Medida pretende incentivar combate à Aids. Estudos médicos indicam a circuncisão pode reduzir o número de contaminações pelo HIV
Todos os homens do gabinete de ministros do Zimbábue serão circuncidados "para dar exemplo" e tentar reduzir a taxa de infecção do vírus da Aids, em um país em que um em cada sete é soropositivo, anunciou a vice-primeira-ministra do país, Thokozani Khupe.
"Como líderes no governo, devemos dar exemplo para que quando vamos à raiz do problema (aids), se possa entender a importância e os benefícios (da circuncisão)", justificou Thokozani ao jornal governamental "Sunday Mail", quem admitiu que os ministros pensavam que a medida era uma brincadeira quando foi anunciada.
Zimbábue iniciou uma campanha nacional de circuncisão há dois anos, e estima-se que 30 mil homens já tenham se submetido ao procedimento, centrado nos últimos meses especialmente nos maiores de 13 anos.
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Estudos médicos indicam que a circuncisão pode reduzir o número de contaminações pelo vírus HIV em até 60%, por isso que as autoridades zimbabuanas têm como objetivo circuncidar 1,2 milhão de homens até 2015.
"Nosso objetivo é que ninguém morra de HIV nem por doenças derivadas da Aids, só podemos conseguir isso quando nossos líderes comecem a marcar certas pautas", acrescentou Khupe.
Um estudo apresentado em junho e elaborado pelo Unicef e o Banco Mundial indica que cerca de 2,5 mil jovens contraem o HIV diariamente no mundo todo, e a África Subsaariana é a região mas afetada pelo vírus do planeta.
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