O Rio tem um índice de poluição do ar três vezes superior aos níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pior que o de São Paulo e de Cubatão. Em um estudo inédito com 1,1 mil localidades no mundo, a entidade alerta que os municípios de países emergentes são hoje os mais poluídos.
São Paulo, apesar de estar em uma situação melhor que a do Rio, não tem nada a comemorar. A capital paulista tem um índice duas vezes superior às recomendações da OMS, conforme os dados mais recentes, de 2009.
No geral, o Brasil tem uma média de poluição do ar duas vezes superior ao que estabelece a entidade. Os dados tomam por base 68 estações em quatro Estados. O poluente considerado é o material particulado - a poeira formada principalmente pela queima de combustíveis. Essas micropartículas, com até 10 milésimos de milímetro, podem causar asma, câncer e doenças cardíacas.
De 91 países avaliados, o Brasil é o 44.º com maior índice médio de poluição. A situação mais preocupante é a do Rio, na 144.ª colocação entre as mais poluídas. A cada m³ de ar na cidade foram encontrados 64 microgramas de material particulado. O limite ideal para a OMS é 20.
Procurado, o governo do Rio atribuiu o alto índice de poluição do ar constatado no levantamento à grande circulação de veículos na região metropolitana.
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