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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Governo anuncia queda no ritmo de desmatamento do Cerrado


BRASÍLIA (Reuters) - O ritmo de desmatamento do Cerrado diminuiu entre 2009 e 2010, apesar da agropecuária, do extrativismo de carvão e do crescimento urbano, que continuaram causando a destruição do bioma, informou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, nesta terça-feira.
Dados do Ministério apontam que o ritmo de desmatamento detectado entre 2009 e 2010 foi de 0,32 por cento do bioma ao ano. Um ano antes, de 2008 a 2009, a média era de 0,37 por cento.
"Houve uma redução na dinâmica do desmatamento do Cerrado," disse Izabella a jornalistas. "Embora alguns Estados apresentem dados preocupantes de supressão de vegetação", afirmou a ministra.
Em números absolutos, o Maranhão foi o Estado que desmatou a maior área - 1.587 quilômetros quadrados, enquanto o Piauí foi proporcionalmente o que mais destruiu sua vegetação -- 1,05 por cento da área de Cerrado no Estado.
Segundo o ministério, a agropecuária, o extrativismo de carvão vegetal e o crescimento urbano são as causas principais do desmatamento desse bioma.
No Distrito Federal e em Goiás, outro aspecto que causa preocupação com o Cerrado são as queimadas, comuns nessa época do ano em que a umidade do ar fica extremamente baixa. Neste ano, de acordo com a ministra, as queimadas foram responsáveis, por enquanto, pela destruição de 322,8 mil hectares, contra 1,678 milhão de hectares no ano passado.
De acordo com Izabella, os dados demonstram que a meta de redução do desmatamento do Cerrado em 40 por cento até 2020 está sendo cumprida. Esse objetivo foi assumido dentro da proposta geral apresentada pelo Brasil à ONU de redução voluntária de emissão de gases do efeito estufa.
"Em termos médios, a meta está sendo cumprida. Nós estamos nos limites", afirmou a ministra.
O desmatamento é um dos principais fatores que contribuem para a emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global.
Na Amazônia, a meta de redução do desmatamento é de 80 por cento. Uma forte alta no ritmo de desmatamento nesse bioma em março e abril deste ano, quando foram desmatados 593 quilômetros quadrados, levou a ministra a criar um gabinete de crise em maio para apurar as causas do aumento.
CAMADA DE OZÔNIO
A ministra também anunciou a implantação de um programa de eliminação de gases HCFCs, usados em grandes refrigeradores, aparelhos de ar condicionado, e na produção de espumas de poliuretano.
Esses gases são usados em substituição aos CFCs, apontados como grandes responsáveis pela destruição da camada de ozônio, mas, mesmo tendo um potencial menor de agressão à camada, os HCFCs contribuem para o aquecimento global.
O programa destinará 19,597 milhões de dólares a 386 indústrias nacionais para que troquem seu maquinário por equipamentos que utilizem outros gases. Os recursos são de um fundo internacional para a Implementação do Protocolo de Montreal, informou o ministério.

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