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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Empresário do RJ nega ter negociado propina em Teresópolis após chuvas


Representante da Terrapleno fez declaração à CPI da serra, na Alerj.
Ele disse que não conhece o dono da RW, que teria denunciado a propina.


À direita, Alfredo Chrysostomo de Moura, da Vital Engenharia, com os deputados Luiz Paulo (PSDB), à esquerda, e Nilton Salomão  (PT) (Foto: Lilian Quaino/G1)
À direita, Alfredo Chrysostomo de Moura, da
Terrapleno, com os deputados Luiz Paulo
(PSDB), à esquerda, e Nilton Salomão (PT)
(Foto: Lilian Quaino/G1)
O representante da Terrapleno Terraplanagem e Construção, Alfredo Chrysostomo de Moura, negou, na manhã desta quinta-feira (18), que tivesse feito parte de uma reunião com José Ricardo Oliveira, sócio da RW Engenharia e Consultoria, em janeiro, quando teria sido negociada propinacom a prefeitura de Teresópolis para a realização de obras de emergência após as chuvas que deixaram quase 400 mortos na cidade.
Chrysostomo fez a declaração aos deputados da CPI da serra, na Assembleia Legislativa (Alerj), no Centro do Rio. Ele disse que não conhece Oliveira e que vai processá-lo. Oliveira tinha confirmado a propina em depoimento à CPI da Alerj, no dia 8 de agosto.
"Agradeço a convocação para falar à CPI para que a verdade apareça. Estou indignado", disse ele, explicando que sua empresa trabalha há 20 anos com prefeituras, governos de estado e com órgãos federais, sofrendo auditorias regulares sem nunca ter sido punida.
A CPI investiga a responsabilidade dos órgãos públicos na tragédia das chuvas de janeiro, quando mais de 900 pessoas morreram.
Chrysostomo disse que nunca teve contrato com a Prefeitura de Teresópolis para obras de emergência. Ele explicou aos deputados que tinha contratos anteriores à tragédia para obras de recuperação de avenidas, que tiveram que ser suspensas por causa das chuvas. Com isso, disse ele, colocou seus recursos e equipamentos à disposição da prefeitura para ajudar na recuperação da cidade, sem ônus para o município.
50 mil em área de risco
No dia 5 de agosto passado, a promotora Anaíza Helena Malhardes Miranda, titular da 1ª Promotoria de Tutela Coletiva de Teresópolis, disse que há atualmente 11.460 moradias em áreas de risco no município, num total que pode chegar a 50 mil pessoas. Na mesma sessão da CPI, o ex-prefeito de Teresópolis, Mário Tricano, negou que tivesse incentivado a ocupação irregular na cidade.
Prefeito afastadoAs denúncias de mau uso das verbas emergenciais em Teresópolis provocaram o afastamento do prefeito Jorge Mário. O vice-prefeito da cidade, Roberto Pinto, assumiu o cargo interinamente, mas morreu dois dias depois e foi substituído pelo presidente da Câmara de Vereadores, Arlei de Oliveira Rosa.

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