo como um líder da América Latina, e quer representar a região internacionalmente, ou se vê seu futuro principalmente como um ator global que, por acaso, está na América Latina”, afirmou. Finalmente, o Brasil tem de decidir se os EUA são apenas “um grande, poderoso e rico país ou se são um aliado e parceiro”.
Todos os especialistas ressaltam que o cenário não está congelado. A influência da China no mundo tem aumentado e o país asiático já é o principal destino das exportações do Brasil, por exemplo, mas não está claro que tipo de liderança pretende ter no planeta.
Isso pode levar, em longo prazo, a uma aliança entre EUA e Brasil para manter a América sob sua influência e defender seus valores, como a democracia liberal. Não é fácil. Para isso, “os EUA ainda precisam reconhecer a importância de outras nações”, disse Shannon O’Neil. “E o Brasil e a América Latina precisam assumir os novos desafios que têm pela frente”, completou. O fato é que, dez anos depois dos atentados, o “imperialismo americano” na América Latina é um retrato envelhecido na parede.