O exército mexicano iniciou neste sábado o envio de 3.000 militares e policiais federais a Monterrey (nordeste) para reforçar a segurança dessa cidade atingida pelo ataque de quinta-feira contra um cassino que deixou 52 mortos, informou o governo.
Da capital mexicana partiram "300 efetivos militares a bordo de dois aviões da Força Aérea Mexicana com destino à cidade de Monterrey", informou a Secretária da Defesa em comunicado.
No total, serão enviados 1.500 soldados. Os outros 1.200 oficiais serão mobilizados em um prazo máximo de 72 horas em Monterrey, terceira maior cidade do México, detalhou o órgão.
Quanto à polícia federal, 1.500 oficiais já se encontram em Monterrey equipados com carros blindados e helicópteros, informou em um comunicado a Secretaria de Segurança Pública.
O presidente Felipe Calderón ordenou na sexta-feira reforçar a segurança em Monterrey e no restante do estado de Nuevo León, atingidos por uma violenta disputa entre cartéis de traficantes, e perseguir os autores do incêndio intencional no cassino Royale que se tornou o ataque mais mortífero da história recente do país.
O governo mexicano já tinha aumentado em duas ocasiões seu dispositivo de segurança em Nuevo León e no vizinho Tamaulipas, ambos na fronteira com os Estados Unidos, diante do aumento da disputa entre o cartel do Golfo e seu antigo braço armado, Los Zetas.
A estratégia militar de Calderón, que tem cerca de 50.000 soldados nas ruas contra o crime organizado, foi considerada contraproducente pela oposição. Organizações civis nacionais e internacionais como Anistia Internacional ou Human Rights Watch denunciam que os soldados cometeram graves violações aos direitos humanos no contexto da luta antidrogas.
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