O opositor Conselho Nacional de Transição (CNT) conseguiu nesta quarta-feira ser reconhecido pela Grã-Bretanha como único "governo legítimo" da Líbia, mas as negociações para que o coronel Muamar Kadhafi deixe o poder permanecem estancadas, lamentou um emissário da ONU.
Londres reconheceu o CNT como "único governo legítimo" da Líbia e o convidou a tomar posse da embaixada líbia em Londres, cujos últimos diplomatas foram expulsos.
"Decidimos que o Reino Unido reconheça o Conselho Nacional de Transição e o trate como única autoridade governamental na Líbia", declarou em uma coletiva de imprensa o chefe da diplomacia britânica, William Hague.
"Convidamos o Conselho Nacional de Transição a nomear um novo representante diplomático para tomar posse da embaixada líbia em Londres", que teve os diplomatas favoráveis a Kadhafi previamente evacuados, acrescentou.
"Tratamos o CNT da mesma maneira que qualquer governo no mundo", ressaltou.
A evolução da oposição "é o oposto da atitude de Kadhafi, que perdeu qualquer legitimidade por sua brutalidade contra o povo líbio", explicou.
A Grã-Bretanha, que participa ativamente das operações contra as forças favoráveis a Kadhafi na Líbia, se aproximou pouco a pouco da oposição nos últimos meses.
Fechou sua embaixada em Trípoli no fim de março, depois enviou uma equipe diplomática a Benghazi, bastião da oposição. Autorizou posteriormente o CNT a abrir um gabinete em Londres.
O Reino Unido participa dos ataques aéreos sob o comando da Otan na Líbia, palco de uma revolta sem precedentes contra o coronel Kadhafi desde meados de fevereiro.
Os dois grupos seguem "longe de um acordo político", lamentou o enviado especial da ONU, Abdel Elah Al Jatib, que afirmou não ter sido registrado nenhum progresso nas negociações realizadas com representantes do CNT em Benghazi (leste da Líbia) e em Trípoli, com o primeiro-ministro do regime de Kadhafi.
"Fica claro, após as negociações de Trípoli e Benghazi, (...) que os dois grupos continuam longe de uma solução política", disse.
O líder do CNT, Mustafa Mohamed Abdul Jalil, afirmou também nesta quarta-feira que a data limite para que Kadhafi deixasse o poder e permanecesse na Líbia expirou.
"Fizemos uma proposta. O prazo passou. A proposta expirou", disse Abdul Jalil, referindo-se à proposta feita através do enviado especial das Nações Unidas.
De acordo com a oferta, Kadhafi teria que se afastar e abrir mão de todas as suas responsabilidades, o local de sua residência seria "uma decisão do povo líbio" e ele estaria sob "supervisão", afirmou Abdel Jalil.
França e Grã-Bretanha, assim como um dirigente da rebelião, também se referiram à possibilidade de autorizar Kadhafi a permanecer na Líbia, desde que abandone o poder.
No entanto, o primeiro-ministro líbio, Baghdadi Mahmudi, voltou a afirmar que a renúncia de Kadhafi está "fora de discussão".
Neste contexto, o líbio condenado à prisão perpétua pelo atentado de Lockerbie e libertado pela Escócia, Abdelbaset Al Megrahi, apareceu em público na terça-feira pela primeira vez em quase dois anos, em um evento de sua tribo para apoiar o regime de Kadhafi.
As forças do regime líbio continuam sofrendo ataques da Otan, que realiza dezenas de incursões aéreas diárias no país.
A Aliança Atlântica advertiu estas forças que, caso se refugiem em construções civis, estas serão consideradas automaticamente "alvos militares legítimos".
"As forças favoráveis a Kadhafi usam com cada vez mais frequência instalações utilizadas anteriormente para fins civis", como estábulos, depósitos ou fábricas, explicou na terça-feira um porta-voz da Otan.
A Aliança bombardeou recentemente uma fábrica de cimento onde soldados leais a Kadhafi disparavam com um lança-foguetes, afirmou o porta-voz.
