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domingo, 2 de outubro de 2011

Crise da dívida e economia nacional centram congresso do Partido Conservador

Londres, 2 out (EFE).- A estratégia governamental para impulsionar o crescimento econômico no Reino Unido e a crise da dívida na zona do euro são os temas principais do congresso anual do Partido Conservador de David Cameron, realizado a partir deste domingo em Manchester.

Após 16 meses à frente da coalizão e com a popularidade quase intacta de acordo com as últimas pesquisas, o primeiro-ministro britânico chega ao encontro de sua legenda com a economia como principal assunto do programa.

Consciente de que a posição financeira britânica é o tema mais inquietante, Cameron deu exemplos das medidas que seu Executivo adotará para revitalizá-la.

"Estamos aquecendo os motores da economia britânica", declarou o premiê neste domingo em declarações ao canal "BBC", ao qual afirmou que seu governo não ficará "de braços cruzados" frente aos problemas.

Sobre a reativação econômica, para a qual o Executivo britânico busca reduzir o déficit com um impopular pacote de medidas de austeridade que contempla fortes cortes no gasto público, detalhou dois de seus projetos destinados a facilitar o acesso ao mercado imobiliário e a fomentar a construção de casas e, de quebra, gerar emprego.

Em uma entrevista ao "The Sunday Times", explicou seu compromisso para permitir que construtoras realizem empreendimentos imobiliários em terrenos públicos, uma das propostas para impulsionar a geração de empregos e, assim, revitalizar a economia.

Outro dos projetos visa possibilitar que os inquilinos de casas que integram programas de assistência social possam comprá-las caso desejem.

A ideia é ampliar a iniciativa estabelecida nos anos 1980 pela ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, que parece contar com o apoio dos liberal-democratas, embora setores da legenda de Nick Clegg possam manifestar reticência em serem associados a uma das políticas mais conhecidas da ex-líder conservadora.

Com esses planos em debate, o governo quer deixar claro que tem uma estratégia de crescimento eficiente para responder às críticas feitas inclusive de dentro do próprio partido.

Sobre o outro polêmico tema, a Europa, o primeiro-ministro disse que a "prioridade urgente" de seu governo é solucionar a crise da dívida e fazer com que as economias europeias, como França e Alemanha, "voltem a crescer".

A crise da zona do euro "é uma ameaça não só para a União Europeia, mas também para a economia britânica e a economia mundial", afirmou.

02/10/2011 - 11:05 | Efe | Atenas Governo grego se reúne para demitir funcionários e cortar despesas


O primeiro-ministro grego, Yorgos Papandreou, convocou para este domingo (02/10) uma reunião com seus ministros para decidir a redução do setor público em 30% e os orçamentos estatais para 2012, com novos cortes de despesas do Estado.

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Está previsto que a sessão extraordinária do Conselho de ministros comece às 12h (horário de Brasília) em Atenas e é considerada crucial pelos meios de imprensa pois se esperam decisões sobre os últimos detalhes das medidas de ajuste.

A reunião acontece após uma semana de negociações entre as autoridades gregas e os inspetores internacionais da chamada troika, composta por analistas da Comissão Europeia, do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central Europeu.

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Do relatório dos chefes da missão da troika dependerá que os membros da zona do euro decidam em 13 de outubro se dão à Grécia uma parcela de 8 bilhões de euros, necessários para que o país se mantenha flutuando.

Em entrevista ao dominical ateniense To Vima, o ministro das Finanças, Vangelis Venizelos, disse que essa parcela "está assegurada".

Segundo o canal ateniense Mega, o acordo entre a troika e o governo inclui que passem para a "reserva", com a perspectiva de serem demitidos, os funcionários públicos que superam os 60 anos, o que equivale a uma aposentadoria antecipada.
Do total de 900 mil funcionários públicos, cerca de 43 mil estão nessa categoria, segundo os dados oficiais do ano passado.
O objetivo principal das medidas é que a Grécia alcance seu objetivo de reduzir o déficit este ano para 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto), em relação aos 10,5% de 2010. 

Zimbábue prepara ações legais contra UE por sanções contra Mugabe

Harare, 2 out (EFE).- O partido do presidente Robert Mugabe, a União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (Zanu-PF), anunciou que prepara ações legais contra a União Europeia (UE) pelas sanções impostas contra o chefe do Executivo e seus colaboradores, informou neste domingo o jornal oficial "Sunday Mail".

"Queremos que deem uma justificativa para a imposição de sanções ilegais sobre nós", disse o advogado de Mugabe, o general Johannes Tomana.

Tomana acrescentou que seu escritório reuniu uma equipe formada pelos "melhores profissionais legais do país" para apresentar documentos contra o bloco europeu.

A UE impôs sanções contra altos funcionários do Zimbábue pela primeira vez em 2002, em resposta à fraude eleitoral e às inúmeras denúncias de violações de direitos humanos registradas após a votação.

Atualmente, 163 funcionários do Zanu-PF e 31 empresas vinculadas ao partido figuram na lista, o que os impede de viajar aos países da UE e congela seus ativos financeiros.

Mugabe, de 87 anos, atribui as sanções impostas pela comunidade internacional aos problemas econômicos do Zimbábue durante a última década.

Tomana escreveu ao bloco europeu em 1º de setembro para adverti-los da possível abertura de um procedimento legal caso não fossem adotadas medidas para levantar as sanções em 14 dias.

"Realizei uma investigação e constatei que nem o governo do Zimbábue, nem as pessoas físicas e jurídicas e entidades que figuram na lista receberam uma comunicação do Conselho da União Europeia para informá-las de uma mudança de decisão", disse Tomana ao "Sunday Mail".

O chefe da diplomacia da UE para a África, Nick Westcott, afirmou à imprensa em Harare, durante uma visita realizada no mês passado, que a Europa está preparada para qualquer batalha legal com o Zimbábue sobre as sanções.