Os grupos hacker Anonymous e LulzSec divulgaram na noite desta terça-feira (26) um comunicado pedindo que os usuários do PayPal, serviço de pagamento online, deixem o site de comércio eletrônico. O motivo da ação foi a prisão de membros do grupo que, supostamente, estavam envolvidos em um ataque hacker ao site americano no ano passado.
Na semana passada, o FBI (polícia federal americana) prendeu 14 suspeitos de participarem de um ataque de negação de serviço (quando uma página é exposta a um número massivo de acessos a ponto de ela sair do ar) contra o PayPal no fim de 2010.
No documento, os grupos hackers também pedem que os usuários após cancelarem a conta, postem no Twitter a tela confirmando a desistência de uso do serviço. “O primeiro requisito para que você seja realmente livre é não confiar em uma empresa [PayPal] que congela contas quando ela quer, ou quando é pressionada pelo governo dos Estados Unidos”, diz o comunicado, em inglês, dos grupos.
A principal insatisfação do grupo é com o fato de a lei ser aplicada de forma severa – caso sejam condenados, cada um deverá pagar uma multa de US$ 500 mil e ficar até 15 anos na prisão. “O que o FBI precisa aprender é que há uma grande diferença entre fazer parte de um coro e controlar uma grande rede de computadores zumbis”, diz o comunicado publicado nesta quarta (27).
O grupo entende que os ataques são uma forma de protesto, e não um crime, apesar de deixar fora do ar o site atacado.
O assunto repercutiu em redes sociais fazendo com que o termo #oppaypal (Operação PayPal) chegasse aos assuntos mais comentados do mundo no Twitter na manhã desta quarta-feira (27).
Vários usuários estão reclamando no Twitter que, ao tentarem fechar a conta deles no PayPal, o site apresenta uma página em branco, impossibilitando a efetivação do desligamento. “O PayPal está começando a colocar uma página em branco na área do site para fechar a conta”, postou um usuário em inglês. O PayPal ainda não se manifestou sobre o ocorrido.
Velhos conhecidos
No ano passado, o grupo hacker Anonymous dirigiu ataques a vários serviços de pagamento internacionais como PayPal, Mastercard e Visa. O motivo da empreitada na época era protestar contra o fato dessas companhias terem congelado as doações feitas ao Wikileaks, serviço online de vazamento de informações, durante a prisão de Julian Assange, jornalista responsável pelo site.
O PayPal foi um dos primeiros alvos do grupo por ter sido o serviço que tomou a dianteira na decisão de bloquear os fundos. Após o serviço de pagamentos, outros, como Mastercard e Visa, também começaram a fazer o mesmo.
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