SEJA SEGUIDOR E FORTALEÇA NOSSO TRABALHO DE INFORMAR

You want to access my blogger and would appreciate any information about any subject can put what I will do my best to answer. Whether you live in: United States, Germany, United Kingdom, Pakistan, Portugal, Angola, Canada, Malaysia, Mozambique, Netherlands, Denmark, Russia, Morocco, United Arab Emirates, Or anywhere else in the world. I'll be here to help you. hugs Angela Alcantara

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Irmandade Muçulmana defende democracia sobre bases islâmicas na Líbia

Trípoli, 21 set (EFE).- A Irmandade Muçulmana da Líbia, que viveu em um exílio forçado de quatro décadas durante a vigência do regime de Muammar Kadafi, quer recuperar sua atuação política e fundar um partido sobre bases islâmicas para auxiliar na reconstrução do país, após a derrocada do ditador.

"Com certeza desejamos entrar na política e participar das primeiras eleições legislativas que serão realizadas na Líbia", disse em entrevista à Agência Efe um dos dirigentes do grupo e membro do Conselho Nacional de Transição (CNT), Amin Belhach.

Ainda não estão definidas quais serão as características do novo partido, já que o primeiro pleito depois da redemocratização só vai ocorrer daqui a dois anos e meio.

A prioridade é acostumar-se à nova realidade, após um longo hiato marcado por um regime personalista e pelo enfraquecimento das instituições. O nome da nova sigla ainda não foi definido, apenas que ela será independente da atual cúpula da organização, dirigida por Suleiman Kader Batus.

"Não tínhamos partido e democracia na Líbia. A primeira coisa que queremos fazer é praticar. Ainda estamos discutindo se a sigla estará restrita aos membros da Irmandade", afirmou Belhach, ex-professor da Faculdade de Engenharia da Universidade de Trípoli e que viveu exilado em Londres durante dez anos.

Embora não contem com a importante contribuição da Irmandade Muçulmana do Egito, o líder garantiu que o grupo tem uma forte presença por toda a faixa norte do país e que desempenharão um papel importante na futura Líbia.

Ao mesmo tempo que revela uma concepção política reformista, a Irmandade é moralmente conservadora. Belhach frisou que sua organização aposta na consolidação de um estado civil democrático e transparente, mas diz que a Líbia é um país muçulmano, por isso essa nova nação deve ser construída sobre as bases do islamismo.

A organização, apontou o ex-professor, defende uma imprensa livre, separação dos poderes e alternância do poder. Em relação aos direitos das mulheres, o líder afirmou que ela deve existir observando as leis islâmicas.

"A visão da Irmandade é de que a política é parte do islã e o islã é parte da política. Para nós, nossa religião é um modo de vida, não apenas algo que expressamos nas mesquitas", explicou o integrante do CNT na recepção de um hotel de luxo em Trípoli, onde se hospedam muitos políticos.

Segudo Belhach, os líderes ocidentais sofrem uma crise de valores e perderam credibilidade junto aos eleitores. O dirigente acredita que a Irmandade, baseada nas leis do islã, não terá esse problema.

"Muita gente critica os políticos ocidentais dizendo que eles não são honestos. A democracia islâmica atuará com o coração e não se limitará aos discursos", considerou.

Além disso, disse Belhach, as supostas divergências existentes no seio do CNT, entre liberais e islamitas, não devem ser levadas em conta, pois o liberalismo não tem força dentro de seu país.

A Irmandade Muçulmana foi criada no Egito em 1928 e se expandiu pelo mundo árabe a partir da década de 1950. Na Líbia, foram duramente perseguidos pelo regime de Muammar Kadafi.

"Antes, não podíamos dizer que pertencíamos à Irmandade, pois nos cortavam as cabeças", finalizou Belhach.

Nenhum comentário:

Postar um comentário