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sexta-feira, 29 de julho de 2011

França aponta falta de preparo dos pilotos em queda do voo Rio-Paris

Para a BEA, pilotos não adotaram procedimentos para lidar com queda de velocidade


acidente-airfrance-2009
Avião da Air France que fazia o voo do Rio de Janeiro para Paris
 caiu no oceano Atlântico em junho de 2009, matando as 228 pessoas a bordo
O BEA (Escritório de Investigações e Análise), órgão oficial francês encarregado de investigar o acidente do voo Rio-Paris em 2009, considerou em seu relatório divulgado nesta sexta-feira (29) que uma série de erros dos pilotos provocou a queda da aeronave.
O avião da Air France que fazia o voo do Rio de Janeiro para Paris caiu no oceano Atlântico em junho de 2009, matando as 228 pessoas a bordo. Segundo o documento, os pilotos não adotaram o procedimento adequado após os primeiros problemas detectados durante o voo: perda de indicadores de velocidade - falha para a qual eles não foram treinados para lidar - e perda de sustentação da aeronave.
No relatório, os investigadores do BEA pediram um treinamento melhor para os pilotos. O documento detalha que eles não discutiram os repetidos alarmes sobre perda de velocidade antes de o Airbus que pilotavam cair.
Além disso, a tripulação não fez nenhum anúncio aos passageiros sobre a situação da aeronave antes do acidente, diz o BEA. Trata-se do terceiro relatório sobre as investigações técnicas do caso.








As duas caixas-pretas - que registraram os parâmetros do voo e as conversas na cabine dos pilotos - foram resgatadas do fundo do mar no início de maio, após passarem 23 meses a 3.900 metros de profundidade no oceano Atlântico.
O órgão emitiu dez novas recomendações de segurança, incluindo mais treinamento sobre como pilotar aeronaves manualmente em grandes altitudes.
Em um comunicado, a Air France disse que os alarmes que apontariam a perda de potência do avião não estavam em perfeito funcionamento. Segundo a empresa, as ativações e interrupções dos alarmes, fora de sincronia com as condições do avião, “contribuíram fortemente para a dificuldade da tripulação em avaliar a situação”.

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