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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Comissão Europeia recomenda austeridade até para França e Alemanha

A Comissão Europeia recomendou a França e Alemanha que continuem seus programas de contenção das despesas a fim de reduzir seus níveis de dívida pública. Os dois países já sofrem com um severo corte na expectativa de crescimento econômico e pelo risco da Europa entrar em recessão.

O órgão publicou nesta segunda-feira (12/09) um relatório sobre a situação das finanças públicas na eurozona, no qual fez recomendações aos Estados. Entretanto, o órgão não incluiu os casos dos países que receberam ajuda – Grécia, Irlanda e Portugal –, já que estes seguem programas específicos para sanear suas contas públicas.

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Bruxelas pediu à Alemanha que "garanta um esforço de ajuste estrutural adequado" para cumprir "o objetivo a médio prazo" de 0,5% de déficit em 2012.

Para isso, o governo alemão deve "completar a implementação das regras orçamentárias" para seus estados federados e "fortalecer o correspondente mecanismo de controle e sanção" dos governos regionais que descumprirem os níveis de dívida e déficit marcados.

No entanto, justificando mais uma vez sua austeridade, a CE pediu à Alemanha que tome medidas que favoreçam o crescimento, como manter os níveis de despesa em educação e melhorar a eficiência nos gastos correspondentes a saúde e auxílio social.

No caso da França, a CE pediu que o país corrija o déficit antes de 2013 com o objetivo de reduzir a dívida e cumprir os requisitos assinalados pela UE em matéria orçamentária. Para isso, a CE acredita que a França deverá tomar "medidas adicionais" e conseguir uma receita extraordinária, caso necessário.

Segundo as estimativas do Eurostat, a agência europeia de estatística, neste segundo trimestre do ano, a França está estagnada, e Alemanha cresceu somente 0,1% em relação ao primeiro trimestre de 2011.

No caso da Itália, outro Estado comunitários na mira dos mercados, a CE recomenda que estabeleça limites obrigatórios ao déficit para cumprir os objetivos acertados com seus membros comunitários com o objetivo de reduzir a elevada dívida pública.

Como medidas adicionais, Bruxelas reivindicou um maior controle sobre a despesa em todos os níveis da administração, e políticas para favorecer o trabalho feminino. 

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