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Naoto Kan discursa durante encontro com seu partido em Tóquio, nesta sexta-feira
Ele também tinha condicionado sua renúncia à aprovação de outra lei para ativar o segundo orçamento extraordinário para a reconstrução do país, a qual já foi ratificada em julho. "Já que foram cumpridos os três requisitos que estipulei, vou deixar o cargo de presidente do partido, como me comprometi a fazer no dia 2 de junho passado", explicou Kan na reunião da executiva do Partido Democrático (PD).
"Uma vez eleito o novo presidente (do PD), abandonarei o cargo de primeiro-ministro", acrescentou o governante, em referência às eleições internas para o novo líder da legenda, previstas para a próxima segunda-feira.
O PD possui maioria de membros no Parlamento japonês, de modo que o líder previsivelmente se transformará no novo primeiro-ministro do país. A campanha eleitoral de um novo presidente do partido começará neste sábado e os candidatos devem realizar um debate no domingo.
Os nomes mais cotados para o pleito são Yoshihiko Noda, atual ministro das Finanças, e Seiji Maehara, ex-ministro de Relações Exteriores. Kan, de 64 anos, tomou posse do cargo no dia 8 de junho de 2010, após a renúncia de Yukio Hatoyama.
Embora tenha começado seu governo com bons índices de aprovação, sua popularidade foi caindo paulatinamente até despencar com a crise provocada pelo terremoto seguido de tsunami de 11 do março e pelo posterior acidente na usina nuclear de Fukushima.
Ele foi duramente criticado por sua gestão da crise suscitada após o desastre de março e, desde então, tanto membros de seu partido como da oposição exigiram sua renúncia. Com o abandono de Kan, o próximo chefe de Governo será o sexto primeiro-ministro do Japão em apenas cinco anos.
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