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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

No aniversário de Darcy Ribeiro, leia trecho de "O Povo Brasileiro"

Nascido em Montes Claros, Minas Gerais, em 26 de outubro de 1922, Darcy Ribeiro foi um destacado antropólogo e político brasileiro. Além de ensaísta e romancista --membro da Academia Brasileira de Letras--, destacou-se como educador, chegou a ser ministro da Educação e colaborou decisivamente para a fundação da Universidade de Brasília (UNB).


Professor Darcy Ribeiro durante discurso na Fundação Getúlio Vargas, no Rio, em 1977
Professor Darcy Ribeiro durante discurso na Fundação Getúlio Vargas, no Rio, em 1977



Darcy estudou ciências sociais na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, graduando-se em 1946. Trabalhou com indígenas do Centro-Oeste e do Norte, contribuiu para a criação do Museu do Índio e do parque do Xingu.
Foi exilado após o golpe de 1964, retornou ao Brasil em 1976. Nesse período dedicou-se a importantes estudos antropológicos. O último volume desse trabalho, "O Povo Brasileiro", foi publicado apenas em 1995.
No livro, o autor investiga a formação do povo brasileiro e as configurações que tomou ao longo dos séculos, projeto sem precedentes quando foi concebido. Darcy morreu de câncer aos 74 anos, no dia 17 de fevereiro de 1997.
Leia, abaixo, trecho da introdução da obra.
Atenção: o texto reproduzido abaixo mantém a ortografia original do livro e não está atualizado de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico. Conheça o livro "Escrevendo pela Nova Ortografia".
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O Brasil e os brasileiros, sua gestação como povo, é o que trataremos de reconstituir e compreender nos capítulos seguintes. Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos.
Nessa confluência, que se dá sob a regência dos portugueses, matrizes raciais díspares, tradições culturais distintas, formações sociais defasadas se enfrentam e se fundem para dar lugar a um povo novo (Ribeiro 1970), num novo modelo de estruturação societária. Novo porque surge como uma etnia nacional, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras, fortemente mestiçada, dinamizada por uma cultura sincrética e singularizada pela redefinição de traços culturais delas oriundos. Também novo porque se vê a si mesmo e é visto como uma gente nova, um novo gênero humano diferente de quantos existam.
Povo novo, ainda, porque é um novo modelo de estruturação societária, que inaugura uma forma singular de organização socioeconômica, fundada num tipo renovado de escravismo e numa servidão continuada ao mercado mundial. Novo, inclusive, pela inverossímil alegria e espantosa vontade de felicidade, num povo tão sacrificado, que alenta e comove a todos os brasileiros.
Velho, porém, porque se viabiliza como um proletariado externo. Quer dizer, como um implante ultramarino da expansão européia que não existe para si mesmo, mas para gerar lucros exportáveis pelo exercício da função de provedor colonial de bens para o mercado mundial, através do desgaste da população que recruta no país ou importa.
A sociedade e a cultura brasileiras são conformadas como variantes da versão lusitana da tradição civilizatória européia ocidental, diferenciadas por coloridos herdados dos índios americanos e dos negros africanos. O Brasil emerge, assim, como um renovo mutante, remarcado de características próprias, mas atado genesicamente à matriz portuguesa, cujas potencialidades insuspeitadas de ser e de crescer só aqui se realizariam plenamente.
A confluência de tantas e tão variadas matrizes formadoras poderia ter resultado numa sociedade multiétnica, dilacerada pela oposição de componentes diferenciados e imiscíveis. Ocorreu justamente o contrário, uma vez que, apesar de sobreviverem na fisionomia somática e no espírito dos brasileiros os signos de sua múltipla ancestralidade, não se diferenciaram em antagônicas minorias raciais, culturais ou regionais, vinculadas a lealdades étnicas próprias e disputantes de autonomia frente à nação.
