O Corinthians não vai pagar os R$ 34 milhões que estão sendo cobrados pelos Palmeiras. O clube alvinegro segue sem admitir a dívida e vai contestar a execução provisória determinada pelo Tribunal de Justiça sobre a transferência do lateral Rogério, que aconteceu em 2000.
“O processo ainda não terminou. O Palmeiras deu o pontapé inicial e o Corinthians está contestando essa cobrança”, disse Fernando Abrão, advogado do Corinthians.
Na última terça, o Palmeiras revelou que poderia amealhar R$ 40 milhões em ações contra o Corinthians e o Ituano. Os dois clubes teriam de pagar as multas rescisórias referentes aos contratos de Rogério e Basílio, respectivamente.
O caso específico que envolve o Corinthians é bem complexo. No fim da década de 1990, Rogério pediu liberação do Palmeiras na Justiça do Trabalho alegando que o clube havia descumprido parte do contrato. Já os dirigentes exigiam que o atleta pagasse a multa rescisória por ter rompido unilateralmente.
A Justiça do Trabalho decidiu, em caráter irreversível, que Rogério não teria de indenizar o Palmeiras. Quando o lateral já defendia o Corinthians, o clube alviverde processou o rival e o atleta na Justiça Comum.
Após uma primeira decisão a favor de Rogério e do Corinthians, o Palmeiras venceu a disputa no Tribunal de Justiça de São Paulo. O clube do Parque São Jorge, então, entrou com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Paralelamente, o Palmeiras entrou com um pedido de execução provisória da decisão do TJ. A intenção do clube alviverde era garantir o valor pedido antes mesmo da decisão final sobre o processo principal, em Brasília.
Ao receber o pedido palmeirense, o juiz do TJ estabeleceu um prazo para que o Corinthians pague o valor solicitado pelo Palmeiras ou o conteste. Como o clube alvinegro já avisou que deve reclamar, a tendência é que a disputa se arraste ainda mais.
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