TEERÃ (Reuters) - O advogado de dois norte-americanos condenados por fazer espionagem dentro do Irã disse neste domingo que entrou com um recurso contra as sentenças de oito anos de prisão e ainda têm esperança de que seus clientes sejam perdoados.
Masoud Shafiee não pôde ver Shane Bauer e Josh Fattal desde a condenação, na semana passada, mas afirmou que eles foram informados do veredicto, que saiu dois anos após a prisão de ambos perto da fronteira com o Iraque, onde eles dizem que faziam uma caminhada.
A sentença foi uma surpresa para os defensores dos norte-americanos, depois que comentários positivos do ministro das Relações Exteriores do Irã aumentaram a esperança de uma soltura iminente.
"Eu espero que pelo mês santo do Ramadã e o Eid al-Fitr eles possam ganhar clemência islâmica", afirmou Shafiee à Reuters.
O fim do mês de jejum islâmico, que ainda precisa ser anunciado pelas autoridades religiosas do Irã, deve ocorrer na terça ou na quarta-feira, e Shafiee afirmou que a clemência ainda é uma possibilidade.
Bauer e Fattal foram presos em 31 de julho de 2009, juntamente com uma terceira norte-americana, Sarah Shourd, que foi solta após o pagamento de uma fiança de 500 mil dólares em setembro de 2010 e retornou para os EUA.
O trio, cuja faixa etária está próxima aos 30 anos, alega que estava fazendo uma caminhada pelas montanhas do norte do Iraque e que, se cruzaram a fronteira com o Irã, foi por engano. Sob a lei iraniana, a espionagem pode levar à pena de morte.
O julgamento ocorreu com portas fechadas e nenhuma evidência contra os norte-americanos foi publicada.
O assunto aumentou a tensão entre Teerã e Washington, que não mantêm relações diplomáticas desde a Revolução Islâmica de 1979 e a subsequente invasão da embaixada norte-americana por estudantes revolucionários.
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