A greve dos trabalhadores dos Correios entra nesta sexta-feira em seu terceiro dia. Além de atrasos na entrega, algumas agências fecharam e deixaram de prestar serviços ao público.
Balanço dos Correios divulgado na noite de ontem apontou que 28 milhões de objetos deixaram de ser entregues ou estão atrasados --o que representa 40% dos 70 milhões previstos nesses dois dias de paralisação.
Em vez de faturas de papel, use o débito direto autorizado
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Paralisação dos Correios preocupa franquias da estatal
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Empresas que enviam as cobranças por correspondência postal não são obrigadas a descontar juros e multas por atraso no pagamento das faturas. Esse é o alerta que instituições que trabalham com a defesa do consumidor dão a respeito da greve nos Correios, que começou na quarta-feira.
Mesmo assim, a paralisação não isenta as empresas de responsabilidades com os consumidores.
As entidades de defesa do consumidor afirmam que é obrigação das empresas oferecerem outra forma de pagamento que seja viável ao consumidor (internet, fax, sede da empresa, depósito bancário entre outras), devendo, ainda, divulgar amplamente as alternativas disponíveis.
Os órgãos recomendam aos consumidores que sabem a data de vencimento de suas contas a entrarem em contato com a empresa, para solicitar outra opção para efetuar o pagamento, antes do vencimento, a fim de evitar a cobrança de eventuais encargos e cancelamentos.
As entidades afirmam, ainda, que os consumidores têm o direito de pleitear ressarcimento por eventuais prejuízos em serviços de entrega contratados nos Correios --como o Sedex--, caso haja atraso no recebimento. A reclamação deve ser feita em algum órgão de defesa do consumidor, inclusive podendo exigir, em Juizado Especial, indenização, para ressarcimento de prejuízo moral ou financeiro.
A recomendação para quem precisa enviar encomendas ou correspondência com urgência durante o período de paralisação dos Correios procure por serviços alternativos ou privados de entregas.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) observa ainda que o DDA (Débito Direto Autorizado, serviço bancário disponível desde 2009) elimina a necessidade do boleto impresso. Podem ser acessados eletronicamente pelos consumidores, sem o risco de extravio da correspondência e a alteração dos dados.
A proposta salarial apresentada pelo governo federal incluía reajuste de 6,87% para repor a inflação do período, ganho real de R$ 50 a partir de janeiro para todos os trabalhadores, independentemente do salário, e abono de R$ 800, mas foi retirada.
A categoria reivindica aumento salarial linear de R$ 400 a partir de janeiro, reposição da inflação calculada em 7,16% e mais 24,76% referentes a perdas acumuladas desde 1994.
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