As únicas exceções são algumas microetnias tribais que sobreviveram como ilhas, cercadas pela população brasileira. Ou que, vivendo para além das fronteiras da civilização, conservam sua identidade étnica. São tão pequenas, porém, que qualquer que seja seu destino, já não podem afetar à macroetnia em que estão contidas.
O que tenham os brasileiros de singular em relação aos portugueses decorre das qualidades diferenciadoras oriundas de suas matrizes indígenas e africanas; da proporção particular em que elas se congregaram no Brasil; das condições ambientais que enfrentaram aqui e, ainda, da natureza dos objetivos de produção que as engajou e reuniu.
Essa unidade étnica básica não significa, porém, nenhuma uniformidade, mesmo porque atuaram sobre ela três forças diversificadoras. A ecológica, fazendo surgir paisagens humanas distintas onde as condições de meio ambiente obrigaram a adaptações regionais. A econômica, criando formas diferenciadas de produção, que conduziram a especializações funcionais e aos seus correspondentes gêneros de vida. E, por último, a imigração, que introduziu, nesse magma, novos contingentes humanos, principalmente europeus, árabes e japoneses. Mas já o encontrando formado e capaz de absorvê-los e abrasileirá-los, apenas estrangeirou alguns brasileiros ao gerar diferenciações nas áreas ou nos estratos sociais onde os imigrantes mais se concentraram.
Por essas vias se plasmaram historicamente diversos modos rústicos de ser dos brasileiros, que permitem distingui-los, hoje, como sertanejos do Nordeste, caboclos da Amazônia, crioulos do litoral, caipiras do Sudeste e Centro do país, gaúchos das campanhas sulinas, além de ítalo-brasileiros, teuto-brasileiros, nipo-brasileiros etc. Todos eles muito mais marcados pelo que têm de comum como brasileiros, do que pelas diferenças devidas a adaptações regionais ou funcionais, ou de miscigenação e aculturação que emprestam fisionomia própria a uma ou outra parcela da população.
A urbanização, apesar de criar muitos modos citadinos de ser, contribuiu para ainda mais uniformizar os brasileiros no plano cultural, sem, contudo, borrar suas diferenças. A industrialização, enquanto gênero de vida que cria suas próprias paisagens humanas, plasmou ilhas fabris em suas regiões. As novas formas de comunicação de massa estão funcionando ativamente como difusoras e uniformizadoras de novas formas e estilos culturais.
Conquanto diferenciados em suas matrizes raciais e culturais e em suas funções ecológico-regionais, bem como nos perfis de descendentes de velhos povoadores ou de imigrantes recentes, os brasileiros se sabem, se sentem e se comportam como uma só gente, pertencente a uma mesma etnia. Vale dizer, uma entidade nacional distinta de quantas haja, que fala uma mesma língua, só diferenciada por sotaques regionais, menos remarcados que os dialetos de Portugal. Participando de um corpo de tradições comuns mais significativo para todos que cada uma das variantes subculturais que diferenciaram os habitantes de uma região, os membros de uma classe ou descendentes de uma das matrizes formativas.
Mais que uma simples etnia, porém, o Brasil é uma etnia nacional, um povo-nação, assentado num território próprio e enquadrado dentro de um mesmo Estado para nele viver seu destino. Ao contrário da Espanha, na Europa, ou da Guatemala, na América, por exemplo, que são sociedades multiétnicas regidas por Estados unitários e, por isso mesmo, dilaceradas por conflitos interétnicos, os brasileiros se integram em uma única etnia nacional, constituindo assim um só povo incorporado em uma nação unificada, num Estado uniétnico. A única exceção são as múltiplas microetnias tribais, tão imponderáveis que sua existência não afeta o destino nacional.
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"O Povo Brasileiro" (Edição de Bolso)
Autor: Darcy Ribeiro
Editora: Companhia de Bolso
Páginas: 440
Quanto: R$ 25,08 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha






Filha de Che Guevara pediu para Chávez nacionalizar imprensa venezuelana

Lima, 26 out (EFE).- Aleida Guevara, uma das filhas do líder revolucionário Ernesto Che Guevara, revelou nesta quarta-feira em Lima que certa vez pediu ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, que nacionalizasse a imprensa de seu país.

