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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Al Qaeda exalta êxito de revoltas árabes, o que considera ameaça aos EUA

Cairo, 13 set (EFE).- O atual líder da Al Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, atribuiu ao grupo terrorista que comanda o êxito das revoluções árabes, que representam uma ameaça aos Estados Unidos.

A afirmação foi feita em vídeo divulgado por causa do 10º aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Divulgado na segunda-feira à noite em um site islamita, o vídeo inclui uma suposta gravação inédita do falecido líder do grupo Osama bin Laden, quem justifica o assassinato de americanos para proteger os muçulmanos.

Zawahiri, que assumiu a liderança da Al Qaeda após a morte de Bin Laden no Paquistão pelas mãos de um comando americano em maio passado, atribui a sua organização o êxito pelas revoltas árabes, que beneficiam e representam, na opinião deles, um golpe forte para Washington como 11/9.

"EUA alegam que seus valores triunfaram e que as correntes extremistas fracassaram, mas se esquecem que a revolução árabe derrubou Hosni Mubarak, a joia estratégica dos EUA e Israel, e a Zine el Abidine Ben Ali, seu fiel agente. Quem ganhou e quem perdeu?", questiona Zawahiri.

O líder da Al Qaeda afirma ainda que durante as revoltas "milhares de detidos islamitas que estavam presos por ordens diretas dos EUA foram libertados".

"As revoltas árabes libertaram os povos árabes do medo e do terror, e os povos árabes querem o islã, e querem que se governe com o islã", defende Zawahiri na gravação com uma hora de duração e cuja veracidade não foi confirmada.

Além da queda de Mubarak e Ben Ali e da complicada situação dos líderes da Síria, Iêmen e Líbia, Zawahiri ressalta que os EUA também vão perder "seus agentes" na Arábia Saudita, na monarquia do Golfo Pérsico, Marrocos e Argélia.

Para o chefe da rede terrorista, as revoluções árabes são um golpe tão forte para os EUA como os atentados do 11-9 e derrota no Iraque e no Afeganistão.

No vídeo, que mostra uma imagem fixa de Zawahiri, ele pede a cada muçulmano que quer a liberdade de sua nação que enfrente os EUA para que se consiga a queda dos regimes fiéis a esse país.

Também exige que os ricos aproveitem a liberdade que há na Tunísia e no Egito para criarem novos meios de comunicação que defendam "a verdadeira religião".

Zawahiri adverte sobre o risco de membros dos antigos regimes "roubem" as revoluções e pede aos protagonistas das revoltas que defendam o islã.

Do Egito, seu país de origem, diz que a junta militar transformou a revolução do povo em um golpe de Estado e chama aos islamitas que continuem "a batalha para impor a sharia (lei islâmica) como única fonte de legislação, acima da Constituição".

Com relação ao vídeo de Bin Laden, de seis minutos de duração e exibido após o discurso de Zawahiri, o ex-líder adverte os cidadãos americanos que eles estão se transformando em "trabalhadores do capitalismo sionista e reféns das grandes empresas".

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