O cineasta greco-cipriota Mihalis Cacoyannis, que faleceu nesta segunda-feira, em Atenas, aos 89 anos, foi um dos últimos grandes clássicos a marcar a história do cinema universal, com "Zorba o Grego", e com uma trilogia de tragédias, que revelou a grande atriz Irène Papas.
"Mihalis (Michel) Cacoyannis representa a versão mais criativa e extrovertida da cultura grega contemporânea", considerou o ministro da Cultura Pavlos Géroulanos, em comunicado publicado algumas horas após sua morte.
Nascido em Limassol (Chipre) em 1921, mas criado na Grã-Bretanha, Cacoyannis trabalhou como advogado, até se interessar por cinema, no qual começou como ator, em 1947.
Instalado em Atenas, em 1952, produziu seus principais filmes entre os anos 50 e 70.
O longa-metragem mais conhecido, "Zorba o Grego", que fez a glória de Anthony Quinn, é o afresco de uma Grécia rural, extremamente pobre e austera, de costumes rígidos, onde as mulheres adúlteras são vítimas de crimes em legítima defesa de honra, ainda exitentes em torno do Mediterrâneo e nos Bálcãs.
A música do filme foi composta por outro grande expoente das artes no país, Mikis Théodorakis, famoso em todo o mundo.
"Trouxe ao cinema grego uma certa maturidade", considerou, nesta segunda-feira, Michel Demopoulos, crítico da sétima arte, ex-diretor do festival de cinema de Salônica que prestou, em 1995, uma homenagem particular a Cacoyannis pelo conjunto de sua obra.
"Ele desempenhou um papel determinante na história do cinema grego", com um primeiro período neorrealista, durante a qual realizou filmes como "Nunca aos domingos" (1954), ou "Stella" (1955) que consagou Melina Mercouri.
Na segunda fase, no início dos anos 60, renovou totalmente o gênero de tragédia antiga grega em relação aos cânones em vigor na época, graças, principalmente, à utilização de cenários naturais usados durante toda a produção, o que é diferente de um teatro filmado.
As obras que mais chamaram a atenção foram Electra (1962), um filme em preto e branco, premiado no festival de Cannes, e mais tarde Ifigênia (1977).
Para essa série, o realizador revelou o talento da grande Irène Papas, mas dirigiu, também, atrizes hollywoodianas como Katherine Hepburn ou Vanessa Redgrave (As Troianas, 1971). Para a trilha musical, prosseguiu trabalhando com Mikis Theodorakis.
Em 1974, esse cipriota realizou em sua ilha natal, "Átila 74", um musical e documentário traçando a invasão turca à ilha.
Cacoyannis parou de filmar há cerca de dez anos, devido à saúde frágil, mas consagrou sua energia a uma fundação dedicada ao cinema e ao teatro, em Atenas. Também participou da renovação da iluminação da Acrópole de Atenas.
A missa por sua alma será celebrada na quinta-feira, numa igreja do centro de Atenas.
"Mihalis (Michel) Cacoyannis representa a versão mais criativa e extrovertida da cultura grega contemporânea", considerou o ministro da Cultura Pavlos Géroulanos, em comunicado publicado algumas horas após sua morte.
Nascido em Limassol (Chipre) em 1921, mas criado na Grã-Bretanha, Cacoyannis trabalhou como advogado, até se interessar por cinema, no qual começou como ator, em 1947.
Instalado em Atenas, em 1952, produziu seus principais filmes entre os anos 50 e 70.
O longa-metragem mais conhecido, "Zorba o Grego", que fez a glória de Anthony Quinn, é o afresco de uma Grécia rural, extremamente pobre e austera, de costumes rígidos, onde as mulheres adúlteras são vítimas de crimes em legítima defesa de honra, ainda exitentes em torno do Mediterrâneo e nos Bálcãs.
A música do filme foi composta por outro grande expoente das artes no país, Mikis Théodorakis, famoso em todo o mundo.
"Trouxe ao cinema grego uma certa maturidade", considerou, nesta segunda-feira, Michel Demopoulos, crítico da sétima arte, ex-diretor do festival de cinema de Salônica que prestou, em 1995, uma homenagem particular a Cacoyannis pelo conjunto de sua obra.
"Ele desempenhou um papel determinante na história do cinema grego", com um primeiro período neorrealista, durante a qual realizou filmes como "Nunca aos domingos" (1954), ou "Stella" (1955) que consagou Melina Mercouri.
Na segunda fase, no início dos anos 60, renovou totalmente o gênero de tragédia antiga grega em relação aos cânones em vigor na época, graças, principalmente, à utilização de cenários naturais usados durante toda a produção, o que é diferente de um teatro filmado.
As obras que mais chamaram a atenção foram Electra (1962), um filme em preto e branco, premiado no festival de Cannes, e mais tarde Ifigênia (1977).
Para essa série, o realizador revelou o talento da grande Irène Papas, mas dirigiu, também, atrizes hollywoodianas como Katherine Hepburn ou Vanessa Redgrave (As Troianas, 1971). Para a trilha musical, prosseguiu trabalhando com Mikis Theodorakis.
Em 1974, esse cipriota realizou em sua ilha natal, "Átila 74", um musical e documentário traçando a invasão turca à ilha.
Cacoyannis parou de filmar há cerca de dez anos, devido à saúde frágil, mas consagrou sua energia a uma fundação dedicada ao cinema e ao teatro, em Atenas. Também participou da renovação da iluminação da Acrópole de Atenas.
A missa por sua alma será celebrada na quinta-feira, numa igreja do centro de Atenas.
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