Ao menos oito pessoas morreram em diferentes estados do país.
Dois homens usam botem para circular por via alagada na Carolina do Norte durante passagem do furacão Irene pelo estado (Foto: John Bazemore/AP)
Mais de 1 milhão de pessoas ficaram sem energia elétrica.
Dois homens usam botem para circular por via alagada na Carolina do Norte durante passagem do furacão Irene pelo estado (Foto: John Bazemore/AP)
O furacão Irene atingiu a costa leste dos Estados Unidos na manhã deste sábado (27) e causou a morte de ao menos oito pessoas, cancelamento de voos, fechamento de aeroportos e inundações, além de deixar mais de 1 milhão de americanos sem energia elétrica. Classificado como de categoria 1 (de menor intensidade, em uma escala que vai até 5), o fenômeno tem ventos que atingem a velocidade de 140 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) dos EUA. O Irene, no entanto, vem perdendo força e deve chegar a Nova York, na manhã deste domingo (28), enfraquecido.
Por causa do furacão, autoridades determinaram o fechamento dos aeroportos de Nova York a partir das 22h deste sábado (23h em Brasília). A decisão afeta os aeroportos de La Guardia, John F. Kennedy International e Newark. Até a noite deste sábado, mais de 6 mil voos tinham sido cancelados em todo o país. O serviço de transporte público de Nova York também foi prejudicado, com a interrupção do funcionamento do metrô e da circulação de ônibus.
No Brasil, a TAM confirmou o cancelamento de três vôos que iriam para Nova York e um que voltaria da cidade norte-americana para o país. Quatro vôos programados para este domingo (29) estão suspensos. A companhias Delta e American Airlines também cancelaram voos deste sábado e do domingo.
O estado da Carolina do Norte foi o primeiro a ser atingido pelo Irene nos Estados Unidos. Além de Nova York, Virgínia e Maryland também estão na rota do furacão.
Mortes
Até a noite deste sábado, somente nos Estados Unidos, o furacão causou a morte de, pelo menos, oito pessoas. Outras seis morreram no Caribe durante a passagem do Irene dias antes.
Até a noite deste sábado, somente nos Estados Unidos, o furacão causou a morte de, pelo menos, oito pessoas. Outras seis morreram no Caribe durante a passagem do Irene dias antes.
No estado da Carolina do Norte, onde o Irene tocou a terra às 7h30 do horário local (8h30 de Brasília), ao menos cinco pessoas morreram por causa do furacão. A primeira vítima foi um homem do condado de Nash County. Um galho de uma árvore de grande porte caiu sobre ele, enquanto a vítima caminhava do lado de fora de sua casa. No momento do acidente, os ventos na região alcançavam mais de 100 km/h.
A outra vítima, de acordo com a Divisão de Gerenciamento de Emergências, foi um homem não identificado de Onslow County, que sofreu um ataque cardíaco enquanto colocava placas de madeira sobre as janelas de sua casa. A terceira pessoa que morreu na Carolina do Norte foi vítima de um acidente de trânsito no condado de Pitt.
Segundo a rede de TV americana CNN, ainda na Carolina do Norte, uma árvore caiu sobre um carro, matando uma pessoa. A outra vítima no estado foi uma criança, que morreu após o carro em que ela estava ser atingido por outro em um cruzamento em que os semáforos não funcionavam.
No estado da Virgínia, duas pessoas morreram. Uma das vítimas é um garoto de 11 anos que morreu após uma árvore cair no apartamento onde ele morava. O acidente aconteceu na tarde deste sábado.
Às 20h30 deste sábado, a rede de TV americana CNN afirmava que a outra vítima da Virgínia é um homem que morreu após uma árvore atingir o carro onde ele estava. A sexta vítima, de acordo com a emissora, é um surfista, que morreu após sofrer um ferimento durante as fortes ondas causadas pelo Irene no mar da Flórida.
Emergência
Ao todo, sete estados dos EUA estão em emergência. Cerca de 2 milhões de pessoas foram orientadas a sair de casa, entre elas, o presidente norte-americano, Barack Obama, que interrompeu as férias na região neste sábado e se deslocou à sede da Agência Federal para a Gestão de Emergências (Fema) para acompanhar a passagem do furacão Irene.
Ao todo, sete estados dos EUA estão em emergência. Cerca de 2 milhões de pessoas foram orientadas a sair de casa, entre elas, o presidente norte-americano, Barack Obama, que interrompeu as férias na região neste sábado e se deslocou à sede da Agência Federal para a Gestão de Emergências (Fema) para acompanhar a passagem do furacão Irene.
Em Nova York, 370 mil deixaram suas casas para se proteger do furacão. No vizinho estado Nova Jersey, 1 milhão de pessoas foram retiradas da área costeira.
Ressaca 'extremanete' perigosaEste é o primeiro ciclone que chega ao território dos EUA desde 2008, quando Ike tocou a terra em Galveston, no Texas. O Irene começou a dar seus primeiros sinais ainda nesta sexta-feira (26), quando o litoral da Carolina do Norte foi atingido por fortes ventos, chuvas torrenciais e ressaca.
Os meteorologistas recomendaram aos moradores que tomassem precauções porque a passagem do Irene causará ressaca extremamente perigosa, que deve elevar o nível de água entre dois e três metros acima da média.
Segundo o instituto, o Irene chegou a alcançar, nesta sexta, o nível 3 na escala Saffir-Simpson, com ventos a uma velocidade de 170 km/h, e chegou a possuir a mesma categoria do Katrina, o furacão que devastou Nova Orleans em 2005, deixando 1,7 mil mortos.
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