O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse neste domingo que os integrantes do antigo governo da Líbia deveriam participar do processo de criação do novo governo e reconciliação do país.
As declarações foram feitas ao lado do chanceler brasileiro, Antonio Patriota, que visita a Rússia.
Brasil e Rússia tem interesses em contratos de exploração de petróleo e obras de infraestrutura na Líbia. A manutenção dos funcionários do antigo governo nos cargos podem ajudar para que esses contratos já firmados não sejam rompidos.
Os contratos da Petrobras e de construtoras brasileiras no país somam bilhões de reais. A Petrobras explorava petróleo na costa líbia quando a guerra civil levou a petroleira brasileira a suspender as operações.
A Rússia também tinha bilhões de dólares em contratos de armamentos, energia e construções com o governo do ditador líbio Muammar Gaddafi.
"Essas forças políticas, étnicas e tribais que representam as antigas lideranças do governo líbio deveriam ser parte do processo de reconciliação nacional", disse Lavrov, segundo a agência de notícias Interfax, ao lado de Patriota.
Moscou convidou os integrantes do CNT (Conselho Nacional de Trasição) para discutir com a Rússia esses contratos. Segundo Lavrov, o convite foi recebido com interesse pelos rebeldes.
A Rússia declarou recomnhecer o CNT como autoridade legítima da Líbia na quinta-feira (1 de setembro).
SÍRIA
Segundo o chanceler russo, os Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se opõe a que se repita na Síria o cenário de massacre que ocorreu na Líbia.
"Se dependesse dos Brics, não se repetiria o que ocorreu na Líbia. Propomos ao Conselho de Segurança da ONU que exija com firmeza de todas as partes envolvidas no conflito que os Direitos Humanos sejam respeitados e que comecem a dialogar", disse o ministro russo.
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