A Polícia Federal do Amazonas informou nesta sexta-feira que realizou uma operação de busca e apreensão de documentos na casa da superintendente da Zona Franca de Manaus, Flávia Grosso, e de mais cinco funcionários da autarquia federal.
Grosso responde a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal por suspeitas de improbidade administrativa. Em março, teve os bens bloqueados pela Justiça em outra acusação.
Segundo a PF, na casa da superintendente foram apreendidos documentos, joias e dinheiro. Os valores não foram informados. Não ocorreram prisões.
Desde março, Flávia Grosso e dirigentes da Fucapi (Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica) são suspeitos de lesar o patrimônio público e de enriquecimento ilícito em convênios.
Ela nega as irregularidades. Hoje, a Suframa, por meio da assessoria de imprensa, disse que Grosso não iria comentar a operação da PF em sua casa.
A Fucapi é uma entidade privada criada com recursos públicos federais para prestar serviços à Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), autarquia federal que concede os incentivos fiscais às indústrias.
Segundo o MPF, uma investigação detectou licitação da Suframa direcionada à Fucapi. O contrato era de prestação de serviços técnicos e de assessoria.
Em outra ação, a Justiça Federal bloqueou um veículo e dinheiro em conta corrente de Grosso, e de mais quatro pessoas. A superintendente também é investigada por autorizar um contrato com o Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), que, segundo o MPF, é suspeito de ter sido superfaturado. O total dos bens bloqueados somou R$ 3,7 milhões.
Flávia Grosso é técnica de carreira da Suframa e está na superintendência da autarquia desde 2003.
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