A justiça tunisiana iniciou nesta quinta-feira um terceiro julgamento à revelia do presidente deposto Zine el Abidine Ben Ali, que já foi julgado junto com dois de seus parentes em duas ocasiões por corrupção e fraude imobiliária, constatou a AFP.
O presidente deposto, refugiado na Arábia Saudita desde 14 de janeiro, já foi condenado à revelia a um total de 50 anos de prisão.
Nesta quinta-feira ele é julgado por dois casos: o primeiro relativo à aquisição fraudulenta de terras em um bairro abastado da Tunísia pelo genro de Ben Ali, Sajr al-Materi, e por sua esposa Nesrin, graças à "intervenção pessoal" do ex-presidente da Tunísia.
O segundo caso é relativo à cessão de um terreno destinado em um primeiro momento a ser transformado em um espaço verde e que foi revendido a uma empresa que pertence a Sajr al-Materi, no mesmo bairro da Tunísia.
"É uma perda para o Estado e para o bem público. Pedimos a pena mais importante", declarou o representante do Ministério Público após a leitura das acusações.
Derrubado por uma revolta popular, Ben Ali já foi condenado no dia 4 de julho a 15 anos e meio de prisão e a pagar 54 mil euros por posse de armas, drogas e objetos arqueológicos.
No dia 20 de junho, o ex-presidente e sua esposa Leila Trabelsi também foram condenados a 35 anos de prisão e a pagar uma multa de 45 milhões de euros por desvio de verbas.
A justiça tunisiana instrui atualmente 180 casos contra o presidente deposto. Ben Ali refugiou-se no dia 14 de janeiro na Arábia Saudita, país que ainda não respondeu aos pedidos de extradição da Tunísia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário