Condições devem piorar à medida que o centro da tempestade chegar ao continente. Classificação do furacão foi reduzida para categoria 1
O furacão Irene, que deixou pelo menos seis mortos em sua passagem pelo Caribe, começou a castigar nesta sexta-feira o litoral da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, com fortes ventos, chuvas torrenciais e uma ressaca "extremamente perigosa", segundo boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC). Além disso, cortes de energia afetaram mais de 91 mil moradores.
As condições climáticas devem piorar conforme o centro do furacão se aproximar do Estado, o que deve acontecer neste sábado. A expectativa é que o Irene siga em direção à costa de Nova York no domingo e vá perdendo força até chegar à Nova Inglaterra.
Durante a madrugada deste sábado, o Irene perdeu força e foi reduzido para a categoria 1 na escala de intensidade Saffir-Simpson, que vai até cinco. Com ventos de 160 km/h, o furacão ainda representa uma ameaça para os EUA. "O perigo é o mesmo", afirmou Mike Brenna, funcionário do NHG. "A questão-chave nesta tempestade é seu tamanho e duração, não necessariamente a força do vento."
Alertas de furacão foram emitidos para grande parte da costa leste dos EUA, da Carolina do Norte até Nova York e mais ao norte, em Massachussets, nas ilhas de Nantucket e Martha's Vineyard, onde Obama passava férias até sexta-feira.
Autoridades ordenaram que 2,3 milhões de pessoas sejam retiradas das áreas de risco, incluindo 1 milhão em Nova Jersey, 315 mil em Maryland, 300 mil na Carolina do Norte, 200 mil na Virgínia e 100 mil em Delaware. Segundo Jay Baker, professor de Geografia na Universidade Estadual da Flórida, trata-se do furacão que ameaçou o maior número de pessoas em toda a história dos EUA.
O governo da cidade de Nova York ordenou a retirada de 300 mil moradores de áreas de risco, como Battery Park City, no sul de Manhattan, Coney Island e a praia de Rockaway.
O sistema de transporte público, que atende cerca de cinco milhões de pessoas em um dia útil, será fechado ao meio-dia de domingo. A medida já foi tomada antes, durante uma greve de funcionários em 2005 e após os ataques de 11 de Setembro de 2001, mas nunca por causa de questões climáricas.
Os meteorologistas recomendaram aos moradores que tomem precauções porque o Irene causará uma ressaca "extremamente perigosa, que elevaria o nível de água entre dois e três metros acima da média normal".
Cancelamento de voos e aeroportos afetados
A companhia JetBlue anunciou nesta sexta-feira que está cancelando 880 voos entre sábado e segunda, a maioria deles de aeroportos em Nova York e Boston. A American Airlines cancelou 32 voos nesta sexta-feira, em sua maioria na Carolina do Norte e Virgínia, e espera-se que suspenda outros para dentro e fora dos aeroportos na área de Washington — cerca de 150 voos por dia.
A Southwest Airlines planeja cancelar os voos para e de Norfolk, Virgínia, a partir da manhã de sábado. Outras companhias afirmaram nesta sexta-feira que esperavam para ter mais certeza da rota do Irene antes de anunciar mais suspensões.
A companhia francesa Air France também cancelou suas operações com destino à costa leste americana neste final de semana e todos os previstos para Nova York, como medida de precaução. No Brasil, a TAM anunciou o cancelamento de oito voos entre São Paulo e NY.
Além disso, cinco aeroportos locais fecharão para os voos de chegada - domésticos e internacionais - a partir do meio-dia deste sábado (13h de Brasília). Os aeroportos afetados são o John F. Kennedy International, Newark Liberty International, LaGuardia, Stewart International and Teterboro.
Mapa mostra áreas que podem ser mais afetadas por furacão:
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