Ao menos 22 pessoas morreram e outras 12, a maioria pescadores, continuam desaparecidas pelas enchentes e deslizamentos de terra provocados pelo tufão Nanmadol no norte das Filipinas, informaram fontes oficiais nesta terça-feira.
O "Nanmadol", que perde força enquanto se afasta do país, deixa para trás 300.959 pessoas afetadas, das quais 70.820 ficaram sem um teto e se amontoam em 38 abrigos disponibilizados, segundo o último boletim do Conselho Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres.
No total, 36 estradas estão fechadas e dez pontes continuam intransitáveis, enquanto algumas áreas, como Cagayan, estão sem serviço elétrico desde sexta-feira, e outras regiões também carecem de água e telefone.
As autoridades contabilizam os danos causados nas infraestruturas e no setor agrícola em cerca de US$ 26 milhões.
As autoridades foram informadas de 90 casas destruídas e de danos em outras 1.510 em cerca de 20 províncias afetadas.
O "Nanmadol" entrou no arquipélago na quinta-feira com ventos de até 240 quilômetros por hora, acompanhado de fortes chuvas, e nesta terça-feira segue a caminho de Taiwan, onde o sul e o sudeste sofrem graves inundações e cortes de eletricidade, que se unem à mobilização de 35 mil soldados e a evacuação de quase seis mil pessoas.
No mês passado, 72 pessoas morreram nas Filipinas pela ação combinada de uma tempestade tropical e um tufão, que além disso afetou um milhão de habitantes.
Entre 15 a 20 tufões afetam este país asiático a cada ano durante a estação chuvosa, que geralmente começa em maio e termina em novembro.
Os especialistas das agências internacionais identificam a favelização como o principal fator do grande número de vítimas nas Filipinas dos desastres naturais e que evidenciam o péssimo estado das infraestruturas.
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