SEJA SEGUIDOR E FORTALEÇA NOSSO TRABALHO DE INFORMAR

You want to access my blogger and would appreciate any information about any subject can put what I will do my best to answer. Whether you live in: United States, Germany, United Kingdom, Pakistan, Portugal, Angola, Canada, Malaysia, Mozambique, Netherlands, Denmark, Russia, Morocco, United Arab Emirates, Or anywhere else in the world. I'll be here to help you. hugs Angela Alcantara

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Governo articula para gastar como quiser R$ 60 bilhões do Orçamento 2012


O governo dará nesta terça-feira (20) um dos passos iniciais para estender até o fim de 2015 a DRU (Desvinculação de Receitas da União), na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Prioridade da presidente Dilma Rousseff, a medida permite que 20% de contribuições federais tenham destinação diferente da originalmente prevista. No ano que vem, o mecanismo livraria cerca de R$ 60 bilhões de um destino garantido.
Atualmente, recursos da DRU --aprovada três vezes no governo Fernando Henrique Cardoso e duas no de Luiz Inácio Lula da Silva-- ajudam a compor o superavit primário do governo, ou seja, os recursos economizados para pagar juros da dívida pública. A última renovação, que passou a desviar da área educacional, vale até 31 de dezembro deste ano. A oposição quer que saúde e programas sociais também escapem do mecanismo.
A DRU permite ao governo usar um quinto de receitas de contribuições como a Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico, incluindo a que incide sobre combustíveis) e a Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). Caso o Congresso derrube a sexta prorrogação, esses recursos terão de ser vertidos exclusivamente nas áreas com as quais têm vínculo.
O primeiro passo para aprovar o mecanismo é a CCJ da Câmara aprovar sua admissibilidade nesta tarde. “A DRU já foi admitida cinco vezes, inclusive tinha outros nomes”, disse o relator da proposta, deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL). Para Alfredo Kaefer (PSDB-PR), “a DRU já fez sentido”, mas o governo quer “um cheque em branco apesar de ter orçamento equilibrado e política de estabilização para a crise”.

Trâmite complicado

A proposta de emenda constitucional exigirá mais adiante, se aprovada na comissão, o apoio de três quintos dos 513 deputados. A oposição já combate a iniciativa e o Palácio do Planalto tem pouco espaço para concessões em meio à crise internacional, conforme aliados da presidente admitem nos bastidores. Em 2012 as receitas desvinculadas serão de R$ 210 bilhões e cairiam para R$ 150 bilhões sem a DRU.
Embora a passagem da proposta pela comissão esteja marcada para esta terça-feira, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), previu para novembro a primeira das duas votações em plenário na Casa --o mesmo processo acontecerá no Senado. “Não há como fugir disso. O prazo é exíguo, mas é nele que temos de trabalhar. Não podemos criar subterfúgios, temos que negociar bem”, afirmou.
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, já afirmou que o Executivo mudará o Orçamento de 2012 se a DRU não for prorrogada. “Isso vai acontecer na intensidade com que aconteceu na derrubada da prorrogação da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira]”, disse. “Precisamos desse mecanismo para enfrentar a grave crise econômica internacional que vivemos.”
Assim como nos últimos anos do governo Lula, a proposta a ser levada à Câmara nesta terça-feira não prevê desvinculação de nenhum recurso da educação nem do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Isso, no entanto, não arrefeceu o ânimo entre os oposicionistas, que impediram a votação na comissão no dia 13 de setembro. “Sem negociação de mais áreas sem desvinculação, vai ser no voto”, diz o tucano Kaefer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário