Elas se destacam no atendimento a pessoas com necessidades especiais.
Tema fechou ciclo de palestras do Projeto Família Cidadã.
A inclusão social foi o tema que fechou o ciclo de palestras do Projeto Família Cidadã, no auditório da Rede Gazeta, nesta quinta-feira (1º). O projeto promove o debate da relação entre família e escola. Ainda é preciso muita discussão e ação para fazer valer o verdadeiro significado de inclusão, mas algumas escolas da Grande Vitória já estão fazendo sua parte.
No total, sete escolas são referência, em Vitória, no atendimento a pessoas com necessidades especiais. Em uma das instituições, professoras bilíngues ajudam os alunos, em uma sala separada, a aprimorar a linguagem dos sinais e preparam os estudantes que não ouvem para uma aula como outra qualquer, em que ninguém fica separado. Com a presença de um intérprete na sala de aula, todos entendem a lição no mesmo ritmo.
"Preciso somente passar o conteúdo e ele vai fazendo as interpretações necessárias para os alunos que necessitarem", contou a professora Rejane Camargo. Não há reclamação da parte dos alunos, que confirmam que a aula não fica mais lenta e ocorre normalmente. "Fica tudo normal. Aqui ninguém é diferente de ninguém, todos somos iguais", afirmou o aluno Arthur Marcondes.
As diferenças também vão embora em escolas adaptadas com rampas para acesso mais fácil aos cadeirantes. Dessa maneira, qualquer aluno pode circular pela escola com facilidade. "Ninguém precisa me empurrar, me sinto independente e gosto disso. Não sei o que seria de mim se não tivesse as rampas", contou a aluna Queren Machado, que é cadeirante.
A coordenadora de Educação Especial de Vitória, Marilia Franklin, explicou que é dever dos educadores incluir todos os estudantes no meio escolar. "O poder público precisa ofertar espaço para que todos tenham acesso à escola e com qualidade", disse.
A aluna Ana Julia Fernandes usa óculo com 14 graus em cada lente e, para frequentar as aulas normalmente, precisa de um material com letras ampliadas. "Se eu chegasse em um lugar e não tivesse nada adaptado pra mim, eu não ia conseguir estudar, eu não ia conseguir fazer parte da sociedade", contou a menina, que ainda é auxiliada por uma lupa para ajudar na leitura.
Na palestra sobre inclusão social, que aconteceu no auditório da Rede Gazeta nesta quinta-feira e fechou o Projeto Família Cidadã, o mestre em educação Reginaldo Sobrinho explicou que muito ainda precisa melhorar com relação ao tema. "Já caminhamos muito, mas temos que caminhar mais. Há 14, 15 anos atrás, 20 anos atrás, nós não tínhamos as práticas que nós temos hoje", disse o palestrante.
http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2011/09/escolas-de-vitoria-sao-referencia-em-inclusao-social.htmlclique e assista:
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