Representantes do governo têm batido na tecla de que o Brasil está mais fortalecido para fazer frente à atual crise econômica global.
Segundo a presidente, Dilma Roussef, o país não é uma ilha, mas "tem baixo risco de contágio" e pode se "blindar" cada vez mais contra os efeitos da crise internacional.
Em 2008, o país tinha menos ferramentas para enfrentar os problemas, segundo Dilma, e atualmente está em melhores condições, já que tem um forte mercado interno, maiores reservas internacionais e um elevado depósito compulsório bancário.
Mas, afinal de contas, o Brasil está mesmo mais preparado agora do que em 2008?
Para a consultoria MB Associados, o país não está muito diferente do que se encontrava naquele momento.
"O país está com indicadores semelhantes aos de 2008, com uma deterioração adicional na inflação, que é preocupante", afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. "A inflação é o mais preocupante porque, infelizmente, pode deixar todos os demais indicadores insignificantes."
"Em praticamente todos os indicadores macroeconômicos houve piora marginal, que pode ser creditada ainda à continuidade das políticas pós-crise. Ou seja, parece haver ainda uma economia sendo estimulada pelas políticas monetária e fiscal quase três anos depois do auge da turbulência", segundo relatório da consultoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário