Diplomatas sírios intimidam os expatriados que falam contra o regime e denunciam a Damasco o local de moradia dos familiares destes dissidentes para que sejam ameaçados e detidos, afirma o Wall Street Journal.
O governo de Barack Obama informou ao jornal que possui evidências "confiáveis" de que o regime do presidente sírio Bashar al-Assad utiliza relatórios de suas embaixadas para tomar como alvos os parentes daqueles que moram no exterior, em especial os sírio-americanos que participaram em protestos pacíficos nos Estados Unidos.
O jornal, que menciona entrevistas com seis sírio-americanos, afirma que os funcionários da embaixada seguem e fotogravam os manifestantes. Além disso, diplomatas sírios, incluindo o embaixador, visitam comunidades árabes da diáspora para denunciar os dissidentes como "traidores".
"Eles querem nos intimidar onde quer que estivermos", disse ao jornal o cientista Hazem Hallak, que mora na Filadélfia.
Hallak denunciou que seu irmão Sakner foi torturado e assassinado em maio por agentes do serviço de inteligência da Síria ao retornar ao país após uma conferência nos Estados Unidos.
Hallak disse que agentes na cidade síria de Allepo tentaram obter uma lista dos ativistas e funcionários do governo americano com os quais Sakher supostamente se reunira durante a estadia nos Estados Unidos, e que agentes sírios seguiram seu irmão.
De acordo com o cientista, o irmão não estava envolvido em atividas contra o regime sírio.
O jornal, que cita três pessoas interrogadas pelo FBI recentemente, também denuncia que o embaixador da Síria, Imad Mustapha, e funcionários da embaixada estão ameaçando os sírio-americanos.
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