O norueguês Anders Behring Breivik, que admitiu ser o autor do massacre que deixou 93 mortos na Noruega na sexta-feira (22), chegou nesta segunda-feira (25) ao tribunal de Oslo para sua primeira audiência, a portas fechadas.
Breivik chegou em um Volvo azul, diante de uma multidão que se aglomerou na porta do tribunal. Conforme o carro foi tentando entrar no prédio, várias pessoas começaram a gritar "traidor".
Segundo uma testemunha, Breivik estava sentado no banco de trás do veículo. Alguns jovens tentaram balançar o carro e um afirmou à agência Reuters que "todos querem ver o atirador morto".
De acordo com a TV NRK, os jovens revoltados não têm ligação com as vítimas de Utoeya, mas são moradores de Oslo indignados com o massacre. "Ninguém destrói a cidade que nós amamos e sua população", afirmou uma rapaz.
Durante a audiência, o juiz Kim Heger deve decidir sobre a detenção temporária de Breivik.
A polícia norueguesa pedirá excepcionalmente oito semanas de prisão provisória para Breivik, informou o canal TV2.
Viola Bjelland, porta-voz da polícia, confirmou à AFP que, em circusntâncias excepcionais, podem ser pedidas oito semanas de detenção, o dobro do habitual.
Atualmente, Breivik tem o estatuto de suspeito, ante o sistema judicial norueguês e não pode ser considerado culpado até o final da investigação policial, mesmo que já tenha assumido o crime. A polícia afirmou que ainda desconhece os motivos para o massacre. Segundo Breivik, ele atuou sozinho.
Segundo explicou sua defesa, Breivik tinha manifestado também sua disposição de oferecer uma ampla declaração perante o juiz, para a qual desejava, a presença da imprensa.
No entanto, a decisão de impedir a entrada da imprensa tem o objetivo de impedir que o acusado dê declarações e consiga repercussão com os meios de comunicação. No domingo (24), o advogado do atirador afirmou que Breivik pediu para comparecer de uniforme à audiência.
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