TRÍPOLI, Líbia, 31 Ago 2011 (AFP) -O líbio Mohammed Ali al Bahbahy, um ex-militar de mais de 70 anos de idade, com cursos de formação na Grã-Bretaña e nos Estados Unidos, oferece todo o tipo de leituras, inclusive o Livro Verde de Muamar Kadhafi, numa das primeiras livrarias a reabrirem, depois da entrada dos rebeldes em Trípoli.
Em 1995, "inaugurei a loja para tentar combater a ignorância, da época de Kadhafi", conta em sua propriedade, localizada na antiga Praça Verde, um lugar simbólico do regime que passou a chamar, agora, Praça dos Mártires. A maioria de seus clientes são, por enquanto, turistas de passagem.
Começou com 200 exemplares de uma coleção pessoal e tem agora, à disposição, "12.000 livros", conta. Nas estantes há livros de geografia, filosofia, política, ciências e religião, mas também obras do gênero policial e tomos da Enciclopédia Britânica.
Kadhafi quis acabar com o hábito da leitura entre os cidadãos, lembra Al Bahbahy, pelo que ficou mais fácil para o livreiro armar sua coleção, já que muita gente vendia livros adquiridos na época da monarquia, para ganhar um pouco de dinheiro.
Em meio a todos estes textos, estão clássicos do regime. O famoso Livro Verde, manifesto político de Kadhafi, está à venda em árabe, inglês, francês, japonês, italiano, espanhol, hebreu e bengali.
Também há compilações de pronunciamentos, orais ou escritos, de Kadhafi.
"O Livro Verde foi traduzido para 45 idiomas, mais que o Alcorão. Kadhafi se considerava imperador do mundo e queria que suas teorias chegassem a todo" o planeta, opina Al Bahbahy.
O hoje livreiro, nasceu nas montanhas de Nefusa (oeste da Líbia), em 1942, formando-se em academias militares da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos.
Em 1969, quando Kadhafi tomou o poder num golpe de Estado sem derramamento de sangue, Al Bahbahy era oficial das forças armadas. Naquela época, "a revolução nos trazia alegria, mas (Kadhafi) a roubou de nós", afirma.
"Não se podia dizer nada. Falávamos de política só com amigos nos quais tínhamos confiança absoluta, na intimidade. Mas nunca o fazíamos em público nem ousávamos publicar qualquer coisa.
Agora sim", sorri.
Al Bahbahy afirma que os serviços de inteligência o deixaram tranquilo durante os 41 anos do governo Kadhafi por ser militar, embora tenha sido obrigado a abandonar as forças armadas em 1979, quando o "guia" líbio realizou uma "limpeza", durante a qual depôs os oficiais mais bem "educados".
Depois de trabalhar durante anos em diferentes empresas, decidiu viver de sua paixão. "Aprendi a ler o Alcorão com o avô, aos três anos de idade. Quando adolescente, meu passatempo favorito eram os livros de história", lembra.
Em 1995, "inaugurei a loja para tentar combater a ignorância, da época de Kadhafi", conta em sua propriedade, localizada na antiga Praça Verde, um lugar simbólico do regime que passou a chamar, agora, Praça dos Mártires. A maioria de seus clientes são, por enquanto, turistas de passagem.
Começou com 200 exemplares de uma coleção pessoal e tem agora, à disposição, "12.000 livros", conta. Nas estantes há livros de geografia, filosofia, política, ciências e religião, mas também obras do gênero policial e tomos da Enciclopédia Britânica.
Kadhafi quis acabar com o hábito da leitura entre os cidadãos, lembra Al Bahbahy, pelo que ficou mais fácil para o livreiro armar sua coleção, já que muita gente vendia livros adquiridos na época da monarquia, para ganhar um pouco de dinheiro.
Em meio a todos estes textos, estão clássicos do regime. O famoso Livro Verde, manifesto político de Kadhafi, está à venda em árabe, inglês, francês, japonês, italiano, espanhol, hebreu e bengali.
Também há compilações de pronunciamentos, orais ou escritos, de Kadhafi.
"O Livro Verde foi traduzido para 45 idiomas, mais que o Alcorão. Kadhafi se considerava imperador do mundo e queria que suas teorias chegassem a todo" o planeta, opina Al Bahbahy.
O hoje livreiro, nasceu nas montanhas de Nefusa (oeste da Líbia), em 1942, formando-se em academias militares da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos.
Em 1969, quando Kadhafi tomou o poder num golpe de Estado sem derramamento de sangue, Al Bahbahy era oficial das forças armadas. Naquela época, "a revolução nos trazia alegria, mas (Kadhafi) a roubou de nós", afirma.
"Não se podia dizer nada. Falávamos de política só com amigos nos quais tínhamos confiança absoluta, na intimidade. Mas nunca o fazíamos em público nem ousávamos publicar qualquer coisa.
Agora sim", sorri.
Al Bahbahy afirma que os serviços de inteligência o deixaram tranquilo durante os 41 anos do governo Kadhafi por ser militar, embora tenha sido obrigado a abandonar as forças armadas em 1979, quando o "guia" líbio realizou uma "limpeza", durante a qual depôs os oficiais mais bem "educados".
Depois de trabalhar durante anos em diferentes empresas, decidiu viver de sua paixão. "Aprendi a ler o Alcorão com o avô, aos três anos de idade. Quando adolescente, meu passatempo favorito eram os livros de história", lembra.
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