Um professor de direito do Mackenzie ameaçou dar voz de prisão a uma aluna do quinto período que questionou seu método pedagógico na noite da última sexta-feira.
De acordo com Rodrigo Rangel, presidente do Centro Acadêmico João Mendes Jr., a aluna abordou Paulo Marco Ferreira Lima, que também é promotor, no corredor da faculdade e ambos discutiram. O professor seguiu então para a sala dos professores e ele bateu a porta na aluna, que tentou forçá-la.
Foi neste momento que Lima, evocando a sua condição de promotor, ameaçou dar voz de prisão, relatou Rangel.
A aluna foi conduzida à direção da faculdade e os ânimos se acalmaram.
Ontem, o centro acadêmico publicou uma nota de repúdio pedindo esclarecimentos ao professor. A nota, porém, provocou reação dos alunos, que consideraram inadmissível a atitude do professor.
O irmão de Lima, que também é promotor e professor da universidade, saiu em defesa do irmão e acusou a aluna de racismo pelo Facebook.
Em sua página na rede social, o professor relatou que a aluna chamou seu irmão de "negro sujo", afirmando "preto não pode dar aula no MAckenzie".
"Essa postura, além de criminosa, é incompatível com a tradição mackenzista, primeira escola a aceitar filhos de abolicionistas", disse o professor.
Professores e aluna não foram encontrados para comentar o caso. Em nota, a universidade diz que está apurando os fatos.
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