As principais bolsas da Europa abriram em queda nesta segunda-feira (26) no momento em que as autoridades da União Europeia (UE) não alcançam um acordo sobre as medidas que serão adotadas para conter a crise da dívida pública.
Às 5h (horário de Brasília), Paris perdia 1,97%, Londres 1,43%, Frankfurt 1,31% e Madri 1,88%. A exceção era Milão que operava em alta de 1,19%.
A baixa nos títulos bancários europeus continua como o centro das atenções. Em Paris, o BNP Paribas perdia 3,99%, o Crédit Agricole 2,69% e o Société Générale 2,67%
Bolsas asiáticas
Contaminada pela turbulência econômica na Europa, a Bolsa de Valores de Tóquio, no Japão, fechou em queda de 2,17%. O índice Nikkei 225 perdeu 186,13 pontos, a 8.374,13 unidades, o menor nível desde abril de 2009
O indicador Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, caiu 15,69 pontos, terminado o dia em baixa de de 2,11%.
Ajuda à Grécia
Fontes do FMI (Fundo Monetário Internacional) ouvidas pela BBC afirmam que um novo pacote de ajuda para lidar com a crise na zona do euro está sendo planejado e deve ser colocado em prática em breve. O correspondente econômico da BBC Robert Peston afirma que o principal ponto do plano deve ser a redução de até 50% na dívida da Grécia.
Na noite de domingo (25), o FMI anunciou que seus inspetores vão retornar à Grécia'provavelmente nesta semana', para verificar os avanços feitos pelo governo de Atenas.
O anúncio foi feito pouco depois do encontro, em Washington, entre o ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. O ministro disse que seu país continuaria seguindo as regras do plano de austeridade para obter o próximo pacote de ajuda.
Venizelos afirmou que as medidas tomadas por seu governo melhoraram o cenário financeiro do país, mas reconheceu que é preciso fazer mais. 'Se não fizermos esses sacrifícios, nossa soberania está em jogo', disse.
A Grécia ainda recebe dinheiro de um pacote aprovado em maio do ano passado, embora a próxima parcela possa ser cancelada se os inspectores julgarem que o país não está cumprindo as metas de cortes estipuladas. Analistas dizem que a possibilidade de isto ocorrer é grande. Sem a parcela deste mês, a Grécia não deve ser capaz de pagar sua dívida a partir do mês que vem.
Um segundo pacote do FMI e União Europeia foi aprovado para a Grécia em julho deste ano, mas este ainda precisa da ratificação de vários países da zona do euro.
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