O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro derrubou nesta terça-feira (26) uma liminar que impedia o corte do ponto dos professores estaduais em greve, que completa hoje 50 dias. Com a decisão, o governo de Sergio Cabral (PMDB) poderá descontar o salário de quem não voltar às salas de aula.
Foram montadas ao menos 15 barracas pelo Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro) para que os professores pudessem dormir. Houve quem se deitasse do lado de fora.
Apesar da decisão, o Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro) afirma que vai manter a greve. Em protesto, professores e funcionários estão acampados em frente à Secretaria de Educação do Estado há 13 dias.
A secretaria, por sua vez, disse que, “por decisão própria”, fez o pagamento dos dias “parados e anotados” desde o início do movimento. No entanto, a partir do dia 1º de agosto, quem estiver em greve terá o ponto cortado. Caso, após o final da greve, não haja reposição, haverá corte retroativo. Ainda de acordo com a secretaria, há 2,1 mil contratos temporários autorizados e que podem ser utilizados a partir do dia 1º.
Reivindicações
A principal reivindicação dos profissionais em greve é o reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. No dia 6, foi realizada uma reunião entre membros do sindicato, deputados e o secretário de educação para discutir as reivindicações da categoria, mas nenhuma decisão foi tomada.
Segundo o sindicato, cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. Já a Secretaria da Educação fala em uma adesão de 1,5% dos 51 mil professores.
O sindicato fala em cerca de 700 mil alunos sem aula; para a secretaria as atividades nas escolas estão praticamente normais. Nenhum dos dois soube informar o número exato de alunos afetados pela paralisação.
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