No entanto, a Otan "toma todas as precauções" antes de bombardear alvos na Líbia para evitar perdas civis, acrescentou.
Londres reconheceu o CNT como "único governo legítimo" da Líbia e o convidou a tomar posse da embaixada líbia em Londres, cujos últimos diplomatas foram expulsos.
"Decidimos que o Reino Unido reconheça o Conselho Nacional de Transição e o trate como única autoridade governamental na Líbia", declarou em uma coletiva de imprensa o chefe da diplomacia britânica, William Hague.
"Convidamos o Conselho Nacional de Transição a nomear um novo representante diplomático para tomar posse da embaixada líbia em Londres", que teve os diplomatas favoráveis a Kadhafi previamente evacuados, acrescentou.
"Tratamos o CNT da mesma maneira que qualquer governo no mundo", ressaltou.
A evolução da oposição "é o oposto da atitude de Kadhafi, que perdeu qualquer legitimidade por sua brutalidade contra o povo líbio", explicou.
A Grã-Bretanha, que participa ativamente das operações contra as forças favoráveis a Kadhafi na Líbia, se aproximou pouco a pouco da oposição nos últimos meses.
Fechou sua embaixada em Trípoli no fim de março, depois enviou uma equipe diplomática a Benghazi, bastião da oposição. Autorizou posteriormente o CNT a abrir um gabinete em Londres.
O Reino Unido participa dos ataques aéreos sob o comando da Otan na Líbia, palco de uma revolta sem precedentes contra o coronel Kadhafi desde meados de fevereiro.
Os dois grupos seguem "longe de um acordo político", lamentou o enviado especial da ONU, Abdel Elah Al Jatib, que afirmou não ter sido registrado nenhum progresso nas negociações realizadas com representantes do CNT em Benghazi (leste da Líbia) e em Trípoli, com o primeiro-ministro do regime de Kadhafi.
"Fica claro, após as negociações de Trípoli e Benghazi, (...) que os dois grupos continuam longe de uma solução política", disse.
O líder do CNT, Mustafa Mohamed Abdul Jalil, afirmou também nesta quarta-feira que a data limite para que Kadhafi deixasse o poder e permanecesse na Líbia expirou.
"Fizemos uma proposta. O prazo passou. A proposta expirou", disse Abdul Jalil, referindo-se à proposta feita através do enviado especial das Nações Unidas.
De acordo com a oferta, Kadhafi teria que se afastar e abrir mão de todas as suas responsabilidades, o local de sua residência seria "uma decisão do povo líbio" e ele estaria sob "supervisão", afirmou Abdel Jalil.
França e Grã-Bretanha, assim como um dirigente da rebelião, também se referiram à possibilidade de autorizar Kadhafi a permanecer na Líbia, desde que abandone o poder.
No entanto, o primeiro-ministro líbio, Baghdadi Mahmudi, voltou a afirmar que a renúncia de Kadhafi está "fora de discussão".
Neste contexto, o líbio condenado à prisão perpétua pelo atentado de Lockerbie e libertado pela Escócia, Abdelbaset Al Megrahi, apareceu em público na terça-feira pela primeira vez em quase dois anos, em um evento de sua tribo para apoiar o regime de Kadhafi.
As forças do regime líbio continuam sofrendo ataques da Otan, que realiza dezenas de incursões aéreas diárias no país.
A Aliança Atlântica advertiu estas forças que, caso se refugiem em construções civis, estas serão consideradas automaticamente "alvos militares legítimos".
"As forças favoráveis a Kadhafi usam com cada vez mais frequência instalações utilizadas anteriormente para fins civis", como estábulos, depósitos ou fábricas, explicou na terça-feira um porta-voz da Otan.
A Aliança bombardeou recentemente uma fábrica de cimento onde soldados leais a Kadhafi disparavam com um lança-foguetes, afirmou o porta-voz.
No entanto, a Otan "toma todas as precauções" antes de bombardear alvos na Líbia para evitar perdas civis, acrescentou.
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