Ataque a bomba no prédio das Nações Unidas na capital do país, Abuja, deixa mortos e provoca danos graves
Uma grande explosão atingiu nesta sexta-feira a sede da Organização das Nações Unidas em Abuja, capital da Nigéria, destruindo parte do prédio e deixando vários mortos. Uma autoridade da organização em Genebra disse se tratar de um ataque a bomba.
Segundo testemunhas, a explosão teria sido provocada por um carro-bomba que passou pelos portões do prédio da ONU e estava estacionado bem próximo ao edifício de quatro andares. Segundo um repórter da BBC que está no local, o primeiro andar sofreu danos graves. Serviços de emergência retiram corpos do edifício enquanto dezenas de feridos são levados ao hospital.
O número de vítimas ainda não foi divulgado, mas um funcionário da Unicef que estava no prédio, Michael Ofilaje, disse ter visto "diversos corpos espalhados". Segundo a ele, a explosão pareceu ter acontecido no subsolo e balançou todo o prédio.
Não há informações sobre quantas pessoas estavam no edifício no momento da explosão, mas cerca de 400 funcionários trabalham no local. O prédio da ONU está localizado no mesmo distrito onde ficam a Embaixada dos EUA em Abuja, além de outras representações diplomáticas.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela explosão, mas a Nigéria, que é rica em petróleo, enfrenta diversas ameaças terroristas. No ano passado, um grupo militante do Delta do Níger, conhecido como Boko Haram, explodiu carros-bomba na capital durante a comemoração dos 50 anos da independência do país, deixando 12 mortos.
A Nigéria tem uma população de 150 milhões e está dividida em um sul majoritariamente cristão e um norte muçulmano. O país vem enfrentando uma crescente ameça por parte do Bolo Haram, uma seita radical muçulmana que quer implementar a sharia, código de leis do islamismo
No começo do mês, o comandante americano de operações militares na África, Carter Ham, disse que o Boko Horam poderia estar se aliando a grupos ligados à Al-Qaeda para coordenar ataques na Nigéria. “Acho que é a coisa mais perigosa que pode acontecer não só aos africanos, mas para nós também”, disse Carter.
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