Com o tiroteio que teve início na noite desta terça-feira no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, todos os acessos às favelas da região foram fechados. No quartel da Força de Pacificação, na parte baixa do morro, carros de combate do Exército, do tipo Urutu, foram preparados para entrar nas comunidades.
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Desde o último domingo (4), militares da Força de Ocupação e moradores vem se enfrentando. O clima voltou a ficar tenso hoje. O Twitter da jornal da região, Voz das Comunidades, informa que moradores fazem um protesto na estrada do Itararé, principal entrada para o complexo --conhecida como Grota. A via foi fechada pelos manifestantes.
Um princípio de tumulto no alto do morro teria mobilizado os homens do Exército e da Polícia Militar. Armados de fuzil, cerca de 50 militares da chamada Força de Pacificação começaram a ocupar os acessos ao local.
O comércio fechou as portas mais cedo. Os moradores procuram se refugiar em casas também na parte baixa do Complexo do Alemão.
O tiroteio começou por volta das 19h30. De acordo com moradores, é possível ver o trajeto de balas traçantes no céu. Veículos evitam passar pela avenida Itararé, que margeia o complexo.
Além do barulho dos tiros, moradores afirmam que também ouvem barulhos de explosões de bombas e fogos de artifício. Quem chega do trabalho se concentra nos acessos do morro, com medo de subir rumo as suas casas.
De acordo com o major Marcus Bouças, oficial de comunicação da Força de Pacificação, ainda não há informações sobre o que está acontecendo no local.
CONFLITOS
No domingo (4), um confronto envolveu 80 soldados e cerca de 20 moradores do Alemão. Ao menos 12 pessoas, sendo dois soldados da Força de Pacificação, ficaram feridas.
O Exército e o Ministério Público Federal abriram inquéritos sobre a participação de militares no confronto.
De acordo com moradores, um novo conflito entre militares e moradores ocorreu na noite de segunda-feira (5), no complexo do Alemão, na localidade conhecida como Alvorada.
Segundo relatos, o tumulto começou por volta das 22h, após o término de umamanifestação contra a atuação dos militares na região.
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