Autoridades nigerianas disseram nesta quarta-feira que um membro de um grupo islâmico local ligado à Al Qaeda foi responsável pelo ataque de semana passada contra a sede da ONU na capital Abuja que deixou 23 mortos, e o declararam como suspeito procurado.
"A investigação revelou que um certo Mamman Nur, notório elemento de Boko Haram ligado à Al Qaeda que retornou recentemente da Somália, trabalhando em conjunto com dois suspeitos planejaram o ataque contra o prédio da Organização das Nações Unidas em Abuja", disse o Departamento de Serviços do Estado em comunicado.
O departamento não deu maiores detalhes sobre como chegou a essa conclusão, mas mencionou que dois suspeitos do Boko Haram estavam detidos e deram "depoimentos valiosos".
"Imploramos ao público que coopere com as agências de segurança para fornecer informações úteis que poderiam conduzir à detenção de Mamman Nur, que a partir deste momento é considerado um suspeito procurado", afirmou.
A explosão de sexta-feira devastou um andar, destruiu quase todas as janelas do prédio da ONU e feriu 76 pessoas, disseram autoridades da organização. Foi um dos piores ataques às Nações Unidas na história, e provocou mais mortes que uma explosão em 2003 contra um complexo da ONU em Bagdá, que matou 22 pessoas.
O Boko Haram, cujo nome significa "A educação Ocidental é pecaminosa" na linguagem nigeriana Hausa, está rapidamente se tornando uma grande dor de cabeça para o presidente Goodluck Jonathan, com tiroteios e ataques quase diários usando bombas caseiras contra serviços de segurança e civis no remoto nordeste da Nigéria.
Jonathan tentou reassegurar na terça-feira que as autoridades estavam aumentando a segurança para evitar mais ataques com bombas.
O ataque contra a ONU revela o aumento na sofisticação dos ataques do Boko Haram, aparentemente com explosivos mais poderosos, e uma escalada de alvos locais para alvos internacionais, dizem analistas.
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