O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta terça-feira (26) mais uma exoneração no Ministério dos Transportes. Segundo a decisão assinada pela ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, Wilson Wolter Filho deixou o cargo de assessor especial do ministro por iniciativa própria.
Ontem, foi a vez do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), Luiz Antonio Pagot, pedir seu desligamento do cargo. Ele estava de férias, até então, e comunicou a exoneração na manhã de hoje (25) ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos
O comunicado de Pagot foi entregue ao ministro por meio de um representante e, no mesmo documento, Pagot pediu o cancelamento de suas férias, programadas até 4 de agosto. Ele estava afastado do cargo desde que a revista "Veja" publicou denúncias de pagamento de propinas, envolvendo o diretor-geral.
As denúncias envolvendo os Transportes provocou a saída do ex-ministro Alfredo Nascimento, que pediu demissão e resultou em uma série de pedidos de demissão e exonerações no ministério, no Dnit e na Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, estatal que cuida das obras de infraestrutura ferroviária.
Entenda a crise
A crise no Ministério dos Transportes foi detonada depois de a revista “Veja” publicar uma reportagem que acusa o PR de ter um esquema de financiamento eleitoral por meio de superfaturamento de obras. Pagot rebateu a denúncia. “O partido não usou o Dnit para buscar financiamento de qualquer tipo”, afirmou. “É normal que o escopo de uma obra comece de um jeito e termine maior, porque há muitas exigências novas.”
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