Londres, 2 set (EFE).- Pelo menos 12 mil civis e 200 soldados da coalizão internacional morreram em ataques suicidas no Iraque entre março de 2003 e 31 de dezembro de 2010, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira pela revista científica "The Lancet".
O relatório, elaborado pela equipe do professor Madelyn Hicks, da universidade King's College de Londres, diz que o número de vítimas civis é muito alto porque são o principal alvo dos ataques e pela dificuldade para transferir os atingidos a hospitais.
O estudo, que utilizou dados do Iraq Body Count, que verifica as mortes e os feridos nesse país, além de outras estatísticas de baixas entre militares, cifrou em 1.003 o número total de atentados suicidas no Iraque desde março de 2003.
Os números revelados mostram que 10% das mortes e 25% dos feridos no Iraque durante esse período foram causados por atentados suicidas.
Entre as vítimas identificáveis, que não chegam a quatro mil, 75% foram homens, 10% foram mulheres e 15%, crianças.
Segundo estas estatísticas, 30 mil civis ficaram feridos nestes sete anos.
"Os terroristas no Iraque empregam ataques suicidas de maneira estratégica, porque com um baixo custo conseguem ser muito efetivos", explicaram os autores do estudo. EFE
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