Criança teria atirado contra a própria cabeça acidentalmente, segundo polícia.
Pai da menina diz que escondia arma sobre armário no quarto dos filhos.
arma era de brinquedo
(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1
O delegado titular da 43ª DP (Guaratiba), Antônio Ricardo Lima Nunes vai indiciar o pai da menina de 9 anos baleada na cabeça na manhã em casa em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, por porte ilegal de arma e omissão de cautela da guarda da arma. De acordo com a perícia feita na casa, na tarde esta terça-feira (30), a criança teria atirado contra a própria cabeça, pensando que a arma era brinquedo.
"Trata-se de uma pistola de calibre 635, muito pequena, que parece um brinquedo. No local, tudo indica que ela teria se ferido acidentalmente, sozinha", disse o delegado, a princípio, descartando a participação dos irmãos menores de 5 e 2 anos de idade.
"Ele disse não saber como a filha encontrou a pistola. Mas a arma ficava escondida em cima do armário, debaixo de um urso de pelúcia, no quarto das crianças. O armário ficava somente a 73 centímetros de distância da cama mais alta do beliche, na qual a menina dormia", contou Nunes.
Segundo o delegado, o pai da criança disse que tinha saído de casa por 15 minutos para comprar material de construção e quando voltou, encontrou a filha ferida. Por ele mesmo ter chamado a PM, o delegado decidiu não prendê-lo em flagrante. A mãe das crianças estava fora trabalhando e quando soube da notícia passou mal.
A criança, segundo o delegado, foi encontrada ferida sentada no chão da sala recostada no sofá. Apenas uma capsula foi deflagrada das cinco que estavam no pente da arma.
"Tudo leva a crer que ela estava brincando", enfatizou o delegado.
O comerciante contou ao delegado que tinha comprado a arma há uns três anos, numa feira no Ceará, para se defender, já que é dono de um bar e trabalha à noite. Embora a arma seja de calibre permitido, segundo o delegado, o comerciante não tem autorização para usá-la.
A pena para porte ilegal de arma, informou o delegado, é de dois a quatro anos de prisão. Já o crime de omissão de cautela da guarda da arma varia de um a dois anos de detenção. O comerciante vai pagar fiança e responder pelos crimes em liberdade.
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