A França vai começar a reprimir os batedores de carteira romenos, abrindo uma nova polêmica um ano depois de o governo ser acusado de perseguição étnica por causa da deportação em massa de ciganos.
As novas medidas, que incluem a deportação de romenos menores de idade que sejam detidos, atendem à preocupação generalizada da população com os crimes não-violentos, a sete meses da eleição presidencial em que Nicolas Sarkozy buscará um novo mandato.
A partir de terça-feira, a mendicância foi proibida durante seis meses na avenida Champs Elysées, muito frequentada por turistas em Paris, e a França estabelecerá uma colaboração com a Justiça romena para congelar os bens de chefes de quadrilhas.
"Desde o começo do ano, uma em cada dez pessoas que compareceram diante de um magistrado é romena", disse o ministro do Interior, Claude Gueant, ao anunciar as medidas na segunda-feira. "Isso precisa parar."
Paris e outras grandes cidades francesas têm registrado mais casos de furtos e mais agressividade dos pedintes, geralmente envolvendo jovens do leste da Europa.
Mas o foco sobre os romenos pode reabrir a polêmica do ano passado, quando Sarkozy decidiu desmantelar acampamentos ciganos e deportar imigrantes ilegais, o que gerou críticas da ONU e de entidades de direitos humanos.
A Romênia tornou-se membro da União Europeia em 2007, o que concedeu aos cidadãos desse país a livre circulação para todos os países do bloco. Alguns, como o Reino Unido, inicialmente restringiram o acesso dos romenos ao mercado de trabalho local, um dos direitos comuns a todos os cidadãos que vivem nos países do bloco.
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