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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Anel rodoviário do Afeganistão está cheio de obstáculos

Cabul, 20 set (EFE).- A construção de estrada que irá pela primeira vez circundar o Afeganistão está em vias de terminar no oeste do país, após uma polêmica gerada pelo enorme custo e o atraso que acumula o projeto.

Com cerca de 3,2 mil quilômetros, a chamada "ring road" afegã custou mais de US$ 2 bilhões, o que a transforma no principal projeto da reconstrução de um país prejudicado pelas guerras e mal interligado.

Já nos anos 60, os governantes afegãos transformaram uma rede de vias secundárias e de má qualidade em uma estrada moderna para melhorar as comunicações dentro do país e aproveitar sua estratégica localização no centro da Ásia.

"É uma estrada que pode ser muito boa para nosso país", explica o ex-vice-ministro de Interior, Abdul Hadi, lembrando que agora só precisa de um dia para ir de Cabul até sua província natal Farah graças à estrada.

"Antes necessitava de 14 dias para o trajeto. É uma mudança muito positiva, mas nunca perguntamos aos afegãos se era realmente uma grande prioridade para a reconstrução do país", acrescenta Hadi.

Como o ex-vice-ministro afegão, observadores locais e internacionais opinam que a obra terá um efeito positivo a médio e longo prazo no país e na região, mas que havia prioridades mais urgentes.

Os gerentes da reconstrução e especialmente a Agência Americana de Desenvolvimento Internacional (Usaid) foram criticados de antepor sua visão às necessidades reais de um país devastado por décadas de guerra.

Um alto cargo da missão da Otan, Michael Tucker, declarou há dois anos ao jornal online "Asia Times": "A segurança no Afeganistão está definida em última instância por nossa habilidade de construir e defender a 'ring road'".

O projeto estava previsto para ser finalizado há anos, mas as empresas construtoras apresentaram problemas de segurança para justificar os contínuos atrasos.

Os últimos trechos do anel viário serão construídos na província ocidental de Badghis. Contudo, uma fonte diplomática ocidental reconhece que o traçado da estrada na província nessa província discorre por áreas controladas pelos talibãs, o que torna difícil garantir a segurança das obras de construção.

A comunidade internacional dedicou grande parte dos US$ 60 bilhões que investiu na reconstrução do país na construção de estradas, o que foi visto com bons olhos pelos militares responsáveis pela intervenção.

As obras viárias despertaram, no entanto, muitos receios devidos a maneira obscura com que os fundos destinados às construções das estradas foram administrados.

Em 2006, a Espanha financiou o acondicionamento de um trecho da estrada no sul de Badghis e as obras foram realizadas por uma construtora pública espanhola, a Tragsa. Outros doadores, no entanto, optaram por redes de contratos e terceirizações nas quais a gestão dos fundos nem sempre é transparente, o que foi objeto de numerosas críticas.

Organizações como a Integrity Watch Afghanistan questionam a gestão de construtoras que cobram preços muito altos pelas obras no país e depois oferecem produtos de muito baixa qualidade. Houve inclusive acusações por parte da imprensa americana de que parte do investimento na "ring road" foi parar nas mãos dos talibãs, mediante extorsões de empresas construtoras.

Segundo o analista afegão Harun Mir, "uma das principais vias de entradas dos talibãs são as estradas, especialmente a que liga Cabul e Kandahar (que faz parte da "ring road") e também as linhas que vão destas duas cidades em direção ao Paquistão". Isso explicaria porque os talibãs se mostram favoráveis à construção de estradas "sempre que não sejam para uso militar dos invasores".

Em declarações à Efe, um porta-voz insurgente, Zabuila Mujahid, se queixou de que as estradas "não estão sendo feitas com suficiente qualidade porque o Governo está ficando com o dinheiro que deveria ir para o povo afegão".

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