"Eu disse a Chávez: é preciso nacionalizar a imprensa, a imprensa é muito importante para dizer as verdades ao povo; se você diz uma coisa e a imprensa diz o contrário, em quem vão acreditar? É muito difícil para um cidadão perceber o que acontece sem uma informação adequada", afirmou Aleida durante uma entrevista coletiva realizada na sede do Congresso do Peru.

A filha de Che, de 51 anos e pediatra, criticou a imprensa mundial porque, segundo considerou, a informação é manipulada e "paga por interesses estrangeiros", enquanto, segundo seu critério, em Cuba existe liberdade de expressão.

"A verdadeira liberdade de expressão é que nos levem em conta. Em Cuba não se aprova uma mudança realmente importante se não se discute e se chega a um consenso com a maioria. Isso para nós é verdadeira liberdade", afirmou.

Para a mais velha dos filhos do segundo casamento de Che, os ideais de seu pai seguem vigentes por meio de iniciativas como a Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) e pelo fato de Evo Morales ter sido eleito o primeiro presidente indígena da Bolívia.

Aleida também se referiu ao embargo econômico dos Estados Unidos a seu país que, segundo ela, "causou um dano humano que não pode ser calculado".

Antes de se casar com a cubana Aleida March, com quem teve quatro filhos, Ernesto Che Guevara esteve casado com a peruana Hilda Gadea, com quem teve sua primeira filha, Hilda Beatriz, que morreu em 1995.

Com vazamento de questões, Enem deve ser cancelado, dizem especialistas


A decisão do MEC (Ministério da Educação) de anular o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 dos 639 estudantes do colégio Christus, de Fortaleza, fere o princípio da igualdade do exame, segundo especialistas ouvidos pelo UOL Educação.
"Se você tem uma regra que foi violada, no caso o sigilo da prova, o processo inteiro foi violado e o exame inteiro deve ser cancelado", disse Anis Kfouri Junior, Presidente da Comissão Especial de Fiscalização da Qualidade do Serviço Público da OAB/SP (Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo).
Para Kfouri, a anulação do Enem somente para os alunos do colégio não atinge a extensão do problema: "Os alunos tiveram acesso às provas porque fizeram o simulado. Mas, o vazamento é mais grave, porque quem teve acesso não foram só os alunos, foram professores, funcionários. E o vazamento pode ter ocorrido não só nessa cidade. O que importa aqui não é o papel, é o conteudo. O simulado é apenas a prova do vazamento, mas não quer dizer que ele aconteceu só dessa maneira, pode ter sido por email, telefone", afirmou. 
Para o professor e doutor em direito administrativo, Alexandre Mazza, é inaceitável a aplicação de duas provas. "O princípio de um exame como esse é que todos os candidatos sejam avaliados pela mesma prova", disse Mazza. Ele também indica que o correto nesse caso seria a anulação de todo o exame: "O candidato que entrar com uma ação na Justiça consegue anular o Enem, desde que pegue um juiz com coragem".
O candidato que se sentiu prejudicado com a situação, pode adotar as seguintes medidas, segundo Kfouri: "Por se tratar de um procedimento administrativo do Ministério da Educação, o candidato pode protocolar um requerimento indicando como foi prejudicado e o que ele pede em contrapartida. O documento deve ser enviado para o próprio MEC. Também é possível entrar com uma medida judicial, na Justiça Federal, requerendo esse direito".





















































Histórico: problemas do Enem
A superintendência da PF (Polícia Federal) em Fortaleza (CE) informou, no final da tarde desta quarta-feira (26), que instaurou inquérito policial para investigar o vazamento de questões nas provas aplicadas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011.

Polícia Federal

O MEC protocolou hoje o pedido de investigação do caso à PF, mas agentes federais já tinham iniciado os levantamentos iniciais antes da chegada da solicitação. Segundo a PF, policiais já trabalhavam no monitoramento de informações e declarações dos estudantes do Ceará sobre o Enem 2011.
O ministério também descartou anular as questões a que os alunos do Colégio Christus, em Fortaleza, tiveram acesso antecipado. A afirmação foi feita na tarde desta quarta. Segundo a assessoria do ministério, anular os itens feriria a isonomia em relação aos outros estudantes do país, já que, em tese, somente os alunos do Christus tiveram acesso às questões do pré-teste. Ainda de acordo com o MEC, a discussão sobre os itens só surgiu na internet depois que as provas foram concluídas.
Segundo o diretor do colégio, Davi Rocha, “não é possível afirmar” que as questões saíram do banco de questões do MEC, mas que “imagina que tenha”. De acordo com ele, o Christus não teve acesso ao pré-teste, somente alguns estudantes –e que eles podem ter colocado os itens no banco do colégio.

Anulação das questões

O procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho disse que recomendou à presidente do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais), Malvina Tuttman, que sejam anuladas as questões que vazaram para todos os candidatos.
"Se vazou, como eu posso dizer que foi só para aquele pessoal. Eu disse [para a presidente do Inep] que essa solução [cancelar o exame só dos alunos do colégio Christus] não se sustenta. Eu coloquei na recomendação que esse era um concurso nacional e ela estava querendo dar uma solução local", disse Costa Filho.
O procurador afirma que anular todo o exame iria causar um dano muito grande, "a anulação parcial causaria menos trauma". "Tem candidatos vão gostar e os que não vão gostar. Mas esse é o remedio", disse.

Pelas redes sociais

Os itens deste simulado foram colocados em redes sociais na internet por estudantes na noite de terça-feira (25). Após a divulgação, o MEC (Ministério da Educação) confirmou que pelo menos nove questões eram idênticas às aplicadas no último final de semana.

Justiça manda soltar suspeitos de fraude no Detran-RJ


Eles são suspeitos de vender carteiras de habilitação. 
Grupo foi solto após término do prazo da prisão temporária.


A Justiça mandou soltar o grupo preso na sexta-feira (21) suspeito de fraude no Detran-RJ. No início da madrugada desta quarta-feira (26), nove suspeitos deixaram a carceragem da Polinter no Grajaú, na Zona Norte do Rio. Eles estavam presos havia cinco dias e foram soltos depois que o prazo da prisão temporária terminou.

O Ministério Público chegou a solicitar a prorrogação das prisões, mas o juiz da 43ª Vara Criminal do Rio não aceitou o pedido alegando que não haveria mais nenhum motivo para que os suspeitos continuassem presos.

Entre os suspeitos havia funcionários do Detran, despachantes, instrutores, donos de autoescolas e funcionários de clínicas médicas.
A fraude
De acordo com as investigações, o grupo era responsável pela venda de carteiras de habilitação. As imagens da Corregedoria do Detran mostram um casal, apontado pela polícia como integrante da quadrilha, sendo flagrado em pleno esquema de venda de uma carteira para um motociclista. O candidato sai da fila da prova prática, passa o dinheiro para a despachante e vai embora sem prestar o exame. Ele foi aprovado sem nenhum erro na prova prática.




Segundo as investigações, a quadrilha usava moldes de silicone com digitais de candidatos para assinar a presença deles. O grupo atuava em 11 municípios e emitia cerca de 200 carteiras por mês. O faturamento chegava a R$ 10 milhões por ano.

Apesar da liberação dos presos, outras 13 pessoas que tiveram mandados expedidos e não foram encontradas desde a semana passada ainda são procuradas pela polícia. Outros presos que estão em diferentes unidades prisionais devem ser liberados ainda nesta manhã.

Funcionária da Casas Bahia deve ser indenizada por uso de broche


Objeto tinha frases com dizeres 'Quer pagar quanto?' e 'Olhou, levou'.
Justiça entendeu que houve exposição da empregada a eventuais ofensas.


A 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, no Rio de Janeiro, decidiu que uma funcionária da Casas Bahia deverá ser indenizada em R$ 5 mil por dano moral por ter sido obrigada a usar um broche com os dizeres “Quer pagar quanto?” e “Olhou, Levou”. Ela alegou que isso foi motivo de constrangimento e sofrimento.
Em sua defesa, a Casas Bahia argumentou que os clientes da loja sabiam que as "frases e chavões" lançados nos broches eram ligados às promoções e que o uso de broche fazia parte da política de vendas da empresa e somente ocorria quando havia promoção e, ainda, que seu uso era restrito às dependências da loja. De acordo com os autos do processo, as testemunhas confirmaram que eram obrigadas a utilizar os broches porque eles faziam parte do uniforme.
Para o relator da decisão, juiz convocado Marcelo Antero de Carvalho, a obrigatoriedade do uso de broches com dizeres que dão margens a comentários desrespeitosos por parte de clientes e terceiros "configura violação do patrimônio imaterial do empregado".
O magistrado disse ainda na decisão que é irrelevante a ocorrência ou não de brincadeiras maliciosas, pois o uso do broche por si só configura uma exposição da empregada a eventuais reações desrespeitosas de clientes e terceiros.
"Constata-se, portanto, que os broches traziam dizeres que davam margem a ofensas à moral da empregada, não podendo se entender que a determinação de seu uso encontra-se albergada na esfera do poder diretivo do empregador. Dessa forma, evidencia-se que a reclamante demonstrou que o ato praticado pela ré ocasionou ferimento ao seu patrimônio imaterial, tendo jus à reparação por danos morais", diz o juiz Carvalho na decisão.
Procurada, a Casas Bahia disse que não irá comentar o caso.
 

Hacker exige resgate para 'liberar' e-mail de jornalista britânica


Rowenna Davis se recusou a pagar o equivalente a R$ 1,4 mil para ter acesso a seus contatos.


Um hacker que invadiu o e-mail de uma jornalista britânica pediu um resgate para devolver o acesso à conta e, quando confrontado, alegou 'não ter escolha' e disse que era bem melhor fazer isso do que roubá-la nas ruas.
Rowenna Davis percebeu que havia um problema quando começou a receber uma enxurrada de telefonemas de amigos e conhecidos durante uma reunião de trabalho.
Cerca de 5 mil contatos de sua lista de e-mails receberam uma mensagem da conta de Davis dizendo que ela havia sido roubada com uma arma na cabeça em Madri e que precisava de dinheiro urgentemente, já que tinha ficado sem seu telefone celular e seus cartões de crédito.
Enquanto alguns amigos mandaram mensagens dizendo que um hacker havia entrado na conta da jornalista, outros com menos experiência na internet ligaram querendo saber como mandar o dinheiro.
A jornalista Rowenna Davis (Foto: BBC)A jornalista Rowenna Davis (Foto: BBC)






Troca de mensagens
Frustrada, Rowenna Davis decidiu abrir uma nova conta de e-mail e mandar uma mensagem para o endereço do Gmail que havia sido invadido.
Na mensagem, dirigida 'àqueles que invadiram meu e-mail', ela dizia não poder trabalhar sem os contatos armazenados naquela conta e questionava a ética do hacker.
'Fiquei realmente surpresa quando, menos de 10 minutos depois, aparece essa resposta na nova conta de e-mail e é de mim mesma, do meu endereço. Alguém está sentado lá, dentro da minha conta, esperando para me responder. E essa pessoa dizia apenas: eu te dou seus contatos de volta por 500 libras (R$ 1,4 mil)', disse Davis à BBC.
Na mensagem seguinte, Davis afirmou não ter o dinheiro, questionou que garantias ela teria mesmo se pagasse o 'resgate' e confrontou o hacker, perguntando se ele se sentia mal por fazer aquilo.
A resposta dizia: 'Claro que não me sinto ótimo, mas não tenho escolha. É bem melhor que roubar você nas ruas. Eu dou minha palavra. Se você mandar o dinheiro, eu vou devolver o acesso à sua conta com todos os seus e-mails e contatos intactos.'
A mensagem da jornalista ao hacker (Foto: BBC)A mensagem da jornalista ao hacker (Foto: BBC)







Google
Tentando solucionar o problema, Davis entrou em contato com a empresa Google, dona do Gmail, mas não conseguiu ajuda.
'Não havia nenhum número de telefone para este tipo de problema, eu tive a ligação desconectada duas vezes e o escritório da Google se recusou a resolver meu problema, mesmo quando disse que era jornalista e que iria escrever sobre o caso. Isso é que me impressionou, porque a Google e o Gmail fazem muito dinheiro com a ideia de que eles são o lado humano da rede', afirmou Davis.
O caso acabou sendo resolvido através do amigo de um amigo que trabalhava na Google.
'Na verdade, quando eles resolveram sentar e mudar a senha, foi bem rápido.'
Um porta-voz da Google respondeu com a seguinte declaração:
'Na Google, levamos segurança online a sério. Estamos sempre desenvolvendo tecnologias para ajudar a proteger nossos usuários.'
Programa espião
Segundo especialistas, histórias como a de Rowenna Davis são cada vez mais comuns na internet.
'O jeito mais fácil é conseguir a sua senha, e há várias maneiras de se fazer isso. Às vezes, simplesmente olhando por cima do seu ombro quando você usa o computador em um café, no trem ou em lugares públicos. Eles também podem tentar adivinhar a senha através de informações pessoais em redes sociais, descobrindo seus passatempos, nomes de pessoas da família, de bichos de estimação, e além disso eles podem tentar meios técnicos, enviando mensagens que dizem 'a sua conta de e-mail será fechada, digite suas informações para evitar isso'', diz Tony Dyhouse, especialista em computação.
'No pior caso, eles podem colocar um spyware no seu computador (tecnologia que pode capturar tudo o que é digitado no teclado) que procura o momento em que você digita a senha e manda a informação para o criminoso.'
Após conseguir de volta o acesso a seu e-mail, Davis recebeu mais uma mensagem do hacker.
'Vejo que você conseguiu acesso à sua conta novamente. Desculpe o incômodo.'

Voo da Gol retorna da Argentina para o RS e passageiros reclamam


Problemas em um voo da Gol causaram tumulto no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na madrugada desta quarta-feira (26). Um voo que da companhia que sairia da capital gaúcha com destino a Buenos Aires por volta das 20h30 de terça-feira (25) acabou decolando apenas após as 22h.

Segundo relatos de passageiros, quando estava chegando à capital argentina, o comandante do voo informou que teriam que retornar para Porto Alegre porque não houve liberação para o pouso. O motivo seria obras na pista do aeroporto.

Já em Porto Alegre, os passageiros reclamaram que não teriam recebido assistência da companhia e passado a noite no aeroporto. A empresa teria informado falta de disponibilidade na rede hoteleira conveniada. A previsão seria que os passageiros fossem reacomodados em um novo voo nesta manhã.
Atendentes do balcão da Gol no Salgado Filho informaram que não tinham autorização para dar informações à imprensa.

A assessoria de imprensa da Infraero no aeroporto não tinha informações sobre o voo. O G1procurou a assessoria de imprensa da Gol para comentar o fato. Por celular, um assessor informou que não tinha informações sobre o ocorrido e iria retornar. A reportagem aguarda posicionamento da empresa.