"Umas das cenas mais difíceis que presenciamos em Trípoli foi quando nos deparamos com os corpos de mercenários africanos a serviço de Gaddafi". O relato é do repórter Samy Adghirni, enviado especial da Folha à Líbia para cobrir o conflito entre governistas e rebeldes no país.
Veja imagens do confronto em Trípoli
Nos áudios a seguir, Adghirni conta como ele e Gomes chegaram à cidade e quais dificuldades enfrentaram durante a cobertura jornalística.Acompanhado do repórter fotográfico Apu Gomes, o jornalista relembra quando esteve nos arredores de Bab al Azizia, complexo de prédios usado como sede do regime do ditador, onde foram encontrados corpos com mãos atadas, sacos plásticos na cabeça ou injeções de soro no braço.
Chegada a Trípoli
"Nós levamos aproximadamente três dias para chegar até a área dos confrontos. Foi muito difícil atravessar a fronteira entre Tunísia e Líbia".
Dificuldades
"A cidade estava sem água há vários dias, com o fornecimento de energia elétrica precário e sem acesso à internet. Então era difícil enviar reportagens para a Folha, era difícil comer, tomar banho. Nos alimentamos com bolachas e atum durante a maior parte da cobertura".
Perigo
"A situação mais tensa foi no caminho a Trípoli. Dentro do carro, ouvimos um estalo seco e o barulho de um impacto, provavelmente de bala. Ficamos muito assustados".
Corpos nas ruas
"Além do cheiro, a visão da cena foi muito impactante. Os corpos estavam muitos inchados, escurecidos, em decomposição avançada, coberto de vermes".
Rotina dos líbios
"Os moradores eram obrigados a ficar em casa, com muito medo. Ouvimos muitos relatos de pessoas que passaram dias sem poder até falar com o vizinho para saber se estava tudo bem".
Prisão de Abu Salim
"Nós tivemos a sorte de ser uma das primeiras equipes de reportagem a entrar em Abu Salim logo depois que os presos foram libertados. O ambiente era muito pesado e a presença dos prisioneiros ainda era palpável".
Sequestro de jornalistas italianos
"Nós ficamos muito preocupados quando soubemos dos quatro colegas italianos. Eles felizmente foram libertados, mas o motorista que trabalhava para eles foi executado por simpatizantes do regime de Gaddafi".
Saída de Trípoli
"O nosso carro foi parado incontáveis vezes. Quando chegamos à fronteira com a Tunísia, nos deparamos com filas quilométricas de carros líbios tentando sair do país".
Veja imagens do confronto em Trípoli
Nos áudios a seguir, Adghirni conta como ele e Gomes chegaram à cidade e quais dificuldades enfrentaram durante a cobertura jornalística.Acompanhado do repórter fotográfico Apu Gomes, o jornalista relembra quando esteve nos arredores de Bab al Azizia, complexo de prédios usado como sede do regime do ditador, onde foram encontrados corpos com mãos atadas, sacos plásticos na cabeça ou injeções de soro no braço.
Chegada a Trípoli
"Nós levamos aproximadamente três dias para chegar até a área dos confrontos. Foi muito difícil atravessar a fronteira entre Tunísia e Líbia".
Dificuldades
"A cidade estava sem água há vários dias, com o fornecimento de energia elétrica precário e sem acesso à internet. Então era difícil enviar reportagens para a Folha, era difícil comer, tomar banho. Nos alimentamos com bolachas e atum durante a maior parte da cobertura".
Perigo
"A situação mais tensa foi no caminho a Trípoli. Dentro do carro, ouvimos um estalo seco e o barulho de um impacto, provavelmente de bala. Ficamos muito assustados".
Corpos nas ruas
"Além do cheiro, a visão da cena foi muito impactante. Os corpos estavam muitos inchados, escurecidos, em decomposição avançada, coberto de vermes".
Rotina dos líbios
Samy Adghirni/Folhapress |
Apu Gomes, repórter fotográfico enviado à Líbia para registrar os confrontos no país |
Prisão de Abu Salim
"Nós tivemos a sorte de ser uma das primeiras equipes de reportagem a entrar em Abu Salim logo depois que os presos foram libertados. O ambiente era muito pesado e a presença dos prisioneiros ainda era palpável".
Sequestro de jornalistas italianos
"Nós ficamos muito preocupados quando soubemos dos quatro colegas italianos. Eles felizmente foram libertados, mas o motorista que trabalhava para eles foi executado por simpatizantes do regime de Gaddafi".
Saída de Trípoli
"O nosso carro foi parado incontáveis vezes. Quando chegamos à fronteira com a Tunísia, nos deparamos com filas quilométricas de carros líbios tentando sair do país".
Apu Gomes/Folhapress | ||
Samy Adghirni e Apu Gomes no bairro de Abu Sallim, um dos palcos da guerra entre rebeldes e o Exército